Astéria nunca teve muitos problemas para lidar em sua vida; Tinha nascido em Veláris e seus pais sempre haviam sido ótimas pessoas.
Isso foi antes do ataque de Hybern.
Quando seus pais foram assassinados naquele ataque covarde, parte do brilho de As...
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Astéria realmente tinha achado que ir para as estepes illyrianas com Alynia ia ser bom o suficiente para fze-lá superar algumas das coisas que a incomodavam. Mas que a verdade fosse dita: ela tinha ido para lá para evitar Eris.
Astéria o amava, mas sabia que não conseguiria olhar para ele. Pelo menos não sem desabar, não sem desejar voltar atrás de suas decisões. E ela não podia. Entã, aceitou o convite de Alynia para passar alguns dias nas estepes enquanto as meninas treinavam com as fêmeas illyrianas para participarem do Rito de Sangue.
O que a grã feérica não sabia é que aquilo se tornaria um mar de sangue.
O coração de Astéria foi parar na garganta quando aqueles hyberianos surgiram, os cercando. E tudo só ficou pior quando eles perguntaram por ela; eles estavam atrás de Astéria e sabiam sobre os poderes dela.
Astéria teria se entregado a aqueles monstros somente para evitar mortes. Pela Mãe, ela teria ido, apesar de saber que aquilo seria sua sentença de morte. Mas Roland e Alynia atacaram. E tudo foi pro espaço.
Visha gritou e aquilo havia sido o suficiente para despertar Astéria do seu estado de choque. Não, ela não se entregaria para eles, não, ela não deixaria machucarem Visha, que era, de fato, o mais próximo que Astéria teria de uma filha.
O soldado estava com uma faca reluzente pressionada contra o pescoço de Visha, mas a jovem não demonstrava o menor sinal de medo. Na verdade, parecia estar reunindo sua própria magia para ataca-lo. Mas Astéria foi mais rápida que ela; sequer deu a aquele macho o benefício da dúvida ou a possibilidade de escolha antes de deixar que seu poder saísse.
As chamas estelares de Astéria cercaram aquele macho. Ela sabia que sua magia não machucaria Visha, mas faria um belo estrago naquele macho. Visha também sabia disso, pois deu uma risada debochada quando ouviu aquele macho gritar a medida que sua pele ia derretendo.
-Você mexeu com as fêmeas erradas, babaca.- Visha disse, libertando de vez aquela magia que era pura destruição. Não restaram sequer os ossos daquele macho depois daquilo, e, pela primeira vez na vida, Astéria não sentiu um pingo de pena ou remorso. Na verdade, ele tinha morrido rápido demais.
Astéria abraçou Visha com força. Precisava tira-lá de lá, precisava tira-lá de lá o mais rápido possível. Mas Visha pareceu perceber isso, pois se afastou de Astéria.
-Espera. Olhe, estão todos mortos, Astéria.- ela disse e Astéria olhou ao redor. De fato, todos os machos de hybern estavam caídos e completamente destroçados.
Ela então notou o porque; porque aquelas fêmeas illyrianas, desprezadas pelos outros, haviam pego suas armas e destruído aqueles machos. Por um momento, Astéria se sentiu satisfeita. Mas isso foi até ela escutar o choro de Abigail. E o de Jesminda.
-Puta que pariu.- Visha soltou e ela não podia concordar mais.
