Balada do amor inabalável (Concluída)

31. Equalize

"Enquanto você conversa e me beija
Ao mesmo tempo eu vejo
As suas cores no seu olho, tão de perto
Me balanço devagar
Como quando você me embala
O ritmo rola fácil
Parece que foi ensaiado"

Meredith PoV

Quase não vi o Andrew essa semana, mas nos falamos por mensagens e ligações todos os dias.
Ele tem estado bem ocupado e eu também, além da gravadora tenho passado bastante tempo ajudando a Amelia que tem estado bem mal nesse início de gravidez, quando o Link não pode estar com ela, eu fico na casa dela para ajudar.

Hoje o Andrew vem me buscar para jantarmos, finalmente conseguimos combinar nossas agendas para dormir juntos, eu tô morrendo de saudade, parece que não o vejo há um mês, nossa como eu sou boba por ele.

Eu me arrumo, coloco um vestido vermelho de alças finas que marca bem o meu corpo, uso um salto não muito alto, gosto de andar confortável. Passo um batom vermelho e um rímel para ressaltar meus olhos, por último uso o perfume que ele me presenteou. Ouço a campainha tocar e ele chega 20 horas em ponto.
Abro a porta e me deparo com esse homem que parece ter saído de um sonho perfeito.

-Oi. Quanto tempo italiano.

Eu digo enquanto vejo ele me olhando dos pés a cabeça.

-Meu Deus, ou melhor que deusa...uau...você está deslumbrante.

Ele me abraça apertado e esse abraço era tudo que eu precisava.

-Você está lindo também. Nós formamos um casal e tanto eu diria.
Eu vou pegar minha bolsa e a gente já sai.

Vamos para o restaurante que o Andrew reservou. Um lugar super chic, bem reservado e frequentado por pessoas famosas. Ele diz que não gosta desses lugares, mas queria ir comigo alguma vez.

-O que você achou? Meio exagerado não é?

Ele me pergunta puxando a cadeira para eu sentar.

-Ah não, eu gostei muito. Temos um gosto parecido por coisas simples, mas às vezes é legal conhecer novos ambientes. 

-É sim, é importante mudar de vez em quando, algumas mudanças são necessárias na trajetória das nossas vidas.

Ele fala e muda o tom de voz ficando um pouco cabisbaixo. O garçom chega e nós fizemos os pedidos.
Eu notei que esses dias o Andrew tem estado um pouco diferente, seja pelo telefone ou nos dias que nos vimos. Ele parece mais disperso, desatento, tenho certeza que tem alguma coisa acontecendo e ele ainda não se sentiu confortável para me falar, então vou esperar até ele estar pronto.

Nós conversamos bastante e tomamos um vinho super caro que ele queria que eu provasse.

-O que achou do vinho? É de uma safra bem antiga, eu adoro.

-Achei delicioso.

Ele me mostra um sorriso leve que não chega aos olhos. Eu não me contento, seguro a mão dele sobre a mesa, preciso perguntar o que está acontecendo.

-Andrew, você está bem?

-Sim Mer, porquê?

-Porque eu acho que está acontecendo alguma coisa, mas que você não quer se abrir comigo...

Ele disfarça o olhar e toma um gole do vinho.

-Não é só você que é observador aqui. Eu sei que você está passando por algo. Você não é assim, seu olhar está distante, você está aqui, mas ao mesmo tempo não. Andrew, eu não quero ser invasiva, eu respeito seu espaço, só quero que você saiba que pode contar comigo.