Projeção astral

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 Midoriya caminhava até a cafeteira enquanto lia o folheto que recebeu. Havia se interessado nessa iniciativa da ONG, e também dos estudantes de ajudar as crianças. Ele entra no estabelecimento à procura de seus amigos, os vendo mais ao fundo da loja, na parte dos livros.

— Onde estava, Midoriya? — Tsuyu o perguntou.

— Eu parei pra conversar com uma garota que eu conheci outro dia. Ela tava recolhendo assinaturas pra uma ONG que ajuda crianças. — Ele mostra o folheto que recebeu. — Achei muito interessante. O criador da ONG, Kai Chisaki, é um professor de história, e que agora viaja pelo país pra ajudar as crianças.

— Parece legal. — Ochako pega o folheto para ler melhor.

— Eles tão recolhendo assinaturas pra arrecadar dinheiro pra creche. Me deram até um bolinho por eu ter assinado, mas eu já até comi. — Ele riu.

— Se for pra ter bolinho de graça até eu assino. — Jirou falou, descontraída, recebendo o olhar surpreso de alguns e a risada de outros. — E pelas crianças também, claro! — Tornou a falar.

— Que horror, amiga. — Mina falou, se segurando para não rir.

Eles ouvem a porta se abrindo, vendo Bakugou e Kirishima entrarem. Já havia se tornado rotina irem para a cafeteria bem no horário de expediente do loiro, que de vez em quando era acompanhado do ruivo. 

— O Bakugou é que parece ser do tipo que assinaria só pelo bolinho. — Jirou falou ao ver que ele e o namorado tinham bolinhos em suas mãos, conseguindo arrancar risos discretos de alguns.

— Que maldade, claro que não. — Ochako contestou. — Além do mais ele nem gosta de doce. Com certeza vai dar o bolinho pro Kirishima. — Disse, o vendo fazer exatamente o que disse. — Viu só? — Jirou ergue as mãos, derrotada. — Eu vou pedir um café. Vocês querem? — Todos negaram e continuaram a olhar os produtos da loja.

Ochako se afastou dos amigos, indo até o balcão, acenando para os dois enquanto se aproximava.

— Que surpresa te ver aqui, hein! — O ruivo disse em tom de ironia, a fazendo rir.

— Vai pedir o quê? — Bakugou a perguntou.

— Ah é… eu não esqueci da promessa que te fiz. Eu pago seu café! — Kirishima falou antes mesmo que Ochako pudesse fazer o pedido.

— Nem adianta negar. Ele não vai te deixar em paz enquanto não cumprir a promessa. — Bakugou resmungou, enfatizando a insistência do namorado.

Ochako então se deu por vencida e se sentou no banquinho ao lado do ruivo para esperar seu café.

— Toma, pode pegar. O Katsuki não gosta muito de doce. — Kirishima a ofereceu um dos bolinhos.

— Eu já imaginava. — Ela ri e pega o bolinho, vendo que até a decoração do mesmo era de halloween, com glacê laranja e preto. — Que fofo! — Disse, dando uma mordida.

— Também achei legal. Amo essas decorações de halloween! — Kirishima falou, também comendo o bolinho. — E você, gosta do halloween?

— Gosto sim. Em Tóquio as ruas ficavam cheias a noite com todo mundo fantasiado. Eu sempre ia vestida de bruxa. Que ironia! — Ela riu.

— As ruas aqui também ficam bem cheias. E o melhor é que são dois dias de festa. Sabe, você e seus amigos deviam ir. Claro, se não estiverem ocupados.

— Acho que eles vão querer ir sim. Quer dizer… se for seguro sair à noite agora.

— A alcateia tem patrulhado aquela área todas essas noites. Nenhum sinal da vampira, se é o que quer saber. — Bakugou voltou, trazendo o café. Ele não parecia muito satisfeito com sua própria constatação.

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