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RUGGERO


Merda! Acho que subiu porra para o meu cérebro. Isso só pode
ser brincadeira. — Penso, enquanto observo, quase sem piscar,
Karol  dormir. Já é de manhã e um feixe de luz entra pela fresta da
cortina e ilumina uma parte do rosto dela. Um lençol branco a cobre
até os seios; ela é de uma delicadeza quase virginal.
Caralho, como ela é linda… quente, sensual e deliciosa. Passo
as costas dos dedos na bochecha dela e tenho a certeza de que não
estou raciocinando com clareza. Eu preciso ter foco, sem distrações
como essa. Foi assim que carolina  me atraiu no início, com essa
beleza e sensualidade foras do normal.
Você pode unir a missão com o prazer. — Meu instinto
tendencioso tenta me convencer. E ele tem razão, eu posso ter meu
filho de volta e ainda ter essa delícia na minha cama. Já que vou me
casar, que seja satisfatório.
Puxo de leve o lençol e os seios dela aparecem. Bonitos, nem
grandes e nem pequenos, durinhos e empinados, diferente dos de
Carolina  que tem silicone. Desço meus dedos pelo pescoço dela e paro
nessas duas maravilhas que fizeram minha noite muito feliz. Prendo
um mamilo entre os dedos e, nesse instante, meu pau se anima
dentro da cueca.
Karol  se mexe, bate na minha mão e começa a piscar meio
sonolenta. Depois, abre rápido os olhos e senta na cama. Me olha
assustada, se cobre, olha para os lados e, depois que parece se
lembrar de onde está, ela relaxa e passa a mão nos cabelos depressa
em uma tentativa de mantê-los abaixados.

— Heitor…
— Bom dia. — Encosto meu rosto no dela, mordo a pontinha de
sua orelha e sussurro em seguida: — Tem alguém aqui na cama com
muito tesão que precisa da sua ajuda.
— Ai, meu Deus! — Ela me dá um empurrão e tenta se levantar,
mas se enrola nos lençóis.
— O que foi? — Seguro o braço dela.
— Beni. Que horas são? Meu deus! — karol  se solta e,
quando percebe que está nua, tenta se enrolar no lençol.
Puxo-a e faço ela me olhar.
— Calma, mulher. Ele está ali no outro quarto, acabei de vir de
lá.
Karol  abraça o lençol junto com os braços em volta do corpo e
me olha, intrigada.
— Você foi vê-lo?
— Sim. — Coloco minha mão no busto dela, a empurro para que
caia deitada na cama e a cubro imediatamente com meu corpo.
— Heitor… o que está fazendo? — karol  segura nos meus
ombros, me empurra e olha para os lados procurando o relógio. —
Beni acorda às oito, geralmente. Tenho que preparar o mingau dele.
— Ainda são sete, temos uma hora. E, de qualquer forma, a
babá eletrônica está ligada.
Ela olha nos meus olhos.
— O que está querendo, na verdade?
— Sexo matutino de bom-dia. Olha só quem já está pronto —
levanto a mão e exibo um pacotinho de camisinha.
Avanço para beijá-la, mas ela me detém mais uma vez.
— Não. Por favor, me deixe ir no banheiro antes. Devo estar
com o cabelo nas alturas, com remela nos olhos e bafo.
— Não pode sair da cama, ou então não é mais sexo de bom-
dia.
Ela fica parada, me olhando de olho torto, depois avança um
pouco e inala o ar perto da minha boca.
— Você escovou os dentes! Isso não é justo. — Ela dá dois
tapinhas no meu ombro. — Só eu que tenho que parecer uma
desmazelada?
— Para de drama, karol. Eu vou estar mais preocupado com
sua boceta do que com a boca e os cabelos. Me deixe fazer o serviço
em paz.
— Fala isso porque seus cabelos ficam bonitos de qualquer jeito.
— Ela segura nos meus bíceps e tenta me manter afastado.
Em um gesto rápido, seguro nos pulsos e empurro suas mãos
para cima, prendendo-as no alto da cabeça.
— Heitor!
— Sem misericórdia, karol . Você está nua e dominada.
***
Como eu esperava, o sexo não foi nada tedioso. Acho que foi
melhor do que da noite passada, pois karol  estava mais solta e
descontraída. Ela gritou fogosa, riu e gemeu alto quando eu fiz um
sexo oral no capricho.
Depois que coloquei a camisinha, foi só diversão. Nunca tinha
comido uma mulher tão gostosa de verdade. A boceta dela é
apertadinha; os peitos, um fenômeno escultural; e as pernas…. Ah,
que pernas! Foi a melhor visão do mundo: ela deitada, eu de joelhos
entre as pernas dela, uma no meu ombro e a outra na cama em um
ângulo aberto, perfeito… meu pau entrando e saindo forte e profundamente. Assim eu consigo ir até o talo e ainda ver meu
amigão entrar e sair em deliciosas estocadas. Sem falar que posso
segurar nos peitos dela.
— Ai, merda… Oh, Heitor, que delíciaaa! — karol  grita
agarrando os lençóis e se debatendo em sincronia comigo em um
ritmo devastador.
Jogo a perna dela para baixo e me deito na cama, rapidamente a
puxo para que karol  sente em cima de mim. Ela se abaixa e segura
meus braços no alto da minha cabeça, como fiz com ela, e, em
seguida, começa a rebolar devagarzinho, ajeitando o meu pau aos
poucos dentro dela. Karol  joga a cabeça para trás, segura nos
seios e geme quando levanta e torna a sentar, sentindo eu invadi-la
por inteiro.
— Está gostoso, safada? — Dou um tapinha na bunda dela.
— Sim, seu depravado. — Ela compensa o tapa me dando um
soco no peito, gritando por entre os dentes.
Eu dou uma risada de satisfação. É uma puta inflada no ego
masculino de qualquer homem quando uma mulher fica louca desse
jeito quando está na cama, com um pau recheando-a. Claro que eu já
sabia que, com ela, não seria diferente. Depois dessas duas vezes,
Karol  vai ficar tão louquinha pedindo mais, que eu vou ter que
começar a negar fogo. Um homem precisa de descanso.
Ela urra, aperta meus braços e começa a foder meu pau; às
vezes rápido, gemendo e sorrindo, às vezes lento e sensual, apenas
sentindo centímetro por centímetro.
Gozamos logo, e eu amaldiçoei a camisinha. Odeio trepar com
essa coisa. Acho que nenhum cara gosta de ter o pau coberto. Eu
preciso sentir minha porra dentro dela, mas sei que isso só vai
acontecer mais tarde, quando ela tiver total confiança em mim, o mais
novo futuro marido dela. E ela nem sabe ainda, coitada. E, se
soubesse, nem poderia reclamar. Sou um partidão, darei a ela casa,
comida, vida boa e um sexo gostoso do caralho todos os dias. Quem
pode reclamar?
Claro que isso só até que eu decida continuar ou não com ela.
Tenho que me lembrar que não quero outra carolina  em minha vida.
***
— Heitor.
— Hum…
— Você me acha uma vadia?
Estamos agora na cozinha. Já tomamos um banho relaxante,
transamos mais uma vez no banheiro e, pasmem! Foi ideia dela.
Disse que a irmã falou que era bom transar no chuveiro.
O que vocês acham disso? Bizarro, não é? Afinal, eu conheço as
preferências da irmã dela, já comi muito aquela safada no chuveiro e
agora fiz o mesmo com karol. Mas, pasmem de novo! Não chegou
nem perto do sexo que eu tinha com carolina . Foi muito melhor,
maravilhosamente melhor. É incrível como karol  se abriu para mim
da noite para o dia.
No sexo no banheiro, ela estava tão animada e excitada que me
deixou maravilhado quando gozou. Foi lindo ver meu trabalho dando
resultado. É meio difícil encontrar uma mulher que ejacule, e, quando
eu vi aquele espetáculo delicioso banhando meu pau, quase pirei.
Bati fundo e gozei pra cacete!
Ela me olhou de um jeito tão diferente – de um jeito bom, eu
quero dizer –, com aquele olhar de veneração. Olhinhos brilhantes,
sorriso nos lábios. E estávamos apenas abraçados em pé no  chuveiro, descansando depois do sexo explosivo. Karol  afastou-se
um pouco, acariciou minha barba, ainda com o mesmo olhar
adorável, e disse:
— Eu pensava que não sentiria isso novamente…
Eita, porra! Ela não pode dizer que se apaixonou por mim.
— Isso?
— Sim, Heitor. Esse conforto de estar com alguém, de querer
ficar com alguém, não só transando, mas fazendo outras coisas. —
Encaro-a com um olhar interrogador, e ela arregala os olhos. — Ai,
me desculpa, eu estou sendo inconveniente? Não quero ser essas
garotas chatas que ficam pegando no pé do cara depois da primeira
noite juntos.
— Claro que não. — Relaxo meu semblante e sorrio. — Você é
mais do que especial, karol
Sim, esse comentário foi verdadeiro.
Saímos do banheiro, Bernardo ainda dormia. Apenas de cueca,
eu a segui para a cozinha. Me sento no banquinho do balcão, e ela
prepara o mingau de Bernardo. Foi então que fez a pergunta.
No início, eu a considerava uma vadia. Agora, eu não sei mais.
Acho que uma pessoa não pode atuar tanto. Cada olhar inofensivo,
cada sorriso sincero, as explosões de orgasmos…
— Claro que não acho — respondo. — Por que pergunta isso?
Ela vira-se e me olha com um pedido de desculpas estampado
no belo rosto.
— Eu dormi com você no nosso primeiro encontro.
— O quê?
— Heitor, eu li que os homens não dão muito valor à mulher que
transa no primeiro encontro.

Minha perdição   (Terminada )Onde histórias criam vida. Descubra agora