1.8

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Millie

— Jack, acorda! — Balanço o mesmo, com certa dificuldade.

Esse garoto dorme além da conta e fica igual pedra, sério, sempre foi uma luta acordá-lo.

— JACKIE! — Grito o mais alto que consigo, vendo-o finalmente se levantar.

— Porra, Millster!

— Você não acordava, oras, vamos nos atrasar. Levanta e vai tomar banho, Jackie.

— Claro, mamãe. Bença. Como foi a viagem? — Irôniza, recebendo um leve tapa em resposta.

— Foi ótima. Agora, banho. Não gosto de me atrasar, Jackie.

— Tá, tá, sua chata. — Diz, e quando está prestes a sair, se vira para mim. — Millster, não trouxe roupas.

— Talvez eu tenha uns moletons seus no guarda-roupa. — Digo, dando-lhe meu melhor sorriso.

Ele semicerra os olhos. — É claro que tem, sua ladra de roupas!

— Vá tomar seu banho, e largue de me pertubar, chato.

Ele sorri. — Também te amo, Millster.

Pego uma pequena almofada que tinha por ali, e taco no mesmo. — VAI FAZER EU ME ATRASAR.

Ele gargalha, correndo em direção ao banheiro.

(...)

— Uh, isso é uma visão e tanto. — Levanto o olhar para Jackie, confusa.

O mesmo aponta com a cabeça para algo à frente, levo o olhar na mesma direção.

Finn.

Realmente é uma visão e tanto, ele está escorado no carro, como de costume. Está girando as chaves nos dedos, usando uma camisa social preta e uma calça jeans da mesma cor.

— Oie, Mills. — Sussurra, quando me aproximo, ficando bem perto dele.

— Oie, Finnie. — Sussurro, também.

Jackie finge uma tosse. — Posso pegar uma carona, Finn?

O mesmo sorri, e acena que sim.

Entramos no carro, eu e Finn na frente e Jack atrás. Wolfhard ligou o carro, enquanto eu escolhia alguma música no rádio.

— Você já mora muito tempo aqui, Finn? - o fofoqueiro, vulgo Jack, perguntou.

— Moro desde os meus doze anos. Nasci no Canadá, mas meus pais resolveram vir para cá, pois queriam desde sempre que eu cursasse direito na mesma faculdade que eles cursaram. - ele umedece os lábios, e tudo o que eu mais queria agora era beija-lo.— Eu até tentei direito, mas eu realmente nasci para a música - ele deu um sorrisinho e meu coração derreteu.

Eu estava quase babando em cima dele.

Que droga de garoto perfeito.

— Millie, limpa a baba - ouvi Jack falando.

Passei a mão na minha boca e ele e Finn explodiram em gargalhadas.

Revirei os olhos.

— Vocês são dois idiotas.

— Você que não resisti ao meu charme, princesa - Finn respondeu.

Não resisto mesmo.

— Ela não resisti mesmo.

— Jackie — falei um pouco alto, direcionando um olhar mortal para ele, pelo espelho do carro — Você fica muitooo mais bonito de boca fechada, sabia?

Stand Out - FillieOnde histórias criam vida. Descubra agora