O mundo antológico de Bob Esponja está de volta. Preso em um limbo cúbico espiritual cheio de paradoxos, o quarteto da Fenda do Biquíni está condenado a alternar entre os sonhos por toda a eternidade. Será que eles conseguirão escapar dessa? Ou será...
A consciência do Bob Esponja se separa do próprio corpo e acorda dentro de um sonho lúcido totalmente alucinado.
Ele estava no meio de uma grande biblioteca. Um santuário de livros, preenchidos com muitos conhecimentos.
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BobEsponja: Uau! Olha só esses livros! Onde será que o Gary está?
A esponja psiconauta andou por aquela grande biblioteca chamando o nome do seu caracol de estimação.
BobEsponja: Gary! Hãã...?
Ele avistou um homem de costas, alto, cabeçudo, com vestes roxas, e se aproximou.
BobEsponja: Com licença senhor...
O homem se virou rapidamente e mostrou o seu rosto.
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Gary: Bob Esponja!
BobEsponja: Gary!?
Gary: Como se atreve a invadir a santidade dos meus sonhos?
BobEsponja: Gary! Você sabe falar!
Gary: Nos sonhos não ficamos presos as limitações terrenas.
BobEsponja: O que isso quer dizer?
Gary: Venha.
Então, o caracol bípede guiou a esponja curiosa pelo seu santuário de livros.
Gary: Há séculos, acredita-se que os sonhos sejam como janelas para outros mundos.
Ele recitou passagens de um livro que pegou numa prateleira.
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Gary: "Não quero estragar esse sonho perfeito com a mancha do alvorecer, mas quero ajustar a minha noite diária para que ele possa ocorrer de novo." Emily Dickinson escreveu isso.
BobEsponja: Hã... Quem?
Gary virou mais algumas páginas.
Gary: Essa aqui você deve conhecer: "Era uma vez, um homem no Peru, que sonhou que estava comendo um sapato. Ele acordou comendo no meio da noite e descobriu que o sonho tinha virado realidade."
BobEsponja: Hehehehe! É, Gary, você é mesmo esperto!
Gary: Você pensou que só tivesse ar na minha casca, é?
BobEsponja: Bom, obrigado pela informação, Gary. Agora eu vou voltar pro meu sonho.
Gary: Cuidado com os seus olhos curiosos, seu pequeno porífero!
Bob Esponja foi embora. Não se sabe como, mas ele conseguiu sair do universo mental do Gary.
O caracol de corpo vertebrado voltou a organizar os seus livros.
Gary: Assim como os sonhos, a leitura pode nos levar a lugares que o corpo não leva.
