NOTAS INICIAIS
E AÍ, MEU POVO!? Prontes para o tão esperado cabaré? Sugiro que leiam isto aqui enquanto desfrutam de uma playlist daquelas bem danadinhas. Vejo vocês daqui a pouco, nas notas finais.
ATENÇÃO: CONTÉM GATILHO FORTÍSSIMO DE CARÊNCIA PROFUNDA E DIFICILMENTE REVERSÍVEL!
Poucos centímetros de tecido separavam Gareth St. Clair do que seria um dos momentos mais memoráveis de sua existência. A convicção que sentia era antiga. Vinha do primeiro contato que teve com a boca nua daquela mulher. Vinha dos calafrios que percorriam seu baixo ventre quando se tocavam. Vinha do fogo abrasador que o engoliu vivo quando ela lhe disse que estava vestido demais.
A toalha que o cobria escorregou por suas pernas no mesmo momento em que ele carregou Hyacinth em seus braços, tirou-a de seu próprio colo e a colocou na cama, de costas para o colchão. A visão dela era limitada, mas a dele era perfeita. Uma musa, uma deusa, uma feiticeira. Aquele nível de beleza não era normal. E cada pedaço de pele descoberto só comprovava ainda mais isso. Pediu licença ao segurar as extremidades da calcinha e tirou-a com uma lentidão dolorosa. Quando a viu completamente nua, não conseguiu evitar um sorriso. Hyacinth ruborizou depois de um tempo considerado longo demais para se encarar uma pessoa vulnerável e sem roupas, mas no fundo não se importou. Era inebriante a sensação de ser cortejada com tanta vontade. Pôde ver o momento exato em que os olhos dele expandiram-se como se fossem duas bolas de gude castanhas, ardendo, queimando, quase entrando em combustão enquanto ele separava delicadamente suas pernas com as duas mãos.
— Hyacinth — ele começou, sua voz rouca como ela ainda não tinha ouvido. — Preciso de sua permissão para...
— Pare de me pedir permissão. É uma exigência — respondeu ela, cortando a fala de Gareth ao meio, com uma angústia tangível reverberando por todo o seu corpo enquanto ele se afastava um pouco. Hyacinth, então, levantou os quadris de maneira quase desesperada, tateando pelo ar em busca do pescoço dele, para levá-lo à força ao destino tão ansiado. Seu corpo estava latejando de um modo indescritível, de forma que nem todos os livros de poesia ou de anatomia do mundo dariam conta de detalhar. — Por favor... — suplicou, como se assim pudesse dar um fim naquele jogo. Afinal, ele estava brincando com ela, não estava?
Gareth se encaixou entre as pernas de Hyacinth para conseguir olhá-la nos olhos. Viu tudo que com certeza estava refletido também nele próprio: desejo, bruto e líquido ao mesmo tempo, uma confusão paradoxal demais para ser entendida. Viu ternura e viu violência. Viu sua vontade de ser boa e de ser má, tudo isso nos meros segundos os quais precederam o beijo profundo que trocaram, a mordida no lábio inferior — tão lindo, Gareth repetia incansavelmente —, o cheiro de seu busto. Lambeu-lhe os seios mais uma vez. Traçou um caminho de beijos até o umbigo e desceu até...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Naked • hyareth au!
Conto[MODERN AU] Uma alma livre exigia algumas experiências que a jovem e rica Hyacinth Bridgerton não possuía. Desafiando a vigilância constante de sua família, procurou na noite agitada de Londres algo ou alguém que pudesse lhe proporcionar essas vivên...