Ladrão Fantasma Kokichi Ouma absolutamente nunca comete erros!

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Kokichi Ouma gostava de brincar. E como! Brincar de qualquer coisa, no entanto, sua brincadeira favorita era "Polícia e Ladrão", na qual são divididos dois lados dos jogadores. Os policiais são encarregados de correr atrás dos ladrões, que fazem de tudo para escapar das algemas. Kokichi amava fazer o Departamento de Roubos e Furtos de bobos, ver os detetives se morder por não serem hábeis o suficiente para algemar aquele jovem ladrão fantasma, bem, não que fosse fácil. Ouma era talentoso, mas não gostava de ser comparado a outros "colegas de trabalho" ao redor do mundo, mas que ele era bem famoso, era a mais pura verdade. Na televisão, os televisores espalhados por todo o Japão, camisas e canecas para seus fãs, e acredite, Kokichi possuía fãs em todo lugar!

— Tch... ! Não conseguimos pegá-lo, mais uma vez! — Um senhor por volta de seus quarenta anos de idade estalou sua língua ao esmurrar sua própria mesa. Ele limpou o suor de sua testa com um lenço azulado guardado no bolso de seu terno, sabendo muito bem que Ouma estaria zombando de sua reputação enquanto brincava com a pintura de qualquer samurai que não conhecia bem, mas resolvera roubar apenas para irritar o velho. — Isso é inadmissível! Tragam de volta aquele maldito quadro do Miyamoto Musashi ou eu jogarei todos vocês na rua! Eu não quero um fantasma da década de 1670 me assombrando...

— Na verdade... — Um jovem de boné apareceu atrás do homem, que assustou-se soltando um pequeno berro, mas não fizera com que o garoto se desculpasse. — Miyamoto é do Período Edo, que começou em 1868. Não desrespeite ele desse jeito, por favor. — Sem tirar sua atenção do livro em suas mãos, Shuichi recebeu celebração vinda do velho.

— Aqui está você, jovem promissor! Aqui, aqui, esse é Shuichi Saihara, ele irá nos ajudar com o caso do Ouma maldito!

Shuichi sentia os olhares dos homens mais velhos queimar suas costas, sabendo que eles o subestimava pela sua idade e aparência, sabia disso muito bem. Mas para entrar em um caso de verdade e pegar bandidos, Saihara aguentaria. Pelo bem de sua carreira, ele tinha noção de seu próprio talento e que era melhor que todos ali presentes, porque realmente levava seu trabalho a sério. Pena que seus superiores se sentiam ameaçados pelo talento nato do jovem e mandava-o fazer trabalhos bobos, como encontrar cães pela vizinhança.

Apesar de sua natureza gentil, Shuichi só pôde rir do quão ridículo eram as pessoas que deveriam lhe ensinar, mas em vez disso, apenas jogavam pedras em seu caminho para derrubá-lo e ficar em seu lugar. Mas ele soube dar de ombros e seguir sua vida, finalmente participando de um caso. Não havia escolhido o caso do teimoso Ladrão Fantasma japonês que estava dando trabalho a velhos diabéticos que logo morreriam do coração com mais um dos tesouros nacionais sendo roubados pelo menino, mas não iria reclamar. — Eu vou indo por hoje. Terminei a minha papelada e já bati meu ponto. Até amanhã! — Shuichi se despediu dos outros funcionários com um sorriso suave e agarrou sua bolsa, saindo da delegacia o mais rápido que podia. Ficar naquele lugar o deixava enjoado.

— Um lámen de porco, por favor. — Pediu o detetive, sentando-se em um dos bancos do restaurante especializado no prato, seus olhos cansados visualizavam as postagens recentes feitas pelas pessoas no Instagram enquanto as curtia sem nem analisar as fotografias primeiro. Ele não ligava o bastante para aquelas pessoas em seu feed. Quando uma cantoria tirou a atenção de seu celular, ao seu lado um rapaz pequeno que cantarolava uma música conhecida na internet ou coisa do gênero, o garoto tinha cabelos rebeldes cor purpúreos que se destacavam em qualquer lugar e um sorriso jubiloso em seus lábios, que eram tão adoráveis. O instinto detetive de Shuichi o fizera observar o desconhecido por todos os cantos, corando ao perceber o relance dos olhos do menor para seu lado.

— Procura algo comigo? — Sem tirar o sorriso de seus lábios, aquele garoto claramente petulante e obstinado que vestia roupas de tema xadrez, e que combinavam tanto com seu pequeno corpo cheio de cintura, quase como uma garota. Não havia percebido quando seu pedido havia chegado, queimando-se com a tigela quente em sua frente, gemendo baixinho de dor e surpresa por não ter notado o objeto.

the phantom thief kokichi ouma absolutely never makes mistakes! unless...Onde histórias criam vida. Descubra agora