City of Delusion

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Stay away from me
Build a fortress and shield your beliefs
Touch the divine
As we fall in line
Can I believe
When I don't trust
All your theories turn to dust
I choose to hide from the All Seeing Eye

Muse - City Of Delusion

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Lisa P.O.V.

-Hey- sorri-lhe envergonhada. Apesar de a eu e Harry sermos muito próximos não estava nada à espera.

-Queres ir a algum café ou assim?

-Pode ser. Mas eu tenho consulta daqui a 45 minutos, vens comigo?

-Claro. Tens te sentido melhor?

-Acho que sim.- respondi- lhe a verdade, desde que o conheci, sinto-me mais alegre.

Encaminhamo- nos para um pequeno café, quase todo ele branco e bastante acolherdor. Sentamo- nos numa mesa num canto e, como estava calor, desapertei o casaco preto que envolvia o meu corpo, retirando- o de seguida. Olhei para Harry que se encontrava à minha frente com um pequeno sorriso no seu rosto, fazendo- me sorrir genuinamente, algo muito raro. O que é que este rapaz está a fazer aos meus sentimentos?

(...)

Depois do lanche, seguimos para o consultório, onde eu já me encontrava com a doutora Smith.

-Vejo que andas muito melhor ultimamente, Lisa. Ainda tomas os antidepressivos?- a doutora pergunta. Gosto bastante dela por ser genuinamente preocupada e não como a maioria das pessoas, que finjem que querem saber.

-Sim, todos os dias à noite.

-Algo que ainda me preocupa é o teu peso. Tens comido decentemente? O teu peso afeta a tua saúde mental e física.

-Você sabe que nunca fui pessoa de comer muito.

-De qualquer das maneiras, Elisabette, tens de comer.- uma das coisas que gostava nesta médica era o facto de ela ser preocupada comigo.

(...)

-Até à próxima consulta, Lisa.

-Adeus doutora. - sorri lhe.

Saí do consultório, esperando ver Harry à minha espera, mas nada, não estava ninguém. Desci as escadas e cheguei à recepção e dirigi- me para a senhora atrás do balcão.

-Boa tarde, por acaso não viu um rapaz alto, de cabelo encaracolado e vestido de preto aqui?- perguntei-lhe.

-Sim, ele saiu à volta de 20 minutos.

-Oh, ok, obrigada.

Sai da clinica e peguei no telemovel, ligando- lhe de seguida. Depois de ele me atender!", ouvi uns ruidos e logo de seguida a sua voz.

-Elisabette?

-Sou eu. - respondi- lhe

-Não me procures mais esquece que eu existo. - ouvi a sua voz e o riso de uma gargalhada atrás. Ainda tentei responder lhe, mas a chamada já tinha sido desligada. Senti as lágrimas a chegar- me aos olhos e senti- me fraca.

Fraca por estar a chorar, fraca por achar que ele ficaria comigo como prometeu, fraca por ser eu.

Mas o que é que se está a passar?

Blur |h.s.|Onde histórias criam vida. Descubra agora