POV NARRADOR
- Sim... -abaixou o rosto tocando as pontas de seus narizes- Minha Rafinha... -sussurrou e delicadamente depositou um selinho curto nos lábios da garota.
Rafaella fechou os olhos momentaneamente recebendo outro rápido selinho.
- Boa noite... -Bianca sussurrou em seu ouvido com ternura, aconchegando-se ao corpo de Rafaella e aos lençóis.
Rafaella demorou um bom tempo pra dormir. O cheiro embriagante de Bianca e a lembrança do suave toque entre seus lábios a estavam tirando o sono, colocando em lugar um sorriso bobo nos lábios.
Bianca não estava diferente. Sua barriga estava embrulhada, as malditas borboletas lhe atacando com ferocidade.
- Bi... -ouviu um sorriso fraco em seu pescoço.
- Oi, Rafinha -sussurrou em resposta, girando um pouco seu corpo pra ter uma visão melhor dela- Não consegue dormir? -perguntou acariciando os cabelos da mineira.
- Uhum -assentiu manhosa.
- Como posso te ajudar com isso? -Bianca perguntou preocupada, fitando o rosto sereno a sua frente, aquelas grandes esmeraldas lhe encarando.
- É... Bom... -Rafaella ficou vermelha e afundou o rosto no ombro de Bianca.
Bianca sorriu, definitivamente havia entendido.
Ergueu suavemente o rosto da garota ao seu lado, insistia em manter uma de suas mãos entrelaçadas a dela. Seus olhos se encontram, Bianca sorriu satisfeita enquanto Rafaella sentia seu rosto esquentar.
Bianca aproximou seus rostos e deu um selinho terno e longo em Rafaella.
- É isso que quer? -sussurrou com seus narizes tocando.
- Um pouco mais que isso -os olhos de Rafaella estavam fechados e a respiração fora do ritmo.
- Um pouco mais? -roçou seus lábios nos dela e se afastou.
- Sim... -Rafaella sussurrou em um fio de voz quase inaudível.
- Mais quanto? -Bianca passou uma mão para as costas de Rafaella e a puxou pra mais perto.
- Mais assim -sussurrou e colou os lábios nos de Bianca, entrelaçando suas mãos nos cabelos da carioca.
Passou a língua entre os lábios de Bianca e deu início a um beijo lento porém gostoso, com vontade, desejo.
Suas línguas entrelaçadas, pernas entrelaçadas, respirações entrelaçadas. O ar faltou e elas se separaram, digo, separaram seus lábios, porque suas respirações, pernas e olhares continuavam unidos, até mais do que antes.
- Por que demorou tanto pra aparecer m minha vida? -Rafaella perguntou, beijando o canto dos lábios de Bianca, que sorria.
- Talvez você só precisasse de mim agora, Rafinha -disse singela.
- Talvez eu sempre tenha precisado de você, bi... -retrucou dando um beijinho de esquimó em Bianca.
- Você sempre precisou que alguém aparecesse pra cuidar de você? Pra te abraçar? Pra te ajudar no que pudesse? -pausou- Sempre precisou de um colo? De atenção? Nunca teve ninguém, Rafa? -arqueou uma sobrancelha, Bianca não sabia muito sobre a vida de Rafaella, mas ela sabia que aquelas palavras a atingiram de uma forma boa, talvez?
- Não... -Rafaella respondeu com os olhos marejados- Eu tinha alguém... -sorriu e deixou uma lágrima escapar- Você me lembra muito ela, sabia? -Bianca negou com a cabeça.
- Vou estar aqui, quer queira, quer não... -disse e selou seus lábios.
Pela manhã as coisas parecia melhores, como dizem: nada melhor do que um dia após o outro.
- Quero ver a Sofi logo -Rafaella disse impaciente.
- Nós já estamos chegando -Bianca disse rindo fraco e Rafaella se aquietou um pouco.
Parou em frente a casa dos Kalimann e desceu do carro.
- Se quiser ficar aqui, quero te poupar uma cena... -Rafaella disse abaixando a cabeça.
- Não -Bianca respondeu rápido- Eu vou com você, vai ficar tudo bem -depositou um beijo na mão de Rafaella e seguiram a entrada a casa.
- RAFA -sofi gritou e correu para os braços da irmã, chorando, com os olhinhos pequenos.
- Oi, meu amor -Rafaella se abaixou ficando na altura da irmã- Você dormiu bem? -afagou os cabelos da pequena.
- Por que não voltou pra casa? -perguntou manhosa- Eu senti sua falta, Rafa, não me abandona assim -choramingou.
Bianca se abaixou também e tocou as costas da pequena.
- Como vai pequenina? -disse enquanto a menor se acomchegava ao sei corpo.
- Você sumiu, bia... -disse manhosa.
- Desculpe, estive um pouco ocupada com a escola, mas agora eu estou aqui, certo? E eu não vou nunca mais sair de perto, tudo bem? -Bianca disse e novamente os olhos de Sofi marejaram, a fazendo fitar Rafaella e se atirar aos braços da irmã.
- Rafaella -uma voz madura tirou a atenção das três garota, era genilda.
- Oi -Rafaella respondeu seca se levantando com Sofi nos braços, acompanhada por Bianca.
- Por que não dormiu em casa? -os olhos da mulher estavam marejados e fitavam Bianca atentamente.
- Não vou responder essa estupidez diante de Sofi -subiu as escadas e Bianca ficou meio perdida, sem saber o que fazer.
- Com licença -pediu ssubindo as escadas.
- Espere -Genilda pediu e ela se virou- Como se chama? -olhava fixamente os olhos da garota que sentiu completamente acanhada diante daquilo.
- Bianca Andrade -respondeu sustentando o olhar.
- Era amiga da Vic? -bianca negou- Você fala coisas como a Vic -genilda disse.
- Eu não a conheço -respondeu.
- Não a conhecia -genilda corrigiu- Por culpa daquela ingrata eu não tenho mas a minha filhinha comigo -lágrimas molhavam o rosto da mais velha.
- Desculpe -Bianca estava incrédula- A senhora está se referindo a Rafaella?
- Sim, é tudo culpa dela -sua voz possuía magoa.
- Oh meu Deus... -Bianca ergueu os braços aos céus e riu- A senhora ainda vai pagar por dizer isso da sua própria filha. Rafaella amava a irmã como a senhora nunca amaria e eu tenho certeza que ela sofreu tanto a ponto de desejar dezenas de vezes ser ela no lugar de Victoria! -seu tom de voz se elevou- Ela se martirizou por uma fatalidade, machucou a si mesma por sentir tanta dor. Me desculpe pela sinceridade, mas a senhora está sendo tão estúpida -se virou para continuar a subir as escadas, dando de cara com Rafaella parada nos degraus acima.
Rafaella desceu correndo e abraçou Bianca lateralmente, escondendo o rosto em seu pescoço e deixando alguns soluços escaparem.
- Co-como você sa-sabe de tu-tudo isso? -perguntou abafado.
- Eu não sei, Rafa... -respondeu- Só me veio as palavras à boca e eu falei -Rafaella a apertou com mais força contra si.
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Quando você volta
Hayran KurguAs vezes precisamos perder alguém que amamos para ganhar outra em troca.... Essa é uma adaptação da fic da @jaguarii97