único

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~💫 Não revisado

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~💫 Não revisado

E novamente se encontram deitados depois de mais uma noite desfrutando do prazer. Suados, satisfeitos e cansados. Pelo menos um deles. Oikawa se mantém triste, pensativo e com uma tremenda vontade de chorar. Quando deixei que isso acontecesse?

Quando propôs o sexo nunca pensou que perderia seu melhor amigo, seu porto seguro, o motivo de seus sorrisos verdadeiros. Tudo está desmoronando e não sabe mais o que fazer para consertar está situação horrenda. 

Sente falta de seu Iwa-chan. Sente falta do sorriso contido, do sarcasmo visível e da companhia confortante. Em que momento nos afastamos tanto? Novamente se pergunta, já com o rosto vermelho pelas lágrimas que estão contidas a tanto tempo. Sempre soube da atração de ambos, sabia que não era um desejo unilateral, pelo contrário, as olhadas na hora do banho com o time, ou até mesmo quando se encontravam com a roupa de treino suados e loucos para tirarem a camisa e se livrarem do calor. Sempre ouve o desejo. Mas sempre ouve apenas amor no lado de Tooru. 

Seu corpo é coberto pela manta de sua cama e ao procurar Hajime o encontra sentado, já com sua boxer e pegando sua calça para colocá-la. Precisa pará-lo. É a única coisa que consegue raciocinar direito, não quer ficar sozinho mais uma vez, quer as conversas, as risadas, quer a sensação de ser verdadeiro apenas com seu melhor amigo, com seu amor, com a única pessoa que sabe dizer se seu sorriso é ou não uma farsa. Precisa que desta vez Iwaizumi não vá, não vá como todas as outras vezes. 

E sem saber o que fazer ele se senta na cama e se aproxima das costas do moreno, precisa saber o que afastou tanto. Suas mãos abraçam fortemente a cintura de Hajime e seu rosto fica apoiada no ombro direito daquele que é tão apaixonado. Desta vez as lágrimas não conseguem se manter presas, quietas, guardadas a tantos outros sentimentos. Desta vez não conseguiram esperar Iwaizumi ir embora para caírem como cachoeira, não tinham mais forças para forjar mais um dia de farsa. Os soluços de Oikawa são angustiantes, mostram saudades e o desejo de tudo voltar ao normal. Já é um adulto, que agora joga profissionalmente como levantador titular e mesmo assim chora como uma criança. O que adianta estar quase vinte e quatro horas perto de seu melhor amigo e companheiro de time sendo que mesmo assim ele está tão afastado? 

As mãos de Iwaizumi tocam as mãos trêmulas do acastanhado, se sente triste por o companheiro chorar e tem uma noção do que pode ser. Mas mesmo que tenha uma noção da causa desta tristeza, mesmo que as lágrimas molhem sua pele e mesmo que o corpo maior que o seu esteja tremendo tanto que pelo desespero raro de se ver, Hajime não consegue ver aquele rosto delicado molhado pelas lágrimas, não consegue nem mesmo pensar em ver que não terá um sorriso — mesmo que forçado — e muito menos aqueles olhos brilhantes. 

— Desta vez não vá, fica comigo por favor...

Implora choroso Oikawa, que tem a esperança de que esses anos juntos não faça seu melhor amiga levantar e ir embora. Mas ao ver que Iwaizumi se livrou das mãos dele e se levantou com suas roupas já nas mãos é inevitável para Tooru pensar que ficará mais uma vez sozinho e sem respostas. Ao ver a figura sumir de sua visão, já fora do quarto, ele volta a deitar na cama e continua chorando, chorando como nos outros dias nunca fez. Tenta se livrar do amargor em sua boca, fala para si mesmo que aquele por quem seu coração já se entregou vai voltar, mas se nem ele acredita em seu próprio pensamento, por que alguém o iria concretizar?

Desta vez não se váOnde histórias criam vida. Descubra agora