26 ▪ Becca

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Dia 61

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Dia 61

Fazia um mês e meio desde que o Nate estava naquele hospital. Eu estava entrando no sétimo mês de gravidez. Já eram dois meses desde que eu cheguei. Os médicos, até então não descobriram nada de "anormal" nos exames do tatuado.

Luke havia entrado em contato comigo, perguntando sobre o estado dele. Pelo visto as ameaças com o Vincent surtiram efeito. Eu não precisaria me preocupar mais com ele. Já faziam quinze dias desde que o Nate havia sido entubado novamente e aquilo me preocupava. Nenhum dos médicos me falava sobre o real estado dele. Os meninos muito menos.

Todos os dias Sammy passava aqui para me fazer companhia e tentar me levar para casa. As vezes que ele conseguiu foi porque havia me vencido pelo cansaço. Eu não queria deixar o Nate sozinho. Eu não podia. Queria estar ali quando ele acordasse. Eu estaria ali, independente de qualquer coisa.

(...)

Dia 75

Dois meses. O Nate estava naquele hospital há exatos 60 dias. Eu estava ficando doida com aquela situação. Eu ainda conseguia me lembrar das conversas que tive com o tatuado sobre a bebê, que agora eu contava os dias para que ela não nascesse. Eu queria ele ao meu lado. Precisava do Nate. Nós duas, na verdade.

Nem o nome da minha filha eu tinha decidido. Nossa filha. Eu acabei chorando com aquilo. O que eu mais fiz nesses últimos meses era chorar. Aproximei a boca da sua testa e depositei um beijo calmo. Fazia isso todos os dias.

— Eu preciso de você, Nate. — sussurrei para o tatuado.

Como todas as outras vezes, ele não se mexeu e muito menos emitiu algum som. Nate parecia um boneco, deitado naquela maca com um tubo saindo de sua boca.

— Sabe, na última noite eu sonhei com você. — continuei falando baixo para o tatuado — Nós tínhamos voltado para a sua casa. Você estava bem, correndo de um lado para o outro. — acabei rindo — Você até tinha apostado comigo que aguentava pular do segundo andar até a piscina. — limpei a lágrima que caiu — Eu queria que você estivesse aqui, Nate. Eu não aguento mais. — suspirei — Nossa filha vai nascer, ela precisa de você. Eu preciso.

— Becca? — Sammy me chamou, fazendo eu me afastar do seu amigo e encará-lo — O médico vai levá-lo para outra bateria de exames. — ele se aproximou de mim, me estendendo a mão — Eles têm uma suspeita do que pode estar acontecendo...

— O que está acontecendo? — perguntei encarando o moreno.

— Eu não sei... — ele falou se sentando no braço da poltrona — Eles estão tentando tudo. O Nate vai voltar. — Sammy me rodeou com os braços.

— Eu preciso dele, Sammy. — falei chorando mais.

— Eu sempre estarei aqui, Becca... — o moreno beijou o topo da minha cabeça.

Califórnia ▪ Nate MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora