Hogsmeade - capítulo 12

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Lilith Hastings




Finalmente chegamos na vila de Hogsmeade, estava mais lotada do que o comum apesar da neve e do frio incessante.

Não demorou muito para que nos perdêssemos de Abraxas e Emily fazendo com que eu e Tom, infelizmente ficássemos sozinhos.

"Precisamos encontrar eles!" Digo olhando rapidamente dentro das lojas através das vitrines.

"Sinceramente, acho que eles não querem ser encontrados" Tom disse com sarcasmo enquanto me seguia pelos becos andando calmamente.

Balancei a cabeça e revirei os olhos, ele tinha razão. eu já estava cansada de procurar pelos dois que