Olá bom dia, boa tarde, boa noite. Não importa em qual dia ou horário que esteja lendo isso. Tudo bom contigo? Eu estou bem, bom, acho que estou bem mas não vou explicar o motivo por ter falado esse "acho" até por que isso não vem ao caso no momento.
Primeiramente, prazer, meu nome é Louise mas podem me chamar de Lou. Tenho 15 anos e vim - lhes contar um pouco da história da minha vida que, sinceramente, é um tanto quanto confusa, estressante e, para não falar mais coisas "negativas" podemos dizer então que é esperançosa também (ok essa não é a palavra certa mas foi a única na qual veio em minha mente no momento então relevem).
Bom, tenho uma irmã mais nova chamada Larissa, meu xodozinho, a irmã dos meus sonhos que sempre pedi a Deus e aos meus pais, hoje em dia somos melhores amigas e companheiras da vida uma da outra. Nossa diferença de idade é de quase 5 anos e, para ser sincera, adoro isso pois por ser a mais velha estou sempre lhe ajudando e lhe aconselhando em coisas que minha mãe não liga muito, pensando bem sou ótima em dar conselhos apesar de raramente saber o que fazer com minha própria vida, o que é bem irônico não é mesmo?
Nossos pais sempre foram bem unidos e apaixonados um pelo outro mas por volta de uns dois anos atrás começaram a brigar frequentemente por motivos bestas, o que acabou gerando um clima bem estranho e um medo de separação vindo de mim e da Lari pelo fato de sermos super alegadas a eles.
Quase um ano depois (mais especificamente, ano passado) dessas brigas eles realmente acabaram se separando e o que antes não se passava de apenas um pesadelo para nós, acabou se tornando nossa realidade mais temida. Meu pai acabou se mudando para casa de nossa avó e nós ficamos morando em nossa casa mesmo com nossa mãe.
No começo tudo ficou estranho, o clima em si da nossa casa acabou se tornando pesado. Enquanto minha mãe pagava de mulher superada, minha irmã sempre perguntava quando veria meu pai e gritava de saudade dele. Já eu, comecei a ter algumas crises depressivas mas conseguia disfarçar com um sorriso no rosto para evitar mais preocupação e estresse, sim, eu sei que isso é errado mas não pensei em outra forma de tentar ao menos deixar aquele clima menos pesado do que já estaca e tentar aliviar pelo menos um pouco da dor que estava sentindo.
Ah, e antes que me perguntem, meu pai também se sentiu mal no começo mas em pouco tempo arranjou outra mulher e, dando um leve "spoiler" do que está por vir, uma filha também, atualmente minha madrasta e minha meia - irmã.
Três meses se passaram desde o divórcio, muita coisa mudou e outras só pareciam ter mudado. Eu e Lari passamos a ver meu pai todos os finais de semana na casa da minha avó, de vez em quando víamos a Leandra (nossa madrasta) também e, sinceramente, até que nos damos bem e gostamos dela.
Em casa as coisas voltaram ao "normal", só era a mesma rotina de sempre. Lari parou de reclamar mas as vezes brigava com minha mãe por motivos bobos mas que a deixavam mal pelo fato de culpa - lá pela separação.
Eu tinha falado que nem tudo mudou por ter pego minha mãe chorando várias vezes por tudo, a parte de pagar de superada era só fachada. O sorriso falso era simplesmente o mesmo que o meu só para ninguém se preocupar enquanto seu mundo estava desabando por dentro, foi naquele momento que percebi que ela estava passando por algo como passei alguns meses atrás mas de uma forma mais forte e que precisava na verdade era de um abraço bem apertado e todo apoio e carinho do mundo.
Passei dias, meses cuidando dela e da Lari, todo esse cuidado e amor no fim acabou valendo a pena pois isso acabou nos unindo de uma forma que nunca fomos unidas, o que é simplesmente ótimo, nós precisávamos disso.
Agora sim, dois anos se passaram após o divórcio dos meus pais. Meu pai se casou com a Leandra e teve uma filha, a Aline, que hoje já está completamente seus seis meses de vida, somos completamente apaixonadas por ela. Ah, agora vemos ele quase sempre depois da escola.
Minha mãe conheceu meu futuro padrasto, o Leo (falo isso pois adoro ele é sei o quão a faz bem então torço para que se casem também algum dia) e está cada vez mais feliz com ele.
Lari continua aquela típica pré adolescente que em dias pode estar um amorzinho e em outros, insuportável, como se estivesse numa tpm eterna, além de ser completamente apaixonada pela Aline e cuidar da nossa irmãzinha do mesmo jeito que cuidei de ti, ou até melhor na verdade.
Eu, Lou, comecei a namorar com o Theo faz quase 4 meses já, ele é um cara simplesmente incrível que escolheu ficar comigo em meio ao caos que sou, estamos muito felizes e cada dia mais apaixonados um pelo outro.
Eu poderia ter colocado qualquer título besta apenas para lhes contar um pouco do que se passou em minha vida (ou da vida dos meus pais, enfim, vocês entenderam) mas acho que "a cinco passos de um abraço" foi o mais ideal no momento pois no meio de tudo isso ou de qualquer situação que seja, um abraço e carinho são as melhores curas para simplesmente tudo e na maioria das vezes deixamos de nos importar com isso só por pensar que, ao invés de ajudar o próximo, vamos atrapalhar, o que na verdade a realidade é totalmente oposta à isso.
Enfim é isso, espero que tenham gostado um pouco do que lhes contei, até mais, beijos..

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A cinco passos de um abraço
Короткий рассказLouise é uma garota de 15 anos um tanto quanto confusa mas com o coração do mundo, em meio ao caos está sempre disposta ajudar quem ama não importa como, nessa história ela conta um pouco disso e como aprendeu a valorizar coisas simples da vida, com...