- Eu senti tanto a sua falta, Nell! - disse, enquanto apertava minha cintura, me deixando quase sem fôlego.
- Eu também senti saudades - falei, quase num sussurro. - pode me soltar agora, está me sufocando!
- é a especialidade dele: sufocar as pessoas... - provocou meu pai.
Hyeon soltou-me e depositou um beijo na minha bochecha, depois voltou a se sentar. Fiz o mesmo, sentando-me ao lado de Hwa, frente a Duri. Este nem ao menos olhou para mim.
- oi, Duri. Não sei se você me viu, mas, duri também senti a sua falta... - sussurrei hesitante, porém, em um tom audível.
- oi, Haneul...eu vi você sim, porém, não sei se posso dizer o mesmo! - disse, friamente.
Resolvi ficar calado e terminar logo meu café da manhã, para não me atrasar para a escola.- vamos, ou iremos nós atrasar! - lembrou Kwan, com a boca cheia.
- pare de falar de boca cheia, sua idiota! - esbravejou, Youngnam e Kwan mostrou o dedo do meio para ele.
- Kwan, não faça isso! - minha mãe á repreendeu.
- desculpe, mamãe...
- vamos logo! - chamei.
Levantei da mesa juntamente aos gêmeos e seguimos até o carro que nós levaria para a escola.
[•••]
Todas as aulas haviam acabado e nesse momento, eu me encontrava em frente à escola, esperando Kwan e Hwan. A escola não era tão longe da nossa casa, no minimo meia-hora de carro e uma hora andando, então optamos por voltar caminhando até nossa residência.
- vamos logo, caramba! - gritei assim que os avistei.
- já estamos indo, merda! - rebateu Kwan.
Quando enfim os dois chegaram até mim, fomos para casa. Andamos calmamente, afinal, não tinha por quê ter pressa. Já no meio do caminho, senti como se alguém estivesse nós seguindo. Olhei para trás, porém, não havia ninguém, fazendo com que meus irmãos estranhassem minha atitude.
- o que foi? - Hwan questionou.
- acho que tem alguém nós seguindo...- responde.
- eu senti o mesmo...- revelou Kwan.
- é melhor a gente correr! - propôs.
E assim fizemos, olhamos um para o outro, sorrimos e começamos a correr. Como ladrões fogem da polícia.
Desde pequeno, eu não conseguia correr tanto quanto meus irmãos, então, eles sempre seguravam minhas mãos. E dessa vez não foi diferente, Hwan e Kwan seguraram minhas mãos, só assim, pode acompanhá -los.
Olhei para trás uma última vez, podendo avistar dois homens de roupas pretas e de máscaras da mesma cor, correndo atrás da gente.
A rua não estava tão movimentada, permitindo que avançassemos por ali sem obstáculos.
Corremos ainda mais até chegar em frente ao mesmo muro que estávamos pichando ontem a noite e pulamos rapidamente, caindo no terreno abandonado do outro lado do muro, de aproximadamente três metros.
Meus irmãos pularam tranquilamente, porém, eu não tive a mesma sorte, acabei caindo bruscamente. Meu pulso inchou pouco á pouco e começou a doer muito.
- meu Deus, seu pulso, Nell!- exclamou Hwan, preocupado.
- estou bem! - falei, com os olhos cheios de lágrimas.
- vamos esperar alguns minutos até esses caras desistirem, aí iremos para casa - propôs Kwan. - certo?!
- tá bom...
- certo...
Concordei. Afinal, o que poderíamos fazer a não ser isso, esperar?
Quase uma hora depois, os dois homens desistiram de nós procurar. Com dificuldade, eu pulei o muro com a ajuda dos gêmeos, logo em seguida eles fizeram o mesmo.
Minutos depois, estávamos em casa.Mais especificamente, frente ao enormes portões pretos da mansão na qual eu morava.
Os portões se abriram devagar, aí fomos para a dentro.
A mansão em que moravamos possuía um gigantesco jardim. dos portões até mansão tinha algo como uma passarela e aos lados, asbustos com as mais diversas rosas. A passarela era larga, poderiam passar três carros, lado a lado, por ali.
Corremos até a mansão, parando ao chegar na frente da grande porta de mármore marrom da entrada.
- o que diremos? - Kwan questionou.
- a verdade, né?! - disse Hwan, sarcástico.
Entramos receosos, porém, apenas Youngnam e Duri estavam presentes.
- o que aconteceu com seu braço, Haneul?!
Eu normalmente não me surpreenderia tanto se a pergunta fosse feita por Youngnam, porém, ela partiu de Duri.
Duri veio até mim, segurou meu pulso com delicadeza e analisou. Logo Youngnam também veio até mim e fez o mesmo que Duri.
- como machucou o pulso desse jeito? - perguntou Duri, preocupado.
- eu...não sei o que falar...- murmúrei.
- o que disse?!
- nada...
- responda: o que aconteceu? - pronunciou-se Youngnam.
Fomos todos sentar no sofá, de couro branco, no centro da sala. Conte-lhes todo o que aconteceu, da porta da escola até a porta de casa.
- Mais um problema...- comentou Youngnam, baixo.
- como assim, Young? - perguntei hesitante.
- sinto muito, Nell...- Duri abraçou-me, deixando-me confuso.- o vovô e a vovó faleceram...
Aquelas palavras foram mais que suficientes para me destruir por completo, como se um tiro tivesse acertado meu coração.
- É mentira, né? Diz que é mentira, por favor...diz... - pedi, chorando.
As lágrimas escorriam dos meus olhos descontroladamente, na mesma medida que Duri me apertava mais. Pode sentir algo molhado no meu ombro, era Duri, ele também estara chorando. Seu rosto estava escondido na curvatura do meu pescoço enquanto me abraçava. Foi o primeiro abraço - depois de anos -,que ele me deu.
Olhei para meus irmãos, Youngnam estava abraçando Hwan enquanto segurava uma das mãos de Kwan, os dois choravam. E kwan estava de cabeça baixa, seus cabelos cobriam seu rosto, porém, os fungados e soluços baixinhos ainda eram audíveis.
Eu era muito próximo dos meus avós paternos, aquela notícia caiu como uma bomba no meu colo e eu não tive como impedir que a mesma explodisse. Aquilo foi a coisa mais dolorosa que tive que escutar. Aquilo realmente doeu.
ESPERO QUE GOSTEM DO CAPÍTULO ENTT POR FAVOR VOTEM, COMENTEM E COMPARTILHEM!!!💙💙💙
💙💙💙BYE BYE💙💙💙
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CHECKMATE || LIVRO 1
Hành độngIm Haneul é o décimo filho de um dos maiores mafiosos da Coreia. Sua vida está longe de ser normal para um adolescente de dezoito anos. Haneul vive em meio a vários conflitos familiares e tudo piora depois do assassinato de seus avós paternos. Tudo...