Wait; unique

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oioi, gente.
Não gostei muito dessa, mas tava nos meus rascunhos e postei.
A próxima *achooo* que vai ser um padrão mais enemies to lovers.
Não prometo quando vou postar porque faltam duas semanas para provas e eu tô me virando nos trinta pra conseguir desacumular matéria.
Talvez eu poste um bônus dessa, se vocês pedirem.
Espero que gostem!!
Beijos, se hidratem e fiquem em casa.

Espero que gostem!!Beijos, se hidratem e fiquem em casa

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Ela estava.... incrível.

Marinette Dupain-Cheng sempre foi conhecida por sua gentileza, mas também por sua beleza. A garota se destacava entre as meninas do Françoise Dupont e continuou se destacando quando entrou na ESMOD para fazer moda.

Mesmo sendo bela naturalmente, naquele dia,  estava perfeita.

Havia desenhado e feito o vestido por conta própria e o resultado não poderia ter sido melhor: ombro a ombro;sua clavícula se destacava com o iluminador e o delicado colar dependurado nela. Havia uma pequena transparência no começo do vestido, seguido pelo pano perolado que a mestiça havia escolhido para percorrer seu corpo até sua cintura, colado em sua pele. Na saia, diferentemente da parte de cima, era completamente solto, mudando a cor do vestido para branco-neve. Era um modelo simples, mas, ao mesmo tempo, Marinette parecia uma princesa usando-o.

Ela era um princesa.

Minha princesa.

Quando foi pedida em casamento, chorou muito em meus braços. Parte por felicidade, parte por Tom Dupain não poder acompanhá-la durante sua passagem pela nave da igreja. O mais velho havia falecido em uma de suas entregas, pegando uma forte pneumonia, que só foi descoberta -já que ele se recusava a ir ao hospital- tarde demais. Foram tempos terríveis para as garotas Dupain-Cheng.

Havia acontecido há 3 anos e elas nunca se recuperaram totalmente. Também, pudera. Perder uma figura tão importante em nossa vida nos faz mudar.

Assim como eu mudei quando descobri o que acontecia na minha família.

Descobri que meu pai era Hawk Moth tarde demais. Ele soube... soube que eu era Chat Noir e, quando tentamos vencê-lo, ele me usou, usou a manipulação e o meu psicológico para me desestabilizar e akumatizar.

Graças à Ladybug, seu plano foi um total fracasso.

Foi duro ver meu pai sendo preso, o mundo que conhecia desabando, todos meus amigos se afastando, minha... minha mãe sendo retirada do porão de minha casa, ligada à algum tipo de máquina conservadora de vida. Ir ao seu funeral, depois de tantos anos.
A descoberta das identidades.
Foi... muito difícil, não posso mentir ao dizer o contrário. Saber que a menina que esteve ao meu lado o tempo todo era a garota por quem eu era perdidamente apaixonado era incrível.
Seria, se ela não estivesse em um relacionamento com Luka Couffaine. Apaixonada por ele, na verdade.

Nunca a pressionei. Marinette não merecia. Por isso, esperei por ela,mesmo que deixasse escapar alguns flertes. Esperei com que ela terminasse seu namoro com Luka para poder agir, para poder tê-la.
Porque nós dois sabíamos que éramos feitos um para o outro. Almas gêmeas, ying yang, destino. Pertencíamos um ao outro.
Por isso, relevei quando ela comemorou seu primeiro ano de namoro, depois o segundo e o terceiro, evoluindo para um noivado.
E hoje, seu casamento.

Bati na porta do quarto em que se arrumava. Depois de 3 minutos, Alya a abriu, revelando Marinette em pé, já segurando seu buquê. Tikki estava ao seu lado, ajeitando seu véu.
Sorri quando ela sorriu.
-Você está perfeita. -declarei, em baixo tom.
-Você também não está nada mal, Agreste.
Continuei com um riso estampado no rosto, mesmo que esse esteja inflado de ironia e uma dor violenta.
-Quero ter um momento à sos com você, posso? -pedi, olhando para os presentes no quarto. Alya olhou para Marin, que assentiu levemente, embora seu rosto expressasse preocupação. A melhor amiga levou o resto das madrinhas para fora do quarto, seguida da maquiadora e cabeleireira.
-dou dez minutos, nada mais que isso- a morena disse enquanto fechava a porta.
Fui até seu alcance e segurei sua mão, beijando-a delicadamente.
-Você é perfeita, bugaboo. -fechei os olhos.
-Chat Noir que veio me visitar agora? -brincou , tentando amenizar o clima.
-O gatinho deve visitar sua lady todos os dias, não?-soltei um sorriso ladino, que foi retribuído com um empurrão leve.
-Gato bobo.

