Capítulo 33

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Pov's Autora.

O enterro do pequenos Danvers foi no dia seguinte... o clima estava perfeito, nada comparado aqueles enterros que ocorrem em filmes onde o céu parecia cair e a aura do dia parecia mais triste do que era para ser, tinha um sol forte e uma brisa quente. Kara ser perguntava se era porque o céu estava feliz em receber seu novo inquilino, Lena estava em um silêncio profundo e trocava poucas palavras com as pessoas que vinham cumprimenta-las. O casal Swan Mills e seu filho, compartilhavam juntos perto do caixão histórias e situações que viveram as custas de Tom, podia-se ver que as expressões em seus rostos eram variadas, ora era um sorriso tímido banhado por lágrimas, ora era apenas lágrimas que vinham acompanhadas por soluços cortantes.

Por um momento, sentido que precisava de ar e ficar longe das pessoas, Kara começou a passear pelo cemitério, observando as lápides que estavam por ali... percorrendo um caminho, que deixou de fazer desde de conheceu Lena, se viu em frente a cripta de seus pais, o brasão da família estampado acima da porta deu a ela uma leve sensação de enjoou, passando da pequena porta de ferro andou lentamente até ficar frente a frente com a madeira maciça que a impedia de entrar na cripta abriu lenta e vagarosamente a porta se deparando com dois túmulos de madeira branca, em cima de uma bancada de mármore negro, se lembrava perfeitamente do dia em que fora privada da cerimônia de enterro de sua, até então, mãe e de seu pai.

Anos antes poderia até sentir uma raiva por isso mas, hoje, não faria diferença e do fundo do seu coração desejou que a ideia de ser tomada de Cora nunca tivesse passado pela cabeça de seu pai... mas como ela seria se tivesse crescido ao lado de Regina, Zelena e Cora? Perguntas como essa rodeavam sua mente a fazendo criar possibilidades e universos para si mesma no qual ela nunca precisaria passar por aquilo que estava passando. Mas então, como um lampejo de sanidade se deu conta de que se nunca tivesse passado por aquilo, se tivesse ficado com Cora... jamais teria conhecido Lena, a mulher na qual era o amor de sua vida, jamais teria conhecido Alex, que por mais que tenha sido conivente com os últimos acontecimentos ainda era sua prima e ainda ocupava um lugar especial em seu coração, jamais teria passado pelo que passou e talvez não fosse a mulher que era hoje. Chegando a essa conclusão deixou de lado esses pensamentos e se concentrou no que seria daqui para frente,

Pensou com seus parafusos de que não conseguiria viver mais naquela casa, afinal, aquele lugar tinha deixado de ser sua casa a muito tempo, mais especificamente quando descobriu que o império de sua mãe descendia de mortos e de maquinas assassinas, pensou ainda consigo que Alura e Zor-el não mereciam ter morrido e sendo sábia o suficiente, proferiu em voz alta.

-- A morte é para muitos um consolo, um escape.

E ainda completou em sua mente. "Eles deveriam pagar pelo que fizeram, não só a mim, mas a todas as pessoas que morreram e foram transfiguradas as custas de um projeto de um um Victor Frankenstein patético e de segundo mão que queria dar uma de deus." e por mais que a raiva a consumia não conseguia de deixar de ama-los, sem entender o por que de não conseguir tal feito começou a andar dentro daquele pequeno espaço, puxando as cortinas que tornavam o lugar mais fúnebre do que já era e abrindo as janelas respirou fundo e pensou com clareza. Não poderia dar uma de justiceira, até por que em poucos meses seria mãe de três crianças, mas queria fazer justiça pelo que essas pessoas a fizeram passar. Como se uma lâmpada ascendesse em cima de sua cabeça pensou que as duas únicas pessoas que poderiam lhe dar as informações que queria eram as mesmas que destruíram sua família. Otis e Maxwell iriam ter um questionário extenso para responder e ela faria questão de bancar a policia malvada.

Saindo da cripta e voltando rapidamente para o enterro, se perguntou se alguém sentiu sua falta mas não precisou responder até porque sua mãe, Cora e sua namorada vinham em sua direção com a expressão de quem queria explicações e sem paciência para dar qualquer palavra apenas abaixou a cabeça e ouviu o sermão que elas davam, entendia o lado delas. O de Cora principalmente, afinal tinha ficado longe da filha por vinte e um anos... era pedir muito que ela passasse o resto da vida ao seu lado? Seu único ato foi abraçar as mulheres que considerava as da sua vida e soltar algumas lágrimas em silêncio.

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