CAPÍTULO 5

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BRYAN

"Ter a casa cheia de amigos é sempre um bom sinal"
- Katherine Miller



    Eleanor está de mudança para minha casa hoje. Max e eu passamos uma boa parte da manhã limpando o seu quarto, com o intuito de fazermos com que ela se sinta o mais confortável possível. Estamos ambos empolgados com o fato de El estar vindo morar conosco. Sendo sincero, não pretendia abrir a vaga para outra pessoa. Gosto da convivência que tenho com Maxwell, não sentimos dificuldade em pagar as contas e nos damos bem. Mas Eleanor é uma amiga querida tanto para mim quanto para ele, então não discutimos muito quando lhe contei que havia feito a oferta. E, também, ela estava muito precisando de um lugar para morar. Sua irmã conhece essa casa, sabe que somos bons rapazes. Apenas unimos o que era útil com o agradável.

    Ando até a entrada da casa quando ouço a buzina de um carro, abrindo a porta para meu respectivo convidado e futura habitante. Trenton está segurando a mala da cunhada, que sorri ao me ver, logo tirando o objeto das mãos de meu amigo.

    — Dou conta de carrega-la pela escadaria. — Garante, adentrando a casa. A seguimos até o começo da escada. — Estou falando sério! Não preciso da ajuda de vocês, homens da casa.

    — Eu sou o homem da casa. Ele é apenas nossa visita. — Pisco, levando um soco no ombro de Trent como resposta. — Ai! É a verdade.

    — Esse lugar já foi tão meu quanto seu, ainda mereço respeito.

    — É o quarto do meio, certo?

    — Exato. Tem certeza de que não quer ajuda? Essa mala parece ter o dobro do seu peso.

    — Não sou uma garota de muitos caprichos, vizinho de corredor. — Debocha para mim. — Não tenho tantas roupas como suas visitantes mimadas devem ter. E fazia aulas de box na academia da universidade de Londres. Meus braços finos são pura enganação.

    — Já que você se garante, não vou te incomodar. — Ergo as mãos em redenção. — Vamos tomar uma cerveja, irmão. Deixe minha nova hóspede se acomodar.

    — Hóspede não, moradora! — Exclama quando já está na metade do caminho, fazendo nós dois darmos risada.

    Nos dirigimos até a cozinha, onde abro duas latas de cerveja. — Ela parece estar animada com a mudança. Feito um passarinho que acabou de se libertar da gaiola.

    — El é uma grande fã de coisas novas. — Comenta, bebericando um gole da bebida. — Ela sofreu demais até chegar aqui, sair da nossa casa deve ter sido uma grande conquista.

    — Eu imagino. E vocês não precisam se preocupar tanto com sua segurança. Ou melhor, Jess, a irmã coruja não precisa.

    Ele dá uma risadinha com a referência. — Nessa semana em que convivi com as duas diariamente, ficou mais fácil de entender os motivos das suas preocupações. Eleanor é como se fosse a outra metade do coração dela. Se não fosse a diferença de idade e aparência, diria que as duas são irmãs gêmeas do tanto que não se desgrudam. Consequentemente, acabei criando uma espécie de instinto protetivo. O que é estranho, porque ela é minha cunhada e já tem vinte e dois anos.

    — Idade e nomenclatura não importam quando nos importamos com alguém. Vocês são da mesma família, isso que importa. — Gracejo, observando ele concordar com a cabeça. — Ela está melhor? Digo, em relação ao ex namorado e tudo mais.

    — Acho que sim. Não a escuto tocar muito no assunto, o que me deixa um pouco preocupado. Até mesmo Jessamine veio me questionar que o normal seria ouvi-la se questionar da "perda". — Faz aspas com os dedos. — Por horas a fio.

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