O déjà vu e as cartas

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(um meme básico para começar a leitura K)

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— Como assim um déjà vu? Isso não faz sentido! — Draco dizia inconformado, indo em direção ao seu Salão Comunal.

Disse a senha rapidamente e bateu a porta com força, atraindo olhares para ele que fez pouco caso e foi em direção ao quarto. Draco se atirou na cama sem se dar ao trabalho para descalçar os sapatos.

— Esse estresse todo é por causa de Ron? — pergunta Harry fitando o loiro na cama ao lado — Foi tão difícil assim?

— Não é sobre isso. Dumbledore quis conversar comigo.

— Deve ter sido sério. Você parece preocupado e confuso. — Harry diz levantando-se de sua cama e se sentando ao lado do loiro que ainda estava deitado.

— E foi.

Silêncio.

— Draco?

— Hum?

— Àquilo que aconteceu hoje de manhã, acontece com frequência? — Harry pergunta, mesmo já sabendo a verdade ele queria que o loirinho lhe contasse. Ele queria saber se Draco confiava nele.

— Sim. Esse mês ocorreu duas vezes apenas, antes eu costumava ter três vezes por semana. — ele sorri sem humor ao dizer a última frase.

Silêncio.

— Harry? — chama o loiro de repente, se sentando na cama e olhando nos olhos do moreno.

— Sim, Draco.

— Você já ouviu falar sobre déjà vu?

— Eu já tive duas vezes, mas não sabia ao certo o que era, então pedi para que Hermione me explicasse melhor.

— E como foi?

— Não foi nada de muito especial, a primeira vez eu apenas passei um dia inteiro com a sensação que já havia vivenciado aquilo. — Potter contava franzindo o cenho ao se lembrar — E na segunda vez, Hermione havia se assumido para mim, dizendo que não era hetero. Mas eu tinha certeza que ela já havia me contado tal coisa, é uma sensação bem esquisita.

— Alguma coisa me diz que eu já senti isso, mas de uma forma diferente. — a cabeça de Malfoy parecia que iria explodir a qualquer momento, como ele não conseguia se lembrar? Parecia que algo o impedia de saber a verdade!

— Tipo como? — Harry pergunta.

— Eu não sei. É como se fosse um sonho, e logo depois ele se tornou realidade mas de uma forma estranha. Como se tal coisa fosse progamada para acontecer, ou talvez forçada. Mas eu não consigo me lembrar o que é, e isso está me matando.

— Por que não pergunta á Hermione? Ela me ajudou, com certeza irá te ajudar também. — Harry diz como se fosse óbvio.

— Irei ver com ela sim. — Draco diz desviando o olhar para o chão — Blaise? — pergunta pelo amigo.

— Com Pansy. Parece que os pais mandaram cartas, e não parece ser uma coisa muito boa.

— Okay. — o loiro diz indo em direção ao banheiro — Amanhã é sábado, certo? — pergunta para o amigo que ainda estava em sua cama.

— Sim. — Harry diz olhando o calendário — Ir à Hogsmeade com os nossos amigos ainda está de pé? — ele pergunta com empolgação.

— Mas é claro que está! — Draco diz dando o seu primeiro sorriso verdadeiro naquela tarde.

[...]

— Então vamos ver se eu entendi. — diz a garota organizando todas as informações do loiro mentalmente — Você acha que teve um déjà vu, mas também acha que não. Primeiro você teve um sonho e depois esse sonho ocorreu na vida real, mas não foi algo natural e sim forçado ou até mesmo... Programado. Estou certa? — pergunta Hermione, de cenho franzido e com um sorriso totalmente confuso.

— É exatamente isso. Você é brilhante garota! — diz o loiro sorrindo — Você tem alguma noção do que isso possa significar?

— Bom... O de Harry foi totalmente diferente. Eu nunca vi nada igual ao seu, talvez isso nem possa ser um déjà vu. Mas eu irei pesquisar melhor sobre, vou ver se encontro algum livro na biblioteca. — ela diz dando uma vista de olhos em suas anotações — Como pode ver, eu não tenho nada parecido com isso. Eu sinto muito, Draco.

— Não se preocupe com isso, Hermione. — o loiro diz em um tom tranquilizador — Leve o tempo que precisar, já estamos quase no verão, irei checar na biblioteca da mansão. Lá tem mais variedade de livros, eu posso achar alguma coisa relacionada talvez.

— Okay. Até amanhã, Draco.

— Até, Hermione.

[...]

— E o que eles disseram na carta? — Draco pergunta.

— Vocês já sabem, o de sempre. — diz Parkinson retirando um pergaminho de um dos bolsos das vestes escolares — " Boa Tarde, minha filha. Estou lhe enviando está carta para lhe dizer que estás notas estão miseráveis! Eu e seu pai estamos muito desapontados. No verão, quando regressar à casa, iremos conversar.
Ass. Georgia Parkinson." — Pansy lê a carta com desgosto, mas os garotos notaram tristeza em sua voz.

— Não fique assim, okay? — Draco diz encostando a cabeça de Pansy em seu peito, passando a mão nos cabelos negros e curtos da garota, apesar da Sonserina ter feito pouco caso da carta, ela havia ficado triste com as palavras de sua mãe.

— Pansy, suas notas são ótimas, sempre foram! Não fique assim, essa carta não diz nada. — Blaise diz em forma de consolo.

— Obrigada meninos... — Pansy diz suspirando.

— E a sua carta Blaise? — Draco pergunta.

— O mesmo de sempre, se liguem só. — ele retira o pergaminho das vestes escolares — " Filho, é com muita tristeza que venho lhe comunicar por volta desta carta, que seu padrasto infelizmente veio a falecer. É uma dor insuportável que carrego no peito, eu o amava tanto... Como o mundo é injusto! Mas não fique triste docinho, seu padrasto deixou uma boa quantia de herança para você. Estou resolvendo a papelada.
Ass. Betânia Zabini." — Blaise lê com um tom sarcástico fazendo os dois amigos gargalharem.

— Essa carta é mais falsa do que Finnigan fazendo feitiços sem dar errado! — Blaise declara rindo.

— Se isso for verdade, eu sou hetero! — Pansy diz gargalhando.

— Mais falso do que meu pai sendo gentil com as pessoas! — Draco diz enxugando lágrimas risonhas dos olhos.

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Me desculpem pelo capítulo curtinho, estou meio que sem tempo para escrever.

Nota: Eu pesquisei ao máximo qual era o nome verdadeiro da mãe de Blaise, mas minhas pesquisas foram em vão. Não consegui achar o seu verdadeiro nome, então eu á dei o nome de 'Betânia' cujo o significado tem muito haver com a sua personalidade aqui na história. Betânia Zabini é uma mulher que preza pelo nome de sua família, era conhecida por sua astúcia e determinação. Tinha relação com a família Malfoy e Parkinson, ambas famílias prezavam pelo status de puro-sangue. Já ocorreu de usar feitiços de desconforto para torturar o filho, usando também uma das Maldições Imperdoáveis: Cruciatus.

Significado do nome Betânia:

Significa "casa da aflição", "casa dos figos" ou "casa das tâmaras verdes".
Tem origem no hebraico beit-te'enah, que quer dizer "casa dos figos".

Até o próximo capítulo!

(1118 palavras)


Isa

Se Algo Acontecer... Te Amo • DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora