Alguém como você (Hiatus)

O rei

Konoha. O reino mais mal visto pelos outros reinos. Motivo? Era um reino misto, de muita miscigenação, espécies diferentes de diferentes gêneros. Era um reino muito forte, ninguém negava, era temido e devido as suas conquistas de território tinha povos de todos os clãs. O seu povo era feliz e agradecido, segundo ele o Minato tinha os libertado, já que em Konoha as coisas eram mais avançadas, porém como tudo, isso também tinha o seu lado ruim. Os ômegas eram tratados como iguais, o Minato tinha o seu modo de lidar com o cio deles, eles participavam de tudo, política, exército, trabalhos comerciais e qualquer outra coisa que um alfa e um beta poderia fazer. As pessoas que estavam há mais tempo morando no reino já estavam acostumadas, porém algumas que chegavam, vindos de outros clãs com tradições retrógradas, não admitiam muita coisa e ainda assim tratavam os ômegas como tratavam em seu antigo reino.

Isso não era deixado passar, os soldados do rei na cidade tinham ordens para colocar as demais espécies em seu lugar: igual para igual. Demorava um pouco, mas no fim eles se acostumavam.

O rei criou o seu único filho para ser seu herdeiro, o Naruto era o suficiente, por mais que os seus conselheiros lhe aconselhassem a se casar novamente após a morte da Kushina e ter outro filho, no entanto o Minato estava irredutível, independente da espécie do Naruto ele seria o próximo rei e não deixava que ninguém contestasse sua decisão. Treinou o filho pessoalmente, tanto de formas estrategistas quanto no campo de batalha, o loiro era excepcional, um prodígio, chegava a ser melhor que o seu pai em muitas coisas. Ele sempre estava a par dos livros de história, guerra e estratégia que chegavam na biblioteca, era sempre o primeiro a ler no local com escolta do braço direito do seu pai, o Kakashi, todos suspeitavam de que eles eram amantes em segredo e o Naruto era um rapazinho curioso.

- Você é minha nova mamãe agora? – Ele perguntou enquanto era vestido pelo Kakashi, tinha uma reunião importante com um outro clã e o loiro participaria.

O grisalho quase se engasgou com a própria saliva quando aquela pergunta soou de forma direta em seus ouvidos. Por sorte estavam sozinhos.

- Quem te disse isso? – Tentou se manter indiferente enquanto abotoava os botões da camisa branca do Uzumaki.

- Ninguém! Eu vi você beijar o papai quando estava dando banho nele. – Confessou, mesmo em seus atuais treze anos o Naruto ainda parecia uma criança inocente.

O homem estremeceu, parando o que estava fazendo para olhar a criança de modo que ele não notasse o seu nervosismo, mas o Naruto era esperto.

- Não precisa ficar assim, eu gosto de você. Posso te chamar de mamãe. – Disse dando um beijo rápido na bochecha do grisalho ajoelhado. Ele corou, como aquela criança era atrevida.

- Não conte a ninguém sobre isso, Naruto. – Ordenou sério para o pequeno, tinha que admitir que ao saber que o mais novo não lhe odiava por se envolver com o seu pai era muito bom, não precisavam do aval de mais ninguém. O pequeno herdeiro assentiu com a cabeça levando o dedo indicador até os seus lábios indicando silêncio. – E nada de me chamar de “mamãe”.

“Como esse moleque tem tanta certeza de que o pai dele é ativo se somos dois alfas, droga?”, o Hatake pensou com o cenho franzido, será que todos que achavam que eles tinham um caso pensava que ele era passivo?

O mais velho terminou de vestir o garoto com uma calça preta, sapatos e um broche com um símbolo que havia também na sua barriga, o Naruto não sabia ao certo o que era, pelo que o Kakashi lhe dissera a sua mãe tinha um igual e após o seu nascimento ela morreu passando aquilo para o filho. Os mais velhos diziam que era uma maldição, nunca descobriram o que era enquanto a Kushina estava viva.

Se deu ao trabalho de pentear os cabelos rebeldes do Uzumaki deixando-os menos bagunçados, mas ainda assim insistiam em sair do lugar.

- Vamos. – O Hatake o levou pela mão.