Pov Sabina
A viagem para Nevada foi tranquila, difícil mesmo é o que estamos fazendo agora. Eu e Sina estamos presas embaixo da carroceria de uma caminhonete, bem próximas ao pneu por cabos de aço. Meus amigos tem cada ideia ruim, e o pior, que eu digo "bora".
Onde eu estava com a cabeça quando aceitei isso? O pior nem é ficar presa embaixo da caminhonete, o pior é o que tá por vir.
Pensei que não podia piorar, mas Nour passou com a caminhonete em uma poça de lama, acabou sujando eu e Sina.
— Desgraçada do caralho! – Sina xingou baixo ao meu lado.
Olhei pra ela, o rosto da loira estava coberto de lama, tinha respingos no cabelo. Em mim tinha pegado apenas na roupa.
— Uma porquinha!
— Vai se fuder Sabina!
— Será que dá pra vocês duas calar a porra da boca e parar de rir? – Krystian falou baixo nos comunicadores.
Eu e Sina seguramos uma risada, mudei a vista pra um ponto qualquer, que era terra, estava ficando tonta de olhar para baixo.
O carro parou logo a voz de um homem foi ouvida, deve ser guardas da área.
Olhei para Sina suja de lama, ela também olhou para mim, Sina já estava mudando de cor de tanta vontade de rir, eu não era diferente. Busquei um fio de medo de morrer dentro de mim, me controlei pensando no tiro que aquele guarda daria em mim e em meus amigos, se a gente fosse descobertos.
Depois de Nour, Mel e Krys conversar com os guardas e provavelmente mostrado identificação, o carro voltou a andar, e eu e Sina enfim pudemos rir uma da outra e krystian novamente reclamar no comunicador.
O carro foi parado mais duas vezes, até enfim chegar ao destino final.
— Sabina? Sina? Chegamos! – Disse Krystian.
— Estamos ouvido... – Respondeu Sina.
— Tem dois guardas aqui no estacionamento, não matem os caras, apenas coloquem eles pra dormir, por favor, sigam o plano!
— Okay!
Ouvi barulho da porta deles abrir, eu e Sina começamos a nos desprender dos cabos que estavam nos segurando. Me deitei embaixo da caminhonete, peguei a arma com dardo tranquilizante, apontei para um dos caras. Nessa hora Shivani faz uma falta, ela jamais erraria.
Sina pegou a outra arma, apontamos juntas.
Uma gota de suor escorreu no meu pescoço, apertei o gatilho e disparei, Sina fez a mesma coisa.
Em segundos o primeiro homem desmaiou, logo depois o outro.
— Que tiro gostosinho! – Disse Sina sorrindo.
Saímos debaixo da caminhonete, abrimos a porta e jogamos as duas armas lá dentro.
Em seguida fomos até os caras desmaiados, tiramos as roupas deles e vestimos, pegamos os dois cartões de identificação para poder ter acesso as áreas com segurança, arrastamos os caras e deixamos presos em um quartinho.
— Pronta? – Disse Sina enquanto colocava o boné na cabeça.
— Vamos!
Respirei fundo sai seguindo Sina, passamos o cartão no primeiro acesso e estávamos dentro da área 51.
Uma voz gritava dentro de mim: EU ESTOU DENTRO DA ÁREA 51, CORRE VADIA, PROCURA OS ALIENS, OS DISCOS VOADORES, OS SEGREDOS DOS EUA.
Mas algo me dizia que eu só ia me decepcionar e no máximo aqui teria apenas uma bombinha capaz de eliminar qualquer vida existente na terra.
Sina ia passando o cartão em cada porta que a gente encontrava, eu apenas seguia ela no automático. Confesso que nunca senti tanto medo na minha vida, eu estou ilegalmente em um dos lugares mais seguros do mundo. O que diabos eu tô fazendo da minha vida? Podia estar nos braços de Joalin segura.
