8- O Apaixonado/O Concurso

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A sessão tão esperada da menina Samara havia acontecido na última tarde, logo após voltarem do Tickling Spot de Costa Nobre, onde o casal de adolescentes recém conhecidos tiveram suas sessões de cócegas, e visitaram alguns lugares interessantes no caminho.

Após passarem o resto do dia dentro de casa durante aquela tarde de verão chuvosa e relaxante, o trio teve uma ótima noite de sono que não tinham a tempos, a ponto de não perceberem a luz do dia retornando àquele confortável quarto, onde, mais próximos da varanda, Felipe e sua irmã adotiva dormiam juntos, assim como tem sido nos últimos dias, e a nossa Isabele, já acostumada com a sua nova realidade, continuava dormindo profundamente na cama da Samara, onde tinha em seu campo de visão, a cama do amigo e a varanda à sua direita, uma parede vazia à frente dos seus pés, o início do armário em diagonal para a direita, e a porta do quarto no fim da parede da esquerda, onde estava quase encostada.

Os últimos Poltergeists, como eram chamados os "monstros das cócegas" fantasmas que vagam livremente às noites, retornavam para o seu descanso solitário e escuro no subsolo da cidade, assim como de todo o reino, onde esperariam até a próxima noite para atacar novamente.

As ruas já estavam seguras para os que odiavam receber muitas cócegas, a chuva já havia cessado há algumas horas e a população já começava a acordar e a encher as ruas molhadas novamente, seja para visitar o Tickling Spot (Ou TST, como é chamado em alguns países do reino), trabalhar, se divertir ou o que for.

Porém ainda não se ouviam risadas pelos quarteirões e nem barulho nenhum, pois felizmente as sessões domésticas não eram permitidas antes das 8 da manhã, embora o TST da cidade abra ás 6:30 da manhã, fazendo bastante barulho ao redor, mas que não chegava nem de longe à casa de Felipe.

Um pouco mais tarde, o silêncio é quebrado por uma não muito distante música de rádio que não deveria estar tocando ainda, mas quem chamaria a polícia sem os telefones existirem, não é? A pessoa teria que ir direto à prefeitura para reclamar, mas é claro que ninguém faria isso.

Sem se importar muito, Felipe finalmente acorda, um pouco mais tarde que o habitual, se levanta para ir ao banheiro e depois para de pé no corredor, pensando se deveria ou não acordar as meninas.

Felipe- (Eu acordo ou não...?) - Olha para o relógio no fundo do corredor - (12 pras 8, né? Verdade, a gente dormiu cedo... Ahh eu vou acordar sim, e se não gostar eu faço cosquinha no pé!)

Assim, ele volta pro quarto e sacode a sua irmã, que acorda lentamente, e chama a Isabele repetidas vezes, mas parece não ter funcionado.

Felipe- Nossa, que sono pesado ela tem! Vamos ver se assim ela acorda, hehehe.

E então, ele anda até o pé da cama e levanta devagar o cobertor de Isabele, sem que ela acorde, revelando os bonitos pés da garota, com as solas felizmente viradas para cima, e logo em seguida começa a fazer um pouco de cócegas neles, a fazendo acordar agitada em míseros dois segundos, levando um susto e gargalhando automaticamente ao mesmo tempo, quando sua consciência desperta e finalmente vê que era apenas o Felipe a acordando.

Samara viu e riu junto, enquanto Isabele apenas relaxa e fica parada por alguns segundos, com um sorriso lindo e sincero no rosto, os olhos fechados e a cabeça baixa.

Felipe- Hahaha, bom dia dorminhocas.

Isabele- Felipe que susto! Hahaha bom dia... *bocejo*

Samara- Bom dia também!

Isabele- Que horas são...?

Felipe- 7:50 já.

Samara- ...Vamos fazer alguma coisa hoje?

O Reino das Cócegas (Oficial)Onde histórias criam vida. Descubra agora