Respirei fundo, nervoso com que eu iria falar agora. Tomei seu rosto com as mãos, mantendo o contato visual. Era possível ver meu desespero, mesmo de longe.
-Não case com ele. -o sorriso que brotava no rosto de Marinette se desfez lentamente.
-O quê?
-Não case com ele, bugaboo. -fechei os olhos novamente.
-Por que? -ela tocou minhas mãos em seu rosto.
-Por que? Você sabe o porquê. -ela negou com a cabeça. Repetidas vezes.
-Não.
-Sim.
-Não, não, Adrien. Você está sendo mau.
-O quê? -abri os olhos, surpreso. A azulada estava com lágrimas brotando em sua linha d'água.
-Pare com isso, pare. -ela se desvencilhou de meus braços, indo para um canto isolado da sala. Fui até seu alcance, mantendo uma distância respeitável.
-Eu estive sendo sua segunda opção todos esses anos, Adrien. Todos os anos, sua primeira opção foi Ladybug. Em tudo! Você nem ao menos me via com algum interesse amoroso, por Deus. Você ama Ladybug,  não a mim.
-Você é a ladybug! -exclamei um pouco alto.
Ladybug é a melhor parte de mim! Marinette é quem eu sou. Você nunca a notou, apenas quem todo mundo ama, mas nunca ligou para a pequena desengonçada que sempre esteve lá quando você precisou, esperando desesperadamente alguma reciprocidade que nunca viria. Eu não vou ser a pessoa com quem você vai ter que se contentar porque não pode tê-la. Não vou desistir de tudo apenas por um capricho bobo seu. N-não, não vou fazer isso... não quando passei minha vida toda amando você.
Sua declaração me pegou de surpresa. E-ela me amava e nunca falou?
E... ainda me ama?
-Você ainda me ama? -ela não olhou para mim, tampouco respondeu. -M'lady, por favor. Você me ama, sabe disso. Eu amo você incondicionalmente. Somos almas gêmeas, todos sabem disso. Só uma frase, uma, e saímos daqui. Você não é obrigada a se casar, não quando pode ser feliz comigo.

Ela riu, irônica. As lágrimas já haviam estragado um pouco da maquiagem, então Alya provavelmente me mataria.
-Você não entende, não é? Você nunca vai amar a Marinette. Sempre e apenas a Ladybug. Até quando se refere à mim. Percebeu que desde que entramos nesse quarto a única coisa que sai da sua boca são apelidos referentes à ladybug, não à mim? fechei a boca, um pouco surpreso... eu nunca havia reparado. -Foi o que eu pensei. Luka me ama, Adrien. As duas partes de mim, na verdade. E me entende, me consola. É tão bom, tão, tão bom ser amada. Eu nunca havia experimentado esse sentimento, sempre pensei que o amor fosse aquilo que sentia por você: uma grande dor por não ter reciprocidade. E... não adianta ficar discutindo isso. A-apenas... apenas me leve para o altar.

                                        {...}
-Obrigada por tomar conta de mim até agora, Adrien. Você é um ótimo amigo. -ela sorriu, apertando meu ombro. O carro já estava a esperando para levá-la embora para a lua de mel.
-Ah, Marin. Eu só estou fazendo o papel que um bom amigo faria. -sorri, triste e, beijando meu rosto, se despediu, indo em direção à sua nova vida.
Com o homem que ela ama e que a valorizou quando eu não o fiz.
Me sentei nas escadas, esperando o carro se distanciar. Lágrimas silenciosas caiam pelo meu rosto, banhando meu terno.

-Esperarei por você, torcendo para que você consiga me perdoar a ponto de voltar a me amar. Mas, se isso não acontecer e você nunca aparecer, continuarei esperando por você até o dia da minha morte, Marin. Sussurrei entredentes, incapaz de formular uma frase em voz tão alta.
-Acho que até a morte não será tão necessário, amiguinho. -uma voz que eu conhecia bem se sentou ao meu lado.
-Bunnix? -ela sorriu, tocando em meu ombro.

-vem, vamos atrás dela.
-Mas.. não podemos mexer com o passado. Você mesma sempre diz.
Ela revirou os olhos.
-Não podemos, mas Luka mexeu. Você quer Marinette ou não?-meu coração acelerou. Ela já sabia a resposta.
-Mais do que tudo nessa vida. -peguei em sua mão e, com a outra, Bunnix abria o porta.
-Então vamos, temos cinco minutos a mais para desfazer tudo.

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