Depois de ter entrado em umas 10 portas diferentes, passado por alguns guardas, pegamos um elevador, já fazia tanto tempo que a gente estava descendo, que começo a pensar que estamos descendo direto pro inferno.
A porta enfim abriu, eu e Sina saímos.
— Sina, você lembra o caminho de volta? Eu já me perdi, não sei voltar não.
Sina me olhou sério, e naquele momento, parece que ela se deu conta que a gente precisava saber voltar.
— Grava um vídeo aí pro YouTube: Invadimos a área 51, e olha no que deu.
A idiota começou a rir, mas era notório que estava tão desesperada quanto eu.
Certeza que a gente vai morrer é hoje.
Parei de pensar na morte e olhei a nossa volta, parecia um grande laboratório, cheio de tanques enormes cobertos.
— Que raios de lugar é esse? – Disse Sina.
— Achamos os aliens, certeza que estão cobertos por esses panos.
— Sabina eu tô morrendo de medo, vamos embora daqui!
— Agora que já tô aqui, eu vou olhar o que é isso. Acha mesmo que ainda vou dormir algum dia da minha vida, sem saber o que é isso?
Puxei um pano, vi alguns ovos enormes. Deve ser de avestruz.
— Sina olha essa jaula aqui, o que acha que tem ai atrás?
— Não sei, mas não tô querendo descobrir, isso parece um laboratório Sabina, e ainda tem esses ovos aqui, vamos sair daqui, tô com medo.
— E se for o alienígena? – Tinha um botão vermelho, meu dedo estava coçando para apertar. — Não deve ser nada demais, eles deixaram seguro só com esse botãozinho vermelho?
— Sabina olhe o tamanho dessas letras falando para não apertar o diabo desse botão!
— Mas nem tem uma plaquinha escrita "Cão bravo".
Apertei de vez o botão, as grades enormes de ferro começaram a subir.
Dei um pulo para trás de susto quando meu cérebro começou a raciocinar o que era aquilo.
— Meu Deus do céu! – A voz de Sina saiu baixa e trêmula. — A gente vai morrer Sabina!
— Tá de boas, ele tá dormindo olha, nem deve ser de verdade. Esse bicho já foi extinto a milhões de anos Sina, como eles iam ter um?
— São cientistas, biólogos, bioquímicos e o caralho a quatro de caras inteligentes isolados do mundo Sabina, esses caras devem saber fazer até chover, quanto mais ressuscitar um tiranossauro! Fecha essa porra, vamos embora daqui.
Dei de ombros, ia apertar o botão, no mesmo momento os dois olhos do bicho abriram de uma vez.
— É de brinquedo uma porra! Corre caramba!
Eu estava petrificada olhando aquele bicho enorme a minha frente.
— Vocês estão bem? – Era a voz de Heyoon. — Agora que consegui o sinal de vocês, estávamos com problemas aqui.
— A Sabina soltou um tiranossauro rex. – Não sei de onde Sina tirou tanta calma pra responder a Heyoon.
— A Sabina o que? De onde saiu esse bicho? Vocês estão seguras?
— Ele está na nossa frente, olhando pra gente amor.
Quando o tiranossauro soltou baforadas de ar, eu senti o mau hálito dele de onde eu estava, apenas me virei, e sai correndo com Sina, Heyoon continuava badalando nos nossos ouvidos.
De todas as merdas que fiz na vida, eu nunca imaginei que algum dia, soltaria um tiranossauro rex de uma gaiola.
Eu só queria ver um alienígena, acabei encontrando foi um bicho extinto a milhões de anos, morto de fome. Que bela aventura temática, da caça a Josephinho, para Jurassic World. Agora eu quero ver tu sobreviver a essa Sabina Hidalgo.
(.) (.)
Por essa vocês não esperavam. :D
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A delegada 3° Temporada
FanfictionUma visita depois de 17 anos, pode tirar novamente os dias de paz dessa turma. É aceitar, ou aceitar... As escolhas são poucas, e a recompensa é excelente. Eles estão voltando, ainda mais fortes. Próxima parada: Texas