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O BADALAR incessante de vários sinos soavam por todo o território sagrado, anjos cantam ao ritmo clássico e simplório de instrumentos cuja melodia doce acompanhava a letra de adoração vinda dos lábios inocentes e puros das criaturas aladas.
Puros...apenas uma alí se desvencilhava dos demais, a mulher angelical expelia doces louvores de sua boca, porém sua mente apenas voltava-se a pensar nos toques suaves daquele que a fez provar o gosto intrigante do pecado.
"Aleluia" cantavam, prostrando-se a exalar santidade e pureza, um amor à Deus imenso, mas o ódio que pregavam contra os demônios que mal conheciam diziam o contrário sobre sua índole e obediência ao mandamento sagrado.
O soar altíssimo do violino ao final, fez o coração da alada sair pela boca ao ser despertada de seu transe impuro, como se a nota aguda denunciasse seu delito da noite passada. Seus olhos se abrem e inspirando um pouco, volta o olhar para o regente da ópera que sorri calorosamente.
- Amém! Todos em perfeita sincronia e docemente afinados. - o anjo, aparentava tamanho orgulho, principalmente por ter [nome] como participante de honra dalí.
Ela que, iria em poucos dias governar e guiar a maior parte dos anjos, era como um tipo de celebridade ilustre diante de sua humilde presença, mas devido ao seu posto predeterminado a alada teria que ser perfeita, sem falhas, como um ser sagrado devia ser.
Porém seu interior apenas queria se libertar deste que, para ela era um fardo que se pudesse não assumiria de maneira alguma, mas o que ela podia fazer sendo apenas mais uma das criaturas controladas daquele lugar?
Sorrindo docemente, a alada aparenta total submissão ao cargo, sem se negar à nada, e obedecendo cada mísera ordem dos anjos.
Ao final de mais um turno de ensinamentos fúteis sobre o perigo dos demônios, que a mulher havia visto ser algo totalmente equivocado, ela suspira ao soar dos sinos mais uma vez, encerrando o ciclo vicioso e cansativo de seu treinamento.
Ela recebe elogios de seu regente, a parabenizando por ser tão prestativa para com as atividades prestadas no céu, e querendo se livrar de mais um cansativo discurso, a alada dá a desculpa de ir até a biblioteca, para pesquisar mais sobre os humanos, coisa que lhe caiu bem fazer, pois finalmente estava "livre".
Passando novamente em frente a enigmática pintura, ela talvez pensou que tentar encontrar alguma informação na biblioteca não seria uma má idéia afinal.
E pairando pelo ar, bate suas asas brancas em direção ao local onde quem sabe, informações cruciais estariam ocultas.
