Cidade dos mortos

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Esta jovem moça, mesmo acreditando, nunca sequer foi a igreja ou fez uma oração. Por conta disso, conforme sua miserável vida ia passando, seus pecados incontáveis foram se acumulando.

Por descuido e ódio que vinha de outras pessoas, acabou sendo empurrada em um lago congelado. Mesmo que ela tentasse emergir, seria tarde demais, pois ela não se arrependia de nada do que havia feito, até aquele momento.

Ela sempre sentia prazer em quebrar as regras de seu senhor e não sabia explicar o porquê. Tudo isso se passava enquanto seu corpo, gelado e frio, caía cada vez mais fundo no lago congelado, seu corpo já com a pele pálida, aos poucos ia fazendo menos esforços para continuar a viver.

Como uma luz branca atingindo sua visão, viu passar diante dos próprios olhos tudo o que havia feito; estava no julgamento com o seu senhor em sua frente para julgá-la. Após rever tudo que havia feito de mal para os outros, sentiu medo de si.

A jovem moça, com medo da própria imagem, se arrependeu em frente ao seu senhor e ajoelhou-se, mas ela sabia que já era tarde demais para isso e, sabia que sua passagem para o céu estava fechada. A cada segundo em frente ao seu senhor, o desespero batia em seu peito:

— Rei de tremenda majestade, que salva os que devem ser salvos gratuitamente. Salva-me, oh fonte de piedade! — Implorava a jovem moça, já sabendo o que iria lhe acontecer.

Essas foram as palavras que a jovem moça havia dito, mas não importava o que dissesse, ela sabia que sua salvação não estava ao seu alcance.

Conforme a jovem moça implorava, o senhor, apontando para ela, disse:

— Amaldiçoada és tu. Odiada em todos os lugares por todos e para sempre!

Suas veias borbulhavam de desespero, sua fala parou imediatamente, lágrimas ácidas caíam sobre o rosto da jovem moça:

— Rei de tremenda majestade, perdoe meus pecados, salve-me como salvas os teus filhos amados!

Imediatamente após sua fala, a luz que estava branca tornou-se vermelha e sua visão agora era de apenas dor e pecados, que poderiam ter sido evitados.

Pessoas julgando-a.

Ela estava na cidade dos mortos, onde os pecadores impuros eram levados pela tremenda majestade. Suas lágrimas ácidas voltavam cada vez mais fortes, mas agora não importava mais, a jovem moça já estava condenada a viver a eternidade com seus pecados e sua dor.

Ela ainda podia sentir o frio da sua pele como era antes, podia sentir com se ainda estivesse caindo no mesmo lago frio, a jovem moça se arrependeu... Mas já era tarde demais para isso.

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⏰ Última atualização: May 14, 2021 ⏰

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