Luto III - FINAL (KiriBaku/BakuKiri)

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Não podia ser, não tinha como ser

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Não podia ser, não tinha como ser.

Bakugou andava desnorteado pelos escombros, não se importando com o cheiro horripilante de cinzas e morte que rodeava  o lugar como uma névoa invisível que poderia o sufocar naquele instante.

Ele estava sujo, com terra e poeira no traje de herói que vestiu somente para poder entrar no lugar como a autoridade que é. Somente não estava com as braçadeiras, já que elas só atrapalhariam em sua busca incessante pelo marido desaparecido.

Kirishima tinha ido hoje de manhã para este distrito. O qual foi destruído no final da tarde.

Ele viu também, estava na agência de heróis onde trabalhava como herói número dois, já que quem estava no topo era o maldito meio a meio. Estava lá quando tudo aconteceu de repente, a bolha negra e depois a explosão. A empresa ficou um caos, todos aterrorizados. Nem se deu conta de que o lugar onde ocorreu a explosão era mesmo lugar onde Eijirou fazia ronda.

Quando percebeu já se tinha passado meia hora depois do atentado. Tentou ligar para ele ainda ansioso, mas dizendo a si mesmo que ele não seria tão descuidado. A primeira disse que o telefone estava desligado, a segunda também, e a terceira, quarta, quinta e assim por diante. Quando percebeu que ele realmente não atenderia ficou desesperado, correu para o local, mas os policiais lhe barraram. Tentou ir a força bruta, mas eles não deixaram e o mandaram procurar nos hospitais da cidade. Foi o que fez. Não poderia pensar o pior sobre tudo. Kirishima era forte, além de ter uma habilidade que dependendo da região onde estava iria conseguir sobreviver. Ele tinha que ao menos acreditar.

Passou a noite inteira procurando pelos hospitais alguém que batesse com suas características ou que ao menos eles já o tivessem reconhecido e feito exames. Ninguém sabia de nada. Foi parar em casa para ver se na verdade não teria escutado errado e na verdade ele estaria trabalhando em outro distrito, e estivesse em casa somente esperando ele chegar para assistir a filmes e fazer bolos malucos como sempre faziam. Mas ele não estava lá também. Como última opção foi até a agência que ele trabalhava, para tentar conseguir alguma informação ou saber se ele tinha chegado sã e salvo.

Ele não chegou.

Isso desencadeou toda a preocupação que tentava guardar com a esperança que nem sabia de onde tinha tirado. Correu em disparada para o Distrito Mahina. Dessa vez ameaçando qualquer um que ficasse em sua frente. Sabia que não era inteligente fazer isso agora, deveria somente ficar esperando e rezando para que ele estivesse vivo. Mas sempre foi assim impulsivo, e agora sua paciência tinha estourado de vez. Sem pensar nas consequências entrou na área destruída - que era muito grande - e foi procurar o amado, mesmo que levasse dias para encontra-lo. Precisava ver com os próprios olhos o que aconteceu com Eijirou, e nada iria mudar isso.

Agora estava de madrugada, ou noite. Nem sabia ao certo que horas eram, resultado de sua busca incessante pelo marido, que ainda não tinha achado. Estava bravo. Não, furioso era a melhor descrição. Sabia que poderia estar parecendo somente um lunático procurando algo entre escombros de uma explosão. Às vezes algum policial ou herói tentava o barrar, mas ele somente o espantava com seu olhar de morte ou se preciso, explosões. O que mais poderia fazer? Não raciocinava direito a este ponto.

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