único

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E eu abracei a solidão mais uma vez. Via todos com sorrisos brilhantes, tendo pessoas as segurando em momentos difíceis. Sentia inveja e raiva delas. Me vi perdido em um mar escuro, com ondas de sentimentos pessimistas de tamanhos inimagináveis, que carregava um temporal com tempestades.
 
Porem o a tempestade parou, as nuvens negras e carregadas voaram para longe, o sol apareceu brilhante como nunca. Isso tudo quando trocamos a primeira palavra. Seu nome tão belo, ficou gravado na minha pele, como o seu toque quente como o sol que nasceu naquele dia, antes chuvoso. Felix.
 
Senti a bola de basquete tocar minhas pernas, podendo assim levantar a cabeça, deixando ali visível meus olhos molhados, bochechas e nariz vermelhos. Me senti envergonhado por estar naquela situação e alguém me ver tão vulnerável.
 
- Oh. Me desculpa. – pede pela bola ter esbarrado em mim. A pegou no chão e olhou com mais calma pro meu rosto e corpo encolhido no chão gelado e sujo. - Esta tudo bem? – perguntou o antes desconhecido. Uma pergunta com resposta tão óbvia, porém meu coração dizia que deveria dar alguma satisfação a sua preocupação.
 
Minha cabeça que doía se balançou duas vezes negando.
 
- Não sei o que aconteceu, mas Channie hyung fala que abraços melhoram tudo. Posso? – abriu os braços e sorria.
 
Me senti besta por ter o coração batendo tão rapidamente. Alguém estava preocupado comigo, e aquilo me fazia querer sorrir. Mas a sensação que nunca mais te veria e sumiria da minha vida preencheu minha alma e engoliu o resto do Jisung que tinha ali. Deixei me levar e o abracei primeiro, querendo aquilo, necessitando daquilo. E como uma proteção, aquela sensação foi embora quando me senti aquecido pelos braços magros.
 
E o primeiro soluço saiu, juntamente as contínuas lágrimas. Ainda abraçados, fez um carinho em minhas costas e sussurrou palavras de conforto. Me balançava calmamente, como uma criança que estava com sono e pedia para a mãe conforto, um colo.
 
- Tenho na minha mochila uma barrinha de chocolate, isso pode te alegrar um pouco. – desfez o abraço, logo senti um vazio e o vento frio me fazer tremer por não ter teu corpo quente ao meu. Correu rápido ate a mochila e tirou a barra de embalagem laranja. Colocou na minha mão e mexeu a cabeça em uma concordância para que abrisse o plástico.
 
O gosto amargo e adocicado se desfez na boca quando dei a primeira mordida. Meu estômago gritou de felicidade quando sentiu algum alimento depois de horas sem. Tive a mesma vontade de gritar pela sensação gratificante e doce por ter você para me confortar naquela hora, um abraço com chocolate. Você é meu chocolate, doce e se faria presente quando a tempestade fria começar, sendo o achocolatado quente que me esquentaria. É meu conforto quente e açucarado.
 
 
Depois daquela tarde, diariamente ia me ver no pátio. Me abraçava por trás de surpresa e dizia sobre o treino de basquete que teve. Só participava por uma nota extra, mas por um acaso pegou gosto pelo esporte.
 
 
Se sumisse por um mero segundo da minha vida a insegurança invadia minha mente, e o dia quente se tornava frio, vazio. Porém voltava, me dava brownies, abraçados e barrinhas de variedades sabores. Adorava quando fazia carinho no pufe da nossa casa na árvore. A casa com decorações em sua maioria amarela e azul é nossa área segura. Prometeu ser meu apoio para tudo ali. Que iriamos ajudar um ao outro, eu e você contra o mundo.
 
Você é meu tudo. É o sol e eu só orbito em seu sistema solar, sem você estaria perdido em uma escuridão devasta e sem respostas.
 
Por que te amo com cada estrela no nosso universo.

abraços com chocolate | jilixOnde histórias criam vida. Descubra agora