apoio sm
1 Proteção ou ajuda que uma pessoa dá a outra; amparo, auxílio, socorro: Estava tão deprimido que buscou o apoio de seus amigos.Any Gabrielly
- Sav, posso entrar? - Bati na porta da sala do piano e vi a loirinha fazer que sim com a cabeça.
- Como tem sido suas aulas? Rotina muito puxada? - Sentei ao seu lado reparando em seus olhos um pouco rubros e inchados.
- Nem tanto, já vivi dias mais exaustivos.
- Queria lhe entregar isso, mas por favor, não leia na minha frente - Me estendeu um papel, eu rapidamente iria passar o olho mas ela posicionou sua mão por cima - Lembra, sem ler na minha frente.
Assenti e guardei o papel na mochila. Percebi que ela olhava fixamente para a folha com uma Cifra posicionada em um pequeno suporte. Meus olhos desviaram-se para o mesmo lugar. Seus olhos azuis perceberam oque eu olhava e ela suspirou antes de me entregar o papel.
Supermarket Flowers.
Não fazia ideia de quem havia a escrito, não me era conhecida em nenhum sentido.
Passei meus olhos pela letra rapidamente. Alguns dos trechos me chatearam muito e me preocuparam.
Dad always told me: Don't you cry when you're down
[Meu pai sempre disse: não chore mesmo quando está triste]But mum, there's a tear every time that I blink
[ Mas mãe, há uma lágrima sempre que eu pisco]You were an angel in the shape of my mum
[ Você era um anjo em forma da minha mãe]And when God takes you back He'll say: Hallelujah, you're home
[ Quando Deus te receber de volta, vai dizer:
Aleluia, você está em casa ]Encarei o rosto de Savannah e vi uma lágrima escorrer. Passei minha mão em seu rosto a limpando.
- Você que escreveu? - Ela abaixou a cabeça assentindo.
Óbvio Any Gabrielly, estava óbvio que ela havia perdido a mãe. Burra, burra, burra. Como eu não percebi antes?
Posicionei meu dedo abaixo de seu queixo e o levantei. Encarei aqueles olhos azuis desta vez mais vermelhos que o normal e com olheiras realmente assustadoras de tão fortes que estavam. Sorri fraco ao perceber que mesmo claramente triste, ela tentava subir um sorriso.
A encarei por alguns segundos e finalmente a puxei para um abraço.
Nossos corpos se encaixavam muito bem, minhas mãos passeavam por seus cabelos e desciam até suas costas em uma tentativa de passar conforto e segurança.
Eu podia sentir sua respiração quente batendo sob meu pescoço e alguns suspiros fortes sendo proferidos.
- Eu tinha seis anos... - Sua voz pesada começou - Morávamos em uma casa grande, decorada como se fosse um palácio. Ela se chamava Ophelia, foi e sempre vai ser a melhor mãe possível.
A apertei mais forte.
- Ela decidiu andar a cavalo, sempre fazíamos isso, oque nem eu, nem meu pai, nem ela sabíamos era que uma tempestade estava prestes a chegar, desestabilizando o cavalo e a derrubando de cima de um morro. Eu tinha seis anos, não entendia oque acontecia. Naquele dia eu passei a tarde toda na porta esperando ela chegar pra mostrar a nova canção que eu tinha aprendido a tocar. - Deixei um beijo em sua cabeça - Mas ela nunca voltou.
Meu coração se partiu completamente com aquela frase, eu podia sentir algumas lágrimas fracas encostarem meu ombro. Ela tentava se soltar mas eu não conseguia simplismente a deixar deste jeito, eu jamais faria isso.
- Depois de alguns dias de investigação encontraram seu corpo e o do cavalo caídos no chão.. os dois sem vida. Vendemos a casa, lagaramos tudo e nos mudamos para cá. Como forma de homenagiar minha mãe, meu pai criou o estúdio. Bardot era o sobrenome dela. Por isso eu sempre usei este sobrenome, me sinto mais próxima dela - Uma lágrima escorreu do meu olho - Quando eu tinha dez anos, fui diagnósticada com diversos problemas psicológicos e de saúde, por isso minha queda capilar e o escurecimento dos meus cabelos. Nunca frequentei escolas, sempre aulas online, eu não suportava nenhum outro ambiente que não fosse minha casa. Música tem sido minha terapia desde então, as vezes eu consigo sentir ela. Acredito que seja uma conexão que nem a morte é capaz de quebrar.
- Você é forte por passar por isso. Sinto muito - Senti ela sorrir e me olhar - Oque foi?
- Você é a primeira pessoa que me diz isso. Obrigada, Any. Você está me revivendo.
Nossos olhos não se desgrudavam. Ela olhava para mim com vergonha. Colocou uma mexa de seu cabelo atrás da orelha. Adorável.
Seu pai entrou na sala quebrando nosso contato visual.
- Perdão enterrompe-las, está tarde, quer jantar em nossa casa, Any?
- Na verdade não posso Senhor - Reparei no olhar triste de Savannah e uma ideia baixou em minha mente - Mas porque ela não poderia jantar la, não é? Gostaria de conhecer minha casa, Sav?
Ela encarou seu pai procurando por uma autorização.
- Fico muito feliz, se sente confortável em ir, princesa? - Ela assentiu - Tudo bem, me avise se for dormir la e que horas te busco, obrigado Any.
- Imagina Senhor, eu que lhe agradeço. Vou ligar para o Noah pedindo que ele nos busque, sim? - Sav concordou com a cabeça.
- Vou passar em casa correndo e trago uma mochila com algumas coisas suas, tudo bem, Savy? - Ela concordou - Já volto.
Savannah apoiou a cabeça no meu tronco enquanto meu celular apitava indicando que Heyoon ainda não havia atendido.
- Olá, Elly, aconteceu alguma coisa?
- Não Yonnie, só queria te avisar que Sav vai jantar com a gente, talvez durma por ai, tem problema?
- Nenhum meu amor, fico feliz em conhece-la, vou pedir pro Noah buscar vocês, tudo bem?
- Sim Yoon, obrigada, amo você.
- Também te amo, cachinhos.
Desliguei meu celular e olhei pra Savannah. Ela parecia tensa.
- Tem certeza que não vou encomodar vocês?
- Claro que não, é minha amiga, e pode ter certeza que vão gostar muito de você.
- Sou sua amiga? - Ela sorria besta.
- Claro que sim, não me considera sua amiga?
- Sim, é que.. eu acho que você é minha primeira amiga - Riu tímida - Nunca fui muito sociável, ou talvez me tornei anti-sociável...
- Ei, deixa isso de lado, com certeza vai amar eles e eles também vão te amar, só não se importe caso eles zoem da nossa cara, é bem possível - Ela rui assentindo.
Passamos um tempo ali conversando mas eu acho que nem prestei atenção em nada, as orbeas azuis dela me tiravam completamente o foco. Oque está acontecendo com você, Any Gabrielly? Argg, eu não posso começar a gostar dela, não agora que ela está confiando mais em mim.
Noah nos buscou de carro desta vez, pedi pra que ele usasse o automóvel para não cansar muito Savannah, não sei se ela é acostumada a caminhar.
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mais um!!
obrigada pelos quase 1000 votos! eu amo tanto cada um de vocês!
novidade!!!!:
to comecando a idealizar uma nova fic! minha mente ta borbulhando e eu acho que vcs vao amar!!!amo vcs!!
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The Piano - Savany
FanficO amor da sua vida pode estar muito perto, para Any Gabrielly, na sala logo ao lado, onde uma pianista misteriosa que dedilha as teclas de seu piano, faz os ouvidos de Any se apaixonarem e sua mente transbordar de curiosidade para descobrir quem é a...