Vila Daijin e o Doce Pilar

Seguindo para o Oeste

"Para o Oeste. Kamado Tanjiro, Oeste.", repetia inúmeras vezes o corvo do jovem caçador

Kamado Tanjiro e, sua irmã, Nezuko estavam caminhando floresta adentro, seguindo ao próximo destino deles. Nezuko não tinha problemas em caminhar ao lado de seu irmão, pois se encontravam no final de uma tarde nublada e o sol não a afetava mais. No caminho, Tanjiro conversava com a sua irmã sobre o percurso que ele fazia entre a casa dele e a cidade, para vender o carvão e lenha. Falava bastante sobre as repentinas situações que ocorria vez ou outra e o quanto ele sentia falta daquilo. A Nezuko parece ouvir atentamente enquanto saltitava ao seu lado.

Havia passado muito tempo e Tanjiro já tinha contado tudo o que ele se recordava. Estava começando a se perguntar se chegaria hoje ainda ao seu destino, pois já estava de noite e era perigoso demais andar sozinho na floresta.

A sua irmã, Nezuko, já estava cansada de caminhar e estava indo até a caixa que Tanjiro carregava consigo nas costas. Assim que Nezuko põe o pé esquerdo na caixa, para ser carregada, os dois irmãos ouvem um agudo som, como um sino. Sem nem pensar duas vezes, Nezuko corre rapidamente em direção ao som e o Tanjiro tenta a impedir, mas a oni já havia arrancado mata adentro.

"Nezuko, espere! Tenha cuidado, pode ter onis por aqui. Nezuko, volte!", Tanjiro gritava desesperadamente, mas nada acontecia. O jovem usava o cheiro de sua irmã para conseguir seguir o rastro dela, mas se assustou assim que sentiu o odor de outra pessoa e, outra. Várias pessoas estavam por perto, na mesma direção que sua irmã.

Pulando para fora da mata, Tanjiro, em alerta, localiza a sua irmã com um grupo de pessoas. O jovem caçador havia sacado a sua Katana, mas ao perceber que estava numa pequena vila, ele a guardou. Ao se juntar a sua irmã, uma senhora de idade o cumprimenta.

"Venham garotos, se aproximem. Não é seguro andarem por aí sozinhos. Aqui na Aldeia é seguro, venham, venham", dizia a senhora enquanto nos guiava até dentro de sua casa. Tanjiro ainda estava observando ao redor, mas como sua irmã já havia prosseguido, ele foi logo em seguida.

A aldeia, apesar de ser pequena, haviam bastantes residências e uma grande construção um pouco mais distante. Parecia ser um tipo de templo ou do líder da aldeia, pois ela era muito maior e destintas das demais construções.

"Prazer, senhora. Eu sou Kamado Tanjiro e essa é a minha irmã mais nova, Nezuko. Nós nos perdemos na floresta em busca de uma missão. Sou um membro do Esquadrão de Caçadores de Onis–", falava o jovem, mas foi interrompido pela senhora que estava o guiando.

"Caçador de Oni?", perguntou ela, olhando para os dois apenas com os olhos. "Como um caçador de Oni chegaria aqui, tão longe da estrada? Não me parece algo que um espadachim treinado faria..."

Tanjiro havia se sentindo envergonhado, mas logo quando pensou em se referir ao corvo que mandou ele vir para cá, o jovem percebe que o pássaro não estava mais ali faz tempo. Não lembrava em que momento em específico o corvo havia parado de lhe dar ordens, que fez com que ele ficasse um pouco inseguro.

"Nós estamos seguindo ao oeste, procurando alguma ameaça. Estamos caminhando a alguns dias e a única coisa que encontramos foi essa vila...", Tanjiro retomava o diálogo. "Sabe dizer se tem outra aldeia por perto, seguindo ao oeste, senhora...?"

"Kyoko", completou ela enquanto abria a porta de sua casa. Era uma porta de correr e, pelo esforço que a senhora fazia, era bem pesada. Ela solta uns gemidos ao abrir a porta e continuava a conversa. "Nós não saímos muito daqui, pois é perigoso andar na floresta, mas eu tenho quase certeza de que não há nada para o oeste... Talvez tenha algo bem distante, mas não recomendo que vocês, crianças, sigam até lá. Enfim, venham, entrem. Vou acender o fogo para vocês."