Capítulo 8

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Boa noite minhas mafiosas... Ando sumida como sempre, mas não tem sido dias fáceis não. Vamos lá meus amores... 

Queria pedir para vocês se ainda não me seguem no instagram para me seguir lá. stephaniadecastroautora


Como vocês estão? Me digam o que tem feito de bom e se estão gostando da história.

Vamos de capítulo novo? 



RAF

Quando as coisas começam acontecer elas vêm como um tornado, arrasando tudo a sua frente, não deixando nada e ninguém de pé. Assim eu estava me sentindo, como se tivesse passado um grau 5 em minha vida. Um verdadeiro destruidor.

Já não bastava os meus problemas pessoais para lidar agora tinha os de Giovani também, que havia sido preso na noite passada. Sinceramente começo a sentir o peso me sucumbir e me enterrar no chão. Enterrando-me até a cintura, não tendo como minhas pernas se moverem. Não sei se vou conseguir passar por toda essa avalanche. E o pior não é saber que sua vida está com dias e horas marcadas para mudar, mas ver o peso da condenação nos olhares, devido a eu ter me mudado quando a casa Valentino desmoronava. Isso me divide. Me faz repensar se estou sendo egoísta. Não queria ter mais essa culpa para questionar e carregar. Quero mesmo é só ter a certeza de priorizar Alícia e os meninos, neste momento. Sinto que esta é a coisa certa a se fazer.

Meus irmãos e minha família tinham que entender que sempre estaria com eles a qualquer momento, independente se chegaria atrasado um ou mais dias, entretanto, agora, precisavam compreender que era eu quem estava precisando de ajuda e ser compreendido. Até porque, quando Marco me ligou, avisando sobre a prisão de Giovani e que precisavam de mim, eu me organizei e deixei Mackenzie com toda a responsabilidade de cuidar de tudo na minha ausência, me afastando por uns dias de Alícia e dos meninos. Então não poderia me sentir exilado ou culpado por não estar constantemente em Nova Iorque, sei que não poderia abandoná-los, mas não vou pegar minha esposa e meus filhos e retornar para perto de todos. Não neste momento, visto que Alí não está se sentindo bem e passando por conflitos internos.

Tem sido dias difíceis e por mais que meu irmão estivesse preso, eu não posso fazer nada a mais do que já fiz. Assumir sua cadeira jamais! Para isso sua esposa era bem mais adequada que eu. Meu lugar agora era ao lado do amor da minha vida e dos meus meninos.

Para minha sorte, nestes dois dias em que fiquei ausente tudo ficou dentro da conformidade. Alícia ainda estava embotada, evitando sair do quarto, ficando aos cuidados da enfermeira e da psicóloga que estava visitando-a duas vezes na semana. Ontem, quando nos falamos por telefone, após sua visita, ela me disse que Alí estava passando por um enfrentamento muito grande, que a limitação de não poder ser e fazer o que quisesse estava atingindo-a muito mais do que era perceptível. E que o problema maior não era este e sim o fato dela desejar a morte, pois já não via melhora e sim, a cada dia mais tudo sendo tirado da sua vida. Eu mesmo, já não sei mais o que fazer e onde procurar ajuda.

É tudo muito conturbado e confuso. Para todas as direções em que olho eu só vejo problemas sem soluções e isso está acabando comigo.

— Vamos Cêlly! — Fui tirado do transe, — dos conflitos que estava vivendo —, pela voz de um jovem, alto, com talvez seus 20 e poucos anos, e um pouco atrás estava a irmã de Mackenzie. Eles estavam saindo da loja 24h com algumas garrafas nas mãos e não estavam sozinhos, haviam mais dois casais acompanhando-os.

Quando cheguei em Boston, horas atrás, preferi vir até Rockport dirigindo. Precisava espairecer, pensar e tentar achar qualquer solução. Foi quando cheguei e vi que a carteira de cigarros estava quase vazia. Acho que a fumei toda de Nova Iorque até Boston e depois até aqui, e com certeza, não dormiria tão cedo o que me dava mais alguns cigarros pela madrugada. Ele tem sido meu fiel amigo, quando o sono se recusa a vir.

Rafaello Valentino  - Livro 5 (SEM REVISÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora