capítulo 3, parte 1

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AVISO: CONTEÚDO EXPLÍCITO


15 de setembro, 2021


O relógio de pulso de Michael Boyd marca a chegada da meia-noite justamente no momento em que a porta da suíte 102 da Skyrise é aberta — ou, em melhor definição, quase arrombada, pela força do baque que o corpo dele faz contra a madeira da entrada. Colin o havia prendido contra a porta, para os lábios dele continuarem atracados ao seu pescoço enquanto as chaves eram retiradas do bolso esquerdo da calça e devidamente encaixadas na trava.

— Está fazendo cócegas, Colin — Mike ri no meio da própria fala, jogando os sapatos para longe dos pés assim que adentra seu quarto. — Tire os sapatos primeiro.

O Bridgers nem encara o chão, apenas usa os dedos do pé esquerdo para puxar o sapato direito para fora, e vice-versa, em uma prova de habilidade invejável aos olhos de Michael. Os dois sorriem um para o outro. Aquele momento ficaria na memória deles, não pela tensão sexual no ar, mas pela informalidade com a qual eles passaram a tratar essa tensão desde o primeiro beijo, na pista de dança do Jokers Club.

Ainda eram 22 horas quando aconteceu. A música de Jessie Ware em replay na cabeça de Michael Boyd enquanto beijava Colin, seguida pela falta de vontade de ir embora tão cedo de uma situação que estava apenas começando. Foram mais trinta minutos dos dois dançando ao redor um do outro, movimentando a cabeça para os lados como se nada mais importasse, trocando beijos a cada minuto como se um deles fosse embora a qualquer instante para nunca mais voltar.

Só deixaram o clube depois das 23 horas. Ainda realizaram um passeio de moto pelas ruas iluminadas de Lake Bluff, e as mãos de Mike não deixaram a região do tórax de Colin até chegarem ao estacionamento da pousada. A luz da recepção ainda estava acesa, porém, não se importaram com possíveis barulhos que estavam pensando em causar. Michael ainda jurou ter ouvido uma risada do lado de dentro do cômodo de entrada, mas preferiu acreditar que Jonas já estava dormindo.

Não leva mais do que dois minutos até as roupas de ambos estarem no chão, perto dos sapatos anteriormente jogados dos pés. O que antes era um visual minimamente decente de calças pretas e brancas, camisetas de botões e de mangas curtas e acessórios nos pulsos, tornou-se um mero emaranhado de coisas usadas no piso do quarto 102.

Há algo no perfume amadeirado do pescoço de Michael que impede Colin de tirar seu rosto dali; transita entre os lábios e a nuca do Boyd como se sua vida dependesse disso. Mike se sente desejado como nunca. Mergulhado na luxúria e na reciprocidade, ele deixa suas mãos explorarem toda a pele alcançável do Bridgers, andando de costas até sentir que está perto da cama. É nesse ponto que os dois caem sobre o colchão, Michael por baixo, Colin por cima.

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