RUGGEROAgora estou de boas aqui na sala brincando com meu
filhão.
Ouço dois toques na porta e me levanto com Bernardo no colo
para abrir. Eis que, na minha frente, surge a babá gostosa. Eu ainda
não tinha visto ela tão de perto. Quando ela me vê, arregala os olhos,
surpresa. Demora um pouco para um sorriso começar a nascer nos
lábios.
— Oi… sou Emily… a babá.
— Entre, kah está se vestindo — eu digo, espero ela passar e
fecho a porta.
A jovem deve ter uns dezenove anos, é baixinha, tem um
corpinho bacana, é loira e tem uma bunda de levantar qualquer pau.
Incrivelmente, o meu ainda não deu sinal. E isso me deixa confuso.
Ver karol dormir me deixou excitado, ver a loira gostosa não está
me surtindo efeito.
Me sento com Bernardo, e ela senta em outro sofá com os olhos
interessados pregados em mim.
— Então, é o novo namorado da karol ? — ela pergunta, e eu
levanto o olhar para ela.
— Sim — respondo sem pensar.
A garota morde os lábios, joga os cabelos de lado e cruza as
pernas. A saia sobe e ela nem liga.
— Eu te vi outro dia… na praia…
— Eu sou fotógrafo — interrompo-a bruscamente.
Porra, eu sou um homem vivido, percebo um olhar de desejo a
metros de distância. O que eu não entendo é por que estou
começando a me irritar com ela.
A garota ri e fala:— Achei que você fosse um modelo. É… estava de sunga e,
nossa! Você é muito bonito. — Balanço a cabeça como se
agradecesse.
— Digamos que sou normal — respondo, sem corresponder ao
olhar de flerte dela. Evito sorrir.
Emily olha para trás, em direção à porta do quarto, vê que
Karol não está vindo e fala:
— Dizem que ela ainda ama o noivo falecido. Nunca vai
esquecê-lo. Você não tem medo de uma desilusão? — ela fala, como
se tripudiasse da kah. Jogando a indireta como se joga um anzol
para tentar pescar algo.
Semicerro os olhos e encaro-a com o pescoço meio de lado.
— Quem tá na chuva é para se molhar. E posso garantir que,
ontem à noite, não foi o nome do noivo morto que ela gritou.
Emily arregala os olhos, arfa e se levanta. Pega uma caneta na
bolsa dela, escreve rápido em um papel e me entrega. Com uma voz
melosa, ela diz:
— Caso a desilusão aconteça. Quero fazer um ensaio
fotográfico, passe na minha casa, nesse dia e horário. Será muito
bem pago.
Antes de eu responder, karol vem do quarto, e Emily pega
Bernardo do meu colo.
Karol está de jeans, cabelos presos em um rabo de cavalo e
uma blusa feminina cheia de detalhes. Uma gata. Simples, mas que
fez meu coração saltar. Fico pasmo com o papel na mão. Nele tem
um endereço, um telefone e o dia e horário que eu posso ir ver Emily.
Achei petulante da parte dela, como se peito e bunda pudesse
corromper qualquer homem. Tá, isso já foi o suficiente para me
corromper várias vezes, mas agora estou focado em um plano… e
não quero sair pegando geral. Ou será que quero?
— Oi, Emily — karol , tola e inocente, olha para a babá. —
Acho que já conhece o Heitor.
— Sim, acabamos de nos apresentar.
— Que bom. Você pode ficar à vontade, eu e ele estamos indo
para a loja. Na hora do almoço voltamos para você ir almoçar, então
estará com a tarde livre.
— Tudo bem — Emily responde, me dá outro olhar sugestivo,
uma piscadinha singela e eu me viro para sair atrás de karol .
Por pouco segundos eu cogitei a hipótese de ir ver Emily, mas a
imagem de karol toda linda essa manhã, tanto na cama como no
chuveiro, o jeito que ela olhou para mim, a maneira como ela se
comporta diante da sociedade, tudo isso veio como um tiro na minha
cara. Decido no ímpeto o que tenho que fazer.
— kah , esqueci minha carteira na sala. — Ela faz sinal de joia e
eu volto.
Abro a porta, e Emily se vira rápido. Quando me vê, ela sorri
largo. Caminho para perto dela e, quando estamos a centímetros de
distância, quase nos beijando, eu digo:
— Sou fotógrafo de paisagem. — Bato a mão no peito dela e
deixo ali o papel que ela me deu. Saio de perto, caminho para a porta
e paro. Viro, e ela está horrorizada, abobalhada, de queixo caído. —
Só mais uma coisa, não sou um garoto de programa para ser bem
pago. Use seu dinheiro com alguém que queira te comer.
Acreditem, eu acabo de dar meu primeiro fora em uma mulher.
Em trinta anos de vida, isso acaba de acontecer, e sabem por quê?
Não tenho ideia.Karol me espera lá fora e, quando a vejo, fico parado a
poucos passos de distância.
— O que foi? Venha logo.
Desde quando eu dou um fora em uma loira gostosa por causa
de alguém que, tecnicamente, eu quero destruir? E por que o
pensamento de fazer qualquer coisa contra kah me tira do sério?
Engulo seco e continuo observando-a.
— Ai, senhor! Tem uma aranha no meu cabelo? — ela pergunta,
já em pânico, dura, sem se mexer. Dou uma risada e diminuo o
espaço entre a gente, seguro-a nos meus braços.
— Não há nada no seu cabelo. Apenas estava pensando no que
terei que fazer para roubar essa garota para mim. — Ela cruza os
braços ao redor do meu pescoço e me brinda com o mais belo
sorriso.
— Talvez não precise roubar… talvez a garota vá de bom grado
para o cativeiro.
— E talvez eu precise mesmo levar essa garota para o cativeiro.
— Nos beijamos, ela toda derretida, e eu convicto.
Afinal, o que eu disse foi a pura verdade, estou prestes a levá-la
para um cativeiro, literalmente.
Então, se durante todo esse tempo, desde ontem quando
fizemos sexo, eu estou tão confuso em relação aos meus sentimentos
por karol , resta saber se ela confia de verdade em mim. Pode
parecer cruel, mas preciso que ela se entregue 100% para que meu
plano dê certo.
Raciocine comigo: a partir do momento em que você compartilha
um segredo muito íntimo com alguém, você passa a ser íntimo dessa
pessoa. Até hoje, eu não sabia o que fazer para ela contar tudo
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Minha perdição (Terminada )
Фанфикkarol depois da morte de seu marido se fecha pro mundo decidi ser melhor seguir sua vida sozinha foca agora em criar o filho de sua irmã ruggero é um sedutor cafajeste incorrigível dono de uma empresa na zone sul da cidade nunca perdoa um rabo...