Industry of Secrets (SeongSang)

Two

Eu sei que demorei e peço desculpas por isso, tenham uma boa leitura :)

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O quão frustrante seria caso tudo desse errado? E se o inocente jornalista não fosse tão inocente assim? Perguntas e mais perguntas rondavam a mente de Yeosang.

Ele apenas se preocupava com sua reputação e a reputação da sua família. Serem os maiores industriais da época era o seu maior título, este que não gostaria de perder.

No entanto, mesmo após diversas vezes ser alertado para não chamar atenção, lá estava ele aguardando um jornalista que faria uma matéria sobre si.

— Senhor Yeosang — escutou a voz do empregado lhe chamando. —, ele está aqui.

Levantou-se, passando pelas caixas espalhadas pelo chão, chegando na porta, logo observando a chegada do caminhar relaxado e nem um pouco apressado do Park.

— Bom dia, Kang. — sorriu ao subir os três degraus pequenos da casa.

— Entre. — convidou. — Não repare muito na bagunça, ainda não tivemos tempo de arrumar muita coisa.

— Não tomarei tanto de seu tempo por hoje. — respondeu, dando alguns clicks com a câmera fotográfica.

— Como assim "por hoje"? — arqueou a sobrancelha.

— Eu vou voltar, você não acha que uma matéria precisa de uma única conversa para ser escrita e desenvolvida, acha? — questionou, tomando uma das cadeiras de estofado confortável.

Aquilo lhe deixou ainda mais tenso, parece que não era como o seu pai imaginava.

O loiro serviu um pouco de chá em dois copos que já estavam na mesa lhes aguardando e esperou até que o maior começasse as perguntas, arrumando os papéis e caneta em mãos.

— Qual o maior objetivo de vocês vindo para cá?

— Expandir nosso negócio e fechar contratos. — já tinha aquela resposta na ponta da língua.

— E por que escolheram o Hongjoong como o primeiro a fazer parceria?

— Ele agrada meu pai, é educado — "e bobinho demais" pensou, mas não falou. — e também sabe como negociar.

— Seu cabelo é loiro natural? — Seonghwa perguntou verdadeiramente interessado na resposta.

— No que isso influência?

— Em nada, estou fugindo do roteiro. — respondeu rindo levemente, o que não fora agradável ao outro, que gelou sabendo que "sair do roteiro" não era nada bom.

— É sim, puxei de minha mãe.

— Solteiro? — sorriu ladino, deixando-o ainda mais incrédulo.

— Você pode, por favor, focar nas perguntas do papel?

— Não quando tem um loirinho me distraindo. — riu quando notou que ele ficou envergonhado com a investida repentina.

Mais uma série de perguntas nada relevantes foram feitas, até que o Park decidiu que era hora de parar e ir para sua casa estudar as respostas daquele dia.

Ficou até tarde lendo tudo e acabou dormindo ali mesmo em seu sofá.

[...]

Batidas em sua porta lhe tirou de seu sono, a pessoa parecia querer arrebentá-la de tão forte que batia.

— Me deixa entrar, porra! — reclamou, invadindo sua casa.