Se chegarmos a 200 comentários e 300 votos posto mais um capítulo até quinta feira, vocês batem fácil afinal o capítulo é gigante dá pra comentar bastante <3
Talvez seja construído de pedra
Talvez seja escuro como carvão
Costumava ser um coração, me disseram
Mas um coração precisa de sangue para amarDead Man's Arms
Bishop Briggs
Paola Monteiro
— Obrigada pela carona, foi gentil da sua parte, Fausto. — Falo rapidamente quase atropelando as palavras e já abrindo a porta assim que ele desliga o motor do carro em frente ao prédio que moro, mas as travas de segurança são acionadas impedindo a minha saída, a frente observo a rua deserta e escura, então olho para o meu namorado levemente assustada.
— Você gostou da noite? Dos presentes? — Pergunta segurando o meu braço e aumentando o aperto, fico um tanto assombrada, não porque eu não saiba me defender, mas sim porque não sei o que ele tem em mente.
— Sim, eu gostei, foi muito atencioso. — observo o lugar onde a sua mão fecha o meu braço com um olhar inquiridor.
— Eu sou, mas também não sou assim tão paciente, já estou começando a interpretar essa sua frieza de outro modo... — Seu olhar é duro e o aperto dói em meu braço, ele quer se mostrar poderoso, provar que é o mais forte aqui. — Eu não me importo que me use como as pessoas insinuam por aí, só não quero que me faça de bobo.
— Fausto, você está me machucando. — Olho para o ponto onde sua mão está me segurando e ele suaviza o aperto, a mão livre ele retira do bolso e possui uma boa quantia em dinheiro.
— Compre roupas para o almoço amanhã, e o que sobrar gaste como quiser, baby. — Novamente coloca o bolo de dinheiro por dentro do meu decote, como se eu fosse sua garota de programa, mas no fundo, embora não tenhamos relações sexuais é a isso que me submeto. — Amanhã preciso que seja perfeita, afinal, o Marlon nunca trocou uma palavra comigo, então quero impressioná-lo, e outra coisa, quando sairmos do almoço na casa dos Galvani, vamos fazer um passeio, a sós.
— Fausto... — Tento contornar a situação, mas ele coloca o dedo em meus lábios.
— Fique calma, querida, eu vou te fazer sentir bem. — Dá uma piscadela e decido por ora, não contrariá-lo, amanhã invento uma dor de barriga de qualquer jeito após o almoço.
— Tudo bem, posso ir?
— Vá, às dez e meia sem falta venho busca-la, você mora muito longe de onde fica a mansão deles. — Fala destravando o carro, ainda trêmula pulo para fora quase que correndo.
Tento demonstrar alguma gratidão pela noite então já fora do carro em segurança sopro um beijo: — Certo, sonhe comigo.
Vejo-o sorrir, dando a partida em seguida, parece que só agora volto a respirar, estava sufocando.
Pego o celular na minha bolsa de mão enquanto dou um "olá" para o porteiro, verifico que já passa dá uma da manhã, durante a viagem eu queria pesquisar sobre o Marlon, mas não podia correr o risco de Fausto ver, então apenas anotei o nome dele no bloco de notas do celular e guardei a inquietação até chegar em casa.
O elevador enfim abre as portas e o invado bufando e apertando o quinto andar, fico chateada por não ter feito contatos, mas após o incidente com o Wagner fiquei completamente exausta daquele ambiente e sem contar que Marlon Galvani estava sempre se esgueirando, muito atento a mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
(DEGUSTAÇÃO)ASSINADO, MINHA: Um Herdeiro Por Contrato
RomanceSINOPSE PROVISÓRIA "(...) O silêncio é a maior arma de um caçador" Marlon precisa de uma esposa para gerar o seu herdeiro, um autêntico Galvani que no futuro seja tão firme quanto ele, e que honre a tradição da família que é uma das maiores fortunas...