Poker e outras coisas a mais

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Bokuto levou o copo de whiskey aos lábios, bebeu um gole e sentiu o líquido ácido queimar sua garganta. Os olhos dourados encaravam a pessoa à sua frente com desejo. Viu o moreno, pensativo, morder o lábio inferior avermelhado, analisando as cartas que tinha entre os dedos finos e longos, os quais Koutarou ansiava tê-los passeando pelo seu corpo.

Akaashi sentia o olhar penetrante do platinado em si e, por mais que detestasse ser encarado, adorava quando Bokuto o olhava sem pudor, como se fosse algo extremamente apetitoso.

Os amantes jogavam poker na sala privada de um cassino luxuoso, a qual transmitia uma aura sensual com suas paredes vermelhas, e não havia fichas coloridas sobre a mesa. Ambos decidiram não apostar dinheiro e optaram por uma recompensa muito melhor e mais estimulante.

Confiante, Keiji colocou as cartas que possuía em mãos na mesa, pois tinha certeza que a vitória já era sua. Contudo, Koutarou sorriu sarcástico e abaixou as cartas, mostrando um valor maior que o do mais novo.

— Eu ganhei. — A voz grave soou, fazendo um arrepio prazeroso percorrer o corpo de Akaashi.

O moreno suspirou derrotado. Já era a segunda vez que perdia para Bokuto, mas não ligava muito, pois a recompensa que o platinado ganharia seria agradável para si também.

Levantou-se calmamente da poltrona que estava sentado, caminhou a passos vagarosos até Koutarou, sentindo mais uma vez o olhar faminto sobre o seu corpo, como se Bokuto fosse capaz de enxergá-lo através do terno azul marinho que Keiji vestia.

O mais velho observou Akaashi sentar-se nos próprios calcanhares à sua frente, agarrou o queixo dele com possessividade e passou o polegar pelos lábios macios e atraentes do amante, acariciando-os; e adentrou o dedo na boca úmida. Para provocá-lo, Akaashi deslizou a língua pela ponta e sugou levemente o dígito.

Koutarou admirou a feição sedutora do moreno com luxúria e já conseguia imaginar o que aquela boca aveludada poderia ser capaz de fazer.

— Não é meu dedo que você vai chupar, Akaashi. — Bokuto afastou o polegar, pois acreditava que enlouqueceria se continuasse apenas com aquilo.

Keiji sentia a ansiedade o consumir. Não era a primeira vez que faria aquilo, mas toda vez a sensação de desejo atuava sobre o seu ser. E, apesar de conhecer Koutarou muito bem, o nervosismo ainda fazia-se presente.

Então Akaashi levou as mãos ao cinto de couro do outro e desafivelou. Em seguida, abriu o zíper da calça social do platinado com lentidão, fazendo Bokuto ficar impaciente. Keiji não era o tipo de pessoa que gostava de provocar os outros, mas ele não perdia a oportunidade de fazer isso com Koutarou entre quatro paredes.

Começou pressionando a palma da mão contra o membro semi-ereto do platinado, ainda por baixo da roupa íntima, e viu ele se arrepiar com o contato. Akaashi sentiu a espessura grossa sob seus dedos e a saliva acumulou em sua boca, desejando saboreá-lo.

Logo iniciou uma massagem lenta e torturante por toda a extensão. Bokuto arfou com o ato e os olhos dourados faiscavam de desejo. Toda aquela tortura estava o matando, mas não iria se render, pois era exatamente aquilo que Keiji queria.

Akaashi levantou o canto da boca em um sorriso discreto. Sentiu-se poderoso ao ver o quão entregue Koutarou estava com poucos toques de seus dedos. As orbes azuis-esverdeadas fitavam intensamente o rosto do platinado e captavam todas as suas reações.

Bokuto se sentia patético. Keiji mal tinha começado e já estava assim? Ele poderia resistir, assim como qualquer pessoa; mas Akaashi não era qualquer um, ele era capaz de fazer até os mais fortes estarem aos seus pés, e Koutarou sabia bem disso.

O moreno parou com as provocações, adentrou a mão na roupa íntima do outro e libertou o membro ereto do amante. Bokuto suspirou de alívio ao sentir seu pênis não estar mais aprisionado, mas essa sensação transformou-se em excitação quando dedos esguios rodearam seu falo.

Keiji começou movimentos para cima e para baixo, percorrendo toda a extensão de Koutarou e as veias pulsavam sob sua mão. Ele sentia seu próprio membro ficar apertado dentro da calça, porém isso ele resolveria mais tarde.

Sem aviso prévio, Akaashi umedeceu os lábios, lambeu a glande que escorria pré-gozo e abocanhou, fazendo movimentos circulares na ponta com a língua. Um gemido rouco saiu dos lábios de Bokuto, o qual tombou a cabeça para trás e apertou os braços da poltrona.

O moreno se movimentava sem desviar os olhos de Koutarou e os sons tão sensuais que saiam da boca do amante, fazia ele ficar mais excitado ainda. Apoiou as mãos nas coxas grossas de Bokuto para conseguir ir mais fundo e quando a glande tocou sua garganta, um gemido arrastado ecoou pelo local.

Koutarou sentia sua sanidade se esvaindo e a única coisa que ele prestava atenção era na forma como o moreno engolia seu pau com destreza. Mas ele não queria ser o único a receber prazer e sabia que Akaashi estava tão excitado quanto ele. Então pressionou levemente o pé no membro de Keiji e um gemido surpreso reverberou no fundo da garganta do mesmo, fazendo o pênis do platinado vibrar e o resto da sua sanidade esvair.

Akaashi sentiu a saliva escorrer pelo queixo, e os movimentos que Bokuto fazia com o pé, estavam enlouquecendo-o; porém ele continuava chupando-o, agora um pouco mais rápido.

Ambos estavam à beira de um colapso, os gemidos saíam roucos e incontroláveis, os corpos pareciam em chamas e os dois estavam à mercê do prazer que proporcionavam um ao outro.

Koutarou agarrou o cabelo do mais novo, e Akaashi sabia exatamente o que estava por vir, então acelerou os movimentos com a boca ainda mais. Logo, Bokuto se desmanchou na cavidade úmida e macia, Keiji retirou o membro da boca e engoliu todo o líquido de sabor agridoce.

O platinado não parou com os movimentos circulares que fazia com o pé e só ficaria satisfeito quando visse Akaashi gozar, o que não demorou muito tempo para acontecer. O moreno fechou os olhos, apreciando a sensação indescritível que o dominava e soltou um gemido em deleite.

Após alguns minutos, abriu os olhos e encarou Koutarou. Os dois estavam cansados e suados, mas sabiam que a noite tinha acabado de começar.

Playing Cards - BokuakaOnde histórias criam vida. Descubra agora