Capítulo 07 - Água e óleo

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Christopher Evans

Eu não acreditava no amor de Colin e, depois de tudo o que vi quando estávamos no clube, passei a desacreditar mais ainda

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Eu não acreditava no amor de Colin e, depois de tudo o que vi quando estávamos no clube, passei a desacreditar mais ainda.

Na madrugada de domingo eu deixei Cheshire NightClub muito tenso, porque além de não conseguir informações úteis o suficiente para darmos um grande passo na investigação, eu ainda sujeitei Scarlett a estar ali por praticamente nada.

Era óbvio que ela não estava bem, por mais que tentasse disfarçar e que não confiasse em mim o suficiente para desabafar comigo, não tinha nenhuma chance daquilo ter sido no mínimo divertido para ela. Não quando seu noivo não se preocupava em dar-lhe atenção nenhuma.

Apesar de não ter estado ao lado de Johansson todo o tempo, tentando obter informações com Hayley Atwell, estava sempre atento em cada movimento seu e, às vezes, também em Jost. Dessa maneira, se algo tivesse que acontecer, eu seria o primeiro a perceber e se Colin tivesse algo a esconder, eu seria o primeiro a ver.

Vale lembrar ainda que, se o babaca do Colin não parecia notar a beleza exuberante da mulher ao seu lado, todo o resto do clube notava, principalmente o amigo de Florence, Olatunde Fagbenle, que praticamente babava quando ela se sentava conosco. Mas não julgo nem um pouco, já que eu mesmo, assim como muitas outras pessoas, estive admirando-a.

Ela usava preto em sua calça de alfaiataria, em seu salto — inclusive já me acostumei ao fato dela estar sempre usando um —, e também em seu body, tendo apenas seu casaco de pelos na cor marrom. Estava linda e perdi a conta de quantos homens e mulheres tentaram alguma aproximação sem saber que alcançá-la não é tão fácil assim.

Exatamente por ter ciência do impacto que ela causa em qualquer lugar que seja, vê-la, dentro do meu carro, tão vulnerável, entristecida e irritada por alguém que nem sequer tem medo de perder uma mulher como ela, me deixou com mais vontade ainda de tirar Colin de seu caminho e deixá-la livre novamente. Com urgência.

E com toda a irritação que acabei passando e tendo que guardar para mim, apenas hoje, na minha casa, fazendo os relatórios com Nicole Evangeline é que eu percebi — e minha amiga faz questão de frisar isso — o quanto eu também errei naquela noite.

— Eles dois são como água e óleo, não tem como eu ganhar a confiança de um sem quebrar com o outro. Eu posso tentar, mas dessa maneira não terei plena confiança de nenhum dos dois.

— Certo — Evangeline continua anotando alguns fatos que já comuniquei, com as pernas cruzadas sentada no chão e apoiada na mesinha de centro —, e porque tenho a sensação de que sei exatamente quem vai escolher?

— A minha decisão já está feita e é ela. — admito.

— Ok — Nicole me olha, reflexiva —, como pretende conseguir informações importantes para a operação se você disse que ela não sabe nada sobre as drogas.

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