O começo de tudo
Estou em mais um de meus muitos momentos de pura melancólia, então irei contar a vc a minha história, meu caro amigo, meu diário, meu bom ouvinte..
Bom certamente vcs devem estar se perguntando. Quem é vc? Pra começar, eu sou uma garota de dezessete anos que tem um passado um tanto quanto... Perturbador, desde os cinco anos de idade. Pesado não acha?
Aos três anos, eu fui morar com meu padrasto e com a minha mãe, vivíamos super bem, minha rotina era sempre a mesma. Ir a escola, brincar e dormir, até porque a partir do momento que fui morar com padrasto, minha mãe não tinha mais tempo pra mim, ela tentava se manter presente na minha infância, mas nem sempre conseguia por conta do trabalho e os afazeres de dentro de casa.
O Carl Jong (meu ex padrasto). Tentava me fazer sentir especial, ele falava que eu era linda, e que quando crescesse seria uma mulher bem charmosa. Muita das vezes eu acreditava que ele gostava de mim, só que um tempo depois, no auge dos meus 13 anos percebi que não era um amor tão puro e inocente igual minha mãe tanto falava, e sim um amor sujo e imundo.
Minha mãe Helly Leal veio a óbito causado por câncer de mama, e outros problemas na vesícula, eu nunca tive a oportunidade de ir ao túmulo dela, mas sei que ela está comigo a todo momento.
A maior parte do meu tempo na adolescência só se passava em vingança na minha cabeça, todas as vezes que ele me tocou, com suas mãos imundas, eu quis morrer, eu não tinha escolha, ou era ele ou eu, e no momento que eu escolhi a mim, tentei fugir, mas não consegui, e as consequências não foram das melhores, ele podia me usar o quanto quisesse, afinal eu não tinha ninguém pra me tirar de lá...
Bom... tinha uma pessoa, só ela poderia me ajudar, mas eu nunca ficava sozinha com ela. Ele disse que se eu ousasse contar alguma coisa, me mataria sem dó nem piedade. Mas pra que eu quero continuar aqui? Qual o motivo? Bom. Se eu tivesse desistido naquele momento, não estaria livre hoje, estudando, trabalhando, fazendo terapia e etc.
Não vou mentir, criei vários traumas, eu tenho dupla personalidade, algum dia vocês poderão conhecer uma delas. Depressão, ansiedade, passei até a me auto- mutilar, a lâmina me ajuda muita das vezes, quando ela se arrastava pela minha pele, eu me sentia livre, eu me sentia como nunca me senti, eu me sentia inocente, eu me sentia... uma garota normal.
Vocês devem se perguntar o meu nome, certo? Eu me chamo Kate. Kate Leal. Um nome não muito bem articulado. Ao passar dos dias vocês vão conhecer bem mais a minha história. Mas por enquanto, iremos deixar tudo não muito esclarecido. Aliás eu amo o suspense...
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o crime perfeito
Misterio / SuspensoNa cidade grande existia uma menina meiga e de bom coração de apenas 5, mas tudo na vida mudou quando a mãe da criança decide se casar novamente