ALICANTE

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POV NURIEL HERONDALE

Eu observei meu pai nos dar um último olhar antes que ele retornasse aos céus quase nos derrubando com o vento forte. Meu corpo aos poucos retornava à força de antes, era como se um peso tivesse saído dele e da minha mente. Eu queria tanto poder continuar abraçada em Alec como se estivesse apenas nós dois ali, mas não tínhamos tempo para isso. Pelo menos, não agora.

— Clary, você consegue abrir um portal direto para Idris? — Jace questionou, já que Magnus não iria conseguir abrir um portal pra lá.

— Tem certeza que você está bem? — Alec me perguntou e assenti.

— Estou feliz de estar aqui com você — sussurrei.

— Me perdoe por ter agido daquela forma com você, eu deveria ter te escutado. Garanto que isso nunca mais irá acontecer.

— Está desculpado se me der um beijo.

— Nem precisa pedir.

Alec abaixou a cabeça vindo de encontro a mim, e selou nossos lábios. Como era um bom sentir sua boca macia se movendo contra a minha, nossas línguas se tocando em uma sincronia perfeita. Até sermos interrompidos pela falsa tosse de Simon.

— Desculpa interromper, mas precisamos ir pra Idris. Lá a Nuriel pode se trocar — disse Jace e assentimos.

— A Clave não irá me receber bem, ficarei em Nova York esperando notícias e tomando cuidado. Se for solicitado, eu estarei lá — disse Magnus. Não me aguentei e fui até ele o abraçando. 

— Obrigada por tudo, eu sei que começamos com o pé errado, mas estou agradecida por tudo que me ajudou — sussurrei afagando suas costas.

— Está tudo bem — beijou minha testa e nos afastamos. 

Clary desenhou a runa no ar e a girou e empurrou, abrindo um portal direto para a Cidade de Vidro. Entramos no portal e depois de girar e girar, senti meus pés firme em Alicante, Idris. Olhei para os lados vendo a linda cidade com o ar antigo. Como eu havia sentido falta daquele lugar, mas poderia ser destruído. Alec segurou minha mão e fez um carinho, me virei para ele e sorri. 

— A Clave não irá acreditar em nós — disse Simon — Eles nunca acreditam. 

— Dessa vez, eles terão que acreditar em nós — Alec sussurrou. 

— Vamos passar na casa dos Herondale antes, eu preciso de um banho e trocar de roupa.

Eles concordaram comigo e subimos um monte que tinha para o caminho da mansão da minha família. Alec desenhou a runa de destrancar e entrei na casa. Subi correndo as escadas direto para meu quarto, e entrei quase derrubando a porta. Comecei a arrancar a roupa com pressa até ver que Alec também havia entrado, e já ia direto no meu closet pegando minhas roupas de luta e botas. Entrei no banheiro, e fui direto para a água nem me importando com o quão gelada ela estava. Tentei ser o mais rápida possível, e sai me enxugando.  Alec estava sentado na poltrona e minhas roupas em cima da cama. Me vesti e calcei minhas botas. Por sorte, eu costumo deixar armas guardadas no meu quarto. Peguei outros boomerangs, adagas e uma espada. Estava pronta.

— Vamos. 

Alec me puxou pela cintura e me beijou profundamente, nosso último beijo antes de sairmos dali. Seguimos as linhas vermelhas que haviam no chão que levavam direto para a sede da Clave. Assim que entramos, um guarda veio.

— Sra. Herondale, Lightwoods, Fairchild — nos cumprimentou e depois encarou Simon frangindo o cenho — O que um vampiro faz aqui sem passar pela nossa entrada?

𝘼 𝘿𝙚𝙨𝙘𝙞𝙙𝙖 𝙙𝙤𝙨 𝘼𝙣𝙟𝙤𝙨 • 𝖇𝖔𝖔𝖐 2Onde histórias criam vida. Descubra agora