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"Você vê fogo em seus olhos
Pois ela é mais forte do você imagina..."
The Script

Se afastaram dos outros e começaram a explorar aquele shopping aparentemente abandonado e que estava em ruínas.

— Aí vocês dois. — Minho se direciona aos seus dois amigos ali. — Aquela galera que a gente deixou lá atrás, eu não quero acabar como eles.

Angel estava escutando o garoto, mas sua atenção estava voltada em procurar vestígios de qualquer coisa naquele local.

— AÍ! Vocês entenderam?

A garota assentiu e Thomas respondeu o mesmo.

— 'Tá, entendemos.

— Ótimo, o que a gente está procurando mesmo?

Minho pergunta se afastando um pouco deles.

— Sinais de vida. Pessoas, sobreviventes... alguém que possa nos ajudar.

— E ele conta?

Ele apontou a lanterna para um homem virado de costas sentado em uma poltrona. Os garotos se aproximaram calmamente do homem e perceberam que ele estava com um saco plástico em sua cabeça, provavelmente foi morto por asfixia.

— Ele está morto...

— O que será que ele fez de errado?

— É meio difícil perguntar para um cara morto o que ele fez de errado.

Minho respondeu o Thomas que o ignorou aproximando a lanterna do rosto do homem.

— Caramba.

Minho envolvido pela curiosidade mexe em um abajur ao lado do cadáver.

— Tinham eletricidade.

Angel deu de ombros e tentou direcionar seu olhar para qualquer outro lugar que não fosse naquela poltrona velha com um cadáver sentado em cima. Ela estava indo procurar outra coisa mais interessante naquele lugar e acabou tropeçando, mas conseguiu se segurar em uma mesa de centro.

— Está tudo bem, Angel?

Minho perguntou preocupado.

— Está! Não foi nada.

Thomas prestou atenção nos pés da garota que franziu o cenho. Ele apontou a lanterna para o lugar que ela havia acabado de tropeçar e viu cabos enormes e grossos conectados em alguma coisa, ele seguiu os fios com a luz da lanterna e acabou dando em um painel mais à frente.

— Acho que precisamos encontrar o gerador.

Eles andaram mais pelo local e encontraram uma porta. Abriram a mesma e se deparam com muitos ursos de pelúcia e brinquedos de criança pendurados em uma grade.

— Isso está prometendo.

Minho comentou animado ao encontrar o gerador de energia, não demorou muito para ele ligar o mesmo.

— Não, Minho! Espera!

Todas as luzes foram acessas, assim como todos os objetos que eram movidos a eletricidade.

Angel encontrou um cordão com um pingente prateado bem ao lado da grade com os ursos de pelúcia.

— ANGEL CUIDADO!

Minho gritou e uma garotinha apareceu gritando freneticamente atrás da Angel. Ela pegou o cordão e correu assustada para o lado do seu melhor amigo.

— Os olhos dela...

Ele comentou assustado.

Um crank desajeitado surgiu atrás dos Clareanos e foi para cima da Angel e o Minho o acertou com uma barra de ferro que ele havia encontrado no chão. O coração da garota estava acelerado pelo desespero.

— O QUE É ESSA COISA?!

O coreano exclamou apontando para o crank se contorcendo no chão. Eles escutaram mais gritos distantes daquelas criaturas.

— A gente tem que sair daqui rápido!

Eles começaram a correr e fecharam a mesma porta que minutos antes haviam atravessado. Os cranks começaram a empurrar a porta enquanto eles seguravam. Os gritos que eles davam eram pavorosos.

— THOMAS, SEGURA A PORTA! ANGEL VEM E ME AJUDA!

Minho gritou para que eles pudessem ouvir claramente.

— O QUÊ?!

Thomas perguntou confuso para o garoto, não entendendo o seu plano.

— Minho o que vai fazer?!

Angel perguntou seguindo o garoto.

— Me ajuda a empurrar isso! Vamos!

Ele indicou com a cabeça para um grande armário de ferro ao lado da porta. Ela assentiu e começaram a empurrar juntos.

— THOMAS! TOMA CUIDADO!

O garoto assentiu quando percebeu que o plano do Minho era montar uma barricada na porta. Antes que o armário fosse ao chão ele correu saindo debaixo para não ser esmagado pelo armário de ferro.

— Vamos dar o fora daqui!

Mais gritos pavorosos de cranks foram ouvidos, dessa vez eles estavam por toda parte. Eles começaram a correr e subiram as escadas correndo com vários cranks em seu encalço.

Eles estavam indo de encontro aos outros Clareanos que estavam há muitos metros à frente deles.

— CORRAM!!!

Todos os Clareanos subiram correndo desesperados as escadas do shopping e acabaram sendo surpreendidos com mais um crank. O Aris o retardou batendo na perna da criatura com algum objeto, dando mais tempo para todos correrem.

Eles começaram a correr e subiram mais outro lance de escadas e cada vez apareciam mais cranks.

"DEPRESSA GENTE! VAMOS! MAIS RÁPIDO!"

Eles corriam cada vez mais rápido mesmo que seus pulmões estivessem implorando para pararem.

Um crank surgiu atravessando uma porta de vidro de alguma loja atacando o Newt.

Angel estava mais próxima do garoto e sentiu seu coração paralizar por alguns instantes.

— Merda!

Ela juntou todas as suas forças e chutou o crank que atravessou pelo corrimão de vidro despencando para o andar de baixo. Thomas e Caçarola ajudaram o Newt se levantar.

— Caramba, Angel! Obrigado.

Ele olhou agradecido para a garota.

— Não vai ser um crank idiota que vai nos separar dessa vez.

Ela sorriu e aquele sorriso fez com que o coração do garoto batesse mais rápido. Ela era tudo que ele precisava.

Mais gritos ensurdecedores de cranks foram ouvidos e eles voltaram a correr com os outros Clareanos.

The Maze Runner • Fight Until The End [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora