Good Daddy |Lovegoode livro 2

Capítulo 1 - The Market

- Brooklyn, você não pode ficar com o Leo mais um final de semana, não foi isso que a gente concordou, lembra?

- Quando você estava se mudando para o seu novo apartamento, não pensou duas vezes antes de deixar o Leo comigo.

Isso só pode ser brincadeira. Brooklyn e eu passamos quase um ano num processo de divórcio e brigando pela guarda do Leo. Já fazem meses que nos acertamos e concordamos com a guarda compartilhada. Mas ela insiste em tornar tudo pior. Eu me pergunto como ela pode ser a mesma mulher por quem eu me apaixonei cinco anos atrás.

- Isso já faz um mês, Brooklyn! Como eu iria cuidar de uma criança e fazer uma mudança ao mesmo tempo? Além do mais, sempre fico com o Leo quando você tem um imprevisto.

Ela continua parada na porta do seu apartamento me impedindo de entrar. Seus cabelos loiros estão presos em um rabo de cavalo. Seus olhos estão em fendas por trás dos seus óculos de grau. Ela está decidida a não me deixar entrar.

- Você quer que eu ligue para o meu advogado? – Falo tirando o meu celular do bolso.

Ela abre completamente a porta me dando passagem e eu vou até o quarto do meu filho. Eu sei que Brooklyn está andando sorrateiramente atrás de mim. Isso não me incomoda, ela é uma cobra mesmo. Eu que não havia percebido antes enquanto estávamos juntos. No quarto de Leo, encontro o meu filho pintando um desenho do minecraft.

- Campeão, vamos para a casa do papai?

- Eba! – Ele diz ficando de pé e correndo até mim. Eu o pego eu meus braços e beijo o seu rosto. – Vamos levar meus desenhos?

- Vamos sim. – Eu digo.

- Eu preciso preparar uma mochila com roupas. – Brooklyn entra no quarto e começa a abrir algumas gavetas.

- Não precisa, Brook, eu tenho tudo em casa, você sabe disso.

- Mas tem alguns brinquedos que ele gosta. Não é querido? Quais você vai querer levar? – Ela o tira dos meus braços e vão escolher os brinquedos que Leo quer levar para o meu apartamento. Ele tem alguns brinquedos lá, mas parece que nunca são o suficiente.

Leo escolhe um dinossauro, vários carrinhos, um hipopótamo de pelúcia e um homem aranha gigante que é quase do seu tamanho. Coloco tudo no carro. Prendo-o na cadeirinha e me despeço de Brooklyn.

- Até domingo, Brook. – Digo ligando o carro e sem esperar por uma resposta.

Desde que me separei de Brooklyn as coisas não tem sido fáceis. Meu salário como treinador de um time juvenil de hóquei não é pouco para um homem solteiro. Mas a coisa muda de figura quando se tem um filho de quase três anos. Não que eu esteja reclamando da existência de Leo, muito pelo contrário. Eu amo o pequenininho mais do que tudo nessa vida. Mas eu estaria mentindo se eu dissesse que a minha vida é maravilhosa. Passei meses dormindo no sofá da sala da minha mãe. Com os meus irmãos mais novos com perspectivas de vida melhores que a minha.

- Quer ouvir música, filho?

- Sim! – Ele grita do banco de trás.

Tento escolher uma playlist que tenha músicas apropriadas para ele. Encontro uma playlist com a música Me! da Taylor Swift. Ele adora essa música.

- Essa aqui você vai gostar, campeão. – Digo colocando a música. consigo ver pelo retrovisor que ele ficou animado. E assim vamos para casa no final de tarde em Boston.