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"Seus olhos brilham como a luz do sol, tão brilhante
Você se assemelha ao oceano esmeralda 
Estou me apaixonando pelo seu sorriso que é suave como um doce 
Posso desenhar um amor que é como um sonho branco com você?"

Gfriend - Fall in love


Nathaniel caminhava de um lado para o outro no seu quarto se perguntando se aquilo realmente era uma boa ideia. Entretanto, sua amiga de cabelos rosados o observava.

- Mas e se ele não sentir o mesmo, Alix?

- Mas e se ele sentir.

- Mas e se ele não sentir? E se eu falar e ele nunca mais quiser olhar na minha cara? Eu não suportaria perdê-lo. Ele é o bem mais precioso da minha vida.

- Nathaniel, por favor, vai fazer quase um ano que vocês se conhecem e o Marc não seria capaz de acabar com vossa amizade por causa disso.

- Eu sei, mas...

- Você vai se confessar para ele sim! Você não pode simplesmente ficar evitando, algum dia ele vai ter que ficar sabendo

- Mas...

- Sem mais nenhum "mas", Nathaniel! Nós só vivemos uma vez e quero que aproveitemos a vida enquanto podemos. É melhor se arrepender de algo que você fez do que não fez. Seguinte, se quiser eu te ajudo, mas você tem que falar

- Faria isso por mim?

- Claro! Amigos servem pra isso.

- Obrigado! - agradeceu, abraçando a amiga.



***



Era Sexta-Feira, na noite anterior sua melhor amiga, Alix, esteve com ele em sua casa para se divertirem um pouco e principalmente para o ajudar com um negócio. Nathaniel queria chamar Marc para sair e contar a ele seus sentimentos, só que não sabia como. Gostaria de o levar num lugar calmo e divertido, que ambos gostassem e se divertissem.

Após muitas ideias, Alix chegou na conclusão de que o melhor seria o encontro ser num parque. Os dois amam natureza, sentir o vento no rosto e escutar os pássaros era algo que trazia uma paz inexplicável para os garotos.

Para ser sincera, para o ruivo não foi nada fácil descobrir que estava apaixonado pela sua dupla de quadrinhos. Foi difícil para si aceitar que gostava dos dois gêneros, por causa de suas crenças e também por ter sempre achado que era hétero. Aceitar que estava tudo bem ele não gostar apenas só de meninas.

Nosso querido pintor judeu atravessava nervosamente a escola, procurando o melhor amigo. Após subir as escadas esverdeadas e andar um pouco pelo corredor, entrou na sala de aula dele.

Lá estava Marc, olhando a vista que a janela da sala o proporciona. Esperava o amigo chegar para irem na cafeteria almoçar juntos.

Usava seu clássico gloss e moletom vermelho. Por mais que Marc não estivesse fazendo nada demais, o ruivo sorriu. Amava cada detalhe dele e poderia o ficar admirando por dias.

- Tudo bem, Nathaniel, você consegue fazer isso! - disse, respirando fundo, segurando fortemente seu pequeno caderno de desenhos antes de se dirigir ao moreno.

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