my first and last.

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Eu vou lhe dizer pela última vez, Kim Dongyoung, suba para o seu quarto e estude mais! Os exames finais estão chegando e você deve honrar o nome de nossa familia. Entendido?

Doyoung concorda com a cabeça, sem dizer uma palavra. Seus olhos já lacrimejavam por ter que ouvir tudo aquilo de sua própria mãe. Ele já dava 100% de si nos estudos, mas não parecia suficiente, e ele estava tão cansado.

Muito bem. Agora suba e estude mais um pouco. E não quero ouvir nem um pio seu. Lembre-se: não queira manchar a imagem da nossa família, faça com que seu pai, seus tios e avós tenham orgulho de você.

Então o Kim concorda novamente, faz uma reverência para sua mãe e vai para o seu quarto silenciosamente.

Ao finalmente fechar a porta de seu quarto, ele suspirou forte, e se apoiou na parede proxima de si para tentar ao menos criar coragem para ligar para Taeyong.

Na verdade, faziam dias que eles mal se viam, com Doyoung ocupado com os estudos e sua mãe o forçando a estudar horas e horas sem descansar.

Taeyong entendia bem o que acontecia com o Kim, e tentava de todas as formas dizer a ele que estava tudo bem, e que depois daquela semana, eles ficariam juntos com mais frequência. Bem, mas a semana se transformou em um mês, e eles apenas se viam algumas vezes na escola, e conversavam diariamente por mensagens.

Mas não era suficiente, Doyoung precisava dos abraços do Lee, dos seus beijos e do seu cheiro ali perto de si.

Com um impulso repentino de coragem, ele discou seu número e então apertou o botão verde, enquanto se sentava na cadeira em frente a sua mesa de estudo perfeitamente organizada.

Depois de três toques, ele ouviu a voz da pessoa que ele mais havia sentido falta durante esses dias.

Hey, Doie! Como está, meu bem? — Aquele bom e velho tom de voz, tão preocupado e tão gentil ao mesmo tempo. Ele era tão sortudo por ter ele ao seu lado, mas agora, se sentia péssimo por ter que acabar com aquele momento entre os dois.

Oi, hyung. Eu estou bem, obrigado. — A voz do Kim havia saído mais desanimada do que ele queria, e então Taeyong continuou.

— Então, como nós tinhamos combinado há alguns dias atrás, vamos mais tarde naquele parque, eu pego você aí as-

Eu não vou poder ir... — Doyoung o interrompeu antes que se sentisse pior por dar falsas esperanças ao mais velho.

Ah, tudo bem. — E então aquele tom sério que Doyoung odiava. Era óbvio que ele tinha ficado chateado e o Kim não lhe tirava a razão. Ele era um namorado tão incrível e paciente, e o mais novo se sentia horrível por fazê-lo perder tantas coisas por sua culpa.

Me desculpe, Yong... Mas a minha mãe-

Já entendi, Doyoung. Bons estudos então.

E então ele desliga e Doyoung se sente ainda pior por ter deixado o outro magoado.

Mas rapidamente decide substituir esse sentimento de culpa por concentração em seus estudos, talvez isso lhe ajude a esquecer um pouco o que estava acontecendo.


(...)



Se passou vários dias desde que Doyoung havia visto Taeyong, e o mais velho passou a evitá-lo ao máximo, nem mesmo respondendo suas mensagens, e o Kim sentia-se cada vez mais triste, sua insegurança lhe dizendo que o Lee iria o deixar e encontrar alguém muito melhor.

Então, no dia em questão, o Kim estava ouvindo mais um dos longos sermões de sua mãe por um 9,0 que havia tirado. E ele já se sentia no limite que seu psicológico podia aguentar.

my one and only | [Dotae]Onde histórias criam vida. Descubra agora