All blue (Gojo X OC)

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Gojo abre a porta do carro e a acompanha silenciosamente até a entrada do restaurante, abrindo a porta novamente. Ao contrário do que Amaya pensou, é um lugar mais simples e calmo do que um ambiente de real luxo. A diversas mesas espalhadas pelo local, uma área no bar onde homens de paletó parecem afogar suas magoas e até um playground onde crianças riam sem preocupação.

-Eles estão ali -Gojo aponta para uma mesa ao fundo, uma mulher e um homem estão vestidos casualmente enquanto parecem desfrutar de uma garrafa de saque.

Eles percebem a presença do casal assim que começam a se aproximar, sorrindo como se o que vissem fosse uma miragem. O ambiente é claro e repleto de típicas lanternas de papel, as enormes janelas de vidro fazem com que os clientes tenham a enorme visão da cidade, tão clara que até parece estar de dia.

-Finalmente idiota, já achei que não viria mais -A mulher diz enquanto revira os olhos -Olá, sou Ieiri e esse é o Geto.

-Olá, sou Amaya -Sorri de volta para a garota

-Nós sabemos quem você é -O homem faz uma pausa enquanto toma um gole de sua bebida, sorri provocativo antes de disparar -A garota que o Gojo pediu o número e desenhou um pinto no papel!

As gargalhadas são gerais enquanto veem uma veia saltar da testa dele -Já me arrependi de chamar você, Suguro.

-Deveria ter pensado duas vezes -Responde enquanto da espaço para que se sente ao seu lado.

Ieiri sorri enquanto arruma uma almofada ao seu lado -Vem cá, querida.

-Obrigada -A garota sorri se ajeitando na almofada.

-Eu estou surpreso de ter chegado viva Amaya, acho que teria me jogado do carro nos primeiros cinco minutos de viagem -Geto volta a falar a fazendo rir.

-Verdade, consegui conter meus impulsos de socar a cara dele durante o caminho -Da de ombros o fazendo rir.

-Eu não sei nem como você aceitou o convite...

-Me sentiria mal se recusasse, ele lutou muito pelo meu número de telefone que nem existia -A garota voltou a responder as provocações de Geto que gargalhava.

Gojo tem uma feição seria, mas que não deixa de ser arrogante, os olhos acompanhando as ações de Amaya, ela o olha tão seria quanto. Ele pisca, respira fundo e se vira para acompanhar uma conversa sobre futebol que o amigo iniciou.

Ela por sua vez estala a língua enquanto pega um hashi de metal.

Ieiri se vira com uma tigela repleta de onigiris, mesmo a garota sorrindo e negando com a cabeça ela pega um pedaço com seus próprios hashis e enfia em sua boca -Temos que comer bastante para valer o preço que pagamos pelo rodízio.

-Obrigada -Amaya sorri mesmo tendo que comer a contragosto -Espero que esse rodízio não seja tão caro...

-Relaxa querida, Gojo é podre de rico -Ieiri a corta pegando uma alga e colocando em sua própria boca -Ele que convidou a gente, ele que pague.

-Gostam de falar de mim -Ele se vira provocando -Tudo bem, eu sei que é difícil não falar da divindade que sou.

-Só ignore -A morena fala -Você bebe? -Pergunta enquanto segura uma garrafa de saque.

-Hoje não, obrigada -Ela agradece olhando os peixes expostos pela mesa.

(...)

Amaya sorri quando consegue tirar todo o rímel borrado de seus olhos, era por isso que não gostava de o usar, toda vez que gargalhava durante o jantar tinha que tomar cuidado em não derramar nenhuma lágrima.

Enquanto sai do banheiro e caminha por um extenso corredor, vê a moça do caixa sugestivamente debruçada sobre o balcão, porém, seus peitos não parecem sugestivos e Gojo apenas encara seu rosto com uma cara de paisagem.

Por outro lado, percebe a presença de Amaya e sua atenção é completamente focada nela, parecia até que nunca a tinha visto.

-Já pagou? -Questiona enquanto se aproxima.

-Estou esperando a nota, apenas -Responde olhando para a moça do caixa como se a acusasse.

-Aqui esta -Ela sorri tentando soar sexy.

A nota escorrega de seus dedos e antes que Gojo tenha que esperar mais uma ação lenta, ele pega o papel ainda no ar enquanto bufa. O movimento faz a mulher o olhar surpresa, a velocidade que usara parecia sobrenatural.

-Ótimos reflexos -Amaya diz o fazendo soltar um riso anasalado.

Ieiri sorri percebendo a presença dos dois assim que saem de dentro do restaurante, traga o cigarro mais uma vez antes de jogar no chão e pisar em cima.

-Qualquer dia pedirei o endereço para o Gojo e passarei na sua cafeteria para conversarmos mais -Sorri enquanto abraça a garota que é um pouco mais baixa, mesmo de salto.

-Por favor, temos que falar mal dele mais vezes -Responde, a fala fazendo os dois rirem e Gojo bufar fingindo irritação.

-Gostei dela -Geto murmura para o amigo que o da um soco fraco no braço.

-Boa noite, Suguro.

(...)

-Você sabe que eu sei abrir a porta ne? -Amaya questiona enquanto Gojo abria a porta do carro para que ela saísse.

Eles já haviam chegado em frente ao prédio em que ela morava, a volta silenciosa parecia deixar um clima tenso em sua volta.

-Estou sendo gentil -Ele responde a olhando nos olhos.

-Eu sei, mas me sinto como se estivesse incomodando.

-Você não me incomoda -Da de ombros enquanto se encosta no carro, o gesto faz os dois ficarem com a mesma altura.

-Você nem falou comigo durante o jantar -Murmura olhando ao redor.

-Você agiu como se tivesse sido obrigada a ter ido.

-Acha que só fui porque me senti obrigada? -Pergunta o encarando indignada.

-É o que você diz -Retribui o olhar.

-Porque a gente se provoca -Diz como se fosse obvio -Lembra da primeira frase que direcionou para mim no começo da noite? Qual é, eu passei a semana inteira pensando nessa roupa.

A risada que Gojo solta só a deixa ainda mais irritada, e sem dar tempo de ele dizer mais nada, ela se vira e começa a andar em passos duros até a entrada de seu prédio.

-Eu te odeio -Diz alto o suficiente para que ele escute.

Ele para de rir e ela já não tem tempo de chegar até a entrada; os passos apressados de Gojo ressoam por trás de suas costas e antes mesmo de pensar em algo, sente sua mão em seu pulso. Ela se vira com a mesma expressão irritada e seus corpos se chocam, estão próximos de mais.

-Você... -Ele sussurra rente aos seus lábios, as pálpebras tremem e por um instante respira fundo sentindo o perfume característico que Amaya usa. Sua outra mão desliza pela cintura e ela estremece, suspira e fecha os olhos com o contato, se sente quente o vendo observar seus lábios -Você está muito bonita hoje, assim como todos os outros dias, independente de sua roupa.

As palavras ditas em um sussurro urgente fazem um arrepio subir por seu corpo, e como se recobrasse a consciência, Gojo se afasta percebendo que está perto demais. O deslumbro de desejo se quebra e ele sorri desejando um boa noite e partindo com seu carro.

A tensão ainda predomina Amaya atordoada sentindo suas pernas fracas, custa a caminhar ate o portão de seu prédio, com a mão envolta de seu pulso imagina o que teria acontecido se ele não tivesse se afastado.

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Capítulo grande e eu tô morrendo de amores por essa fanart que achei no pinterest!

Espero que tenham gostado, até amanhã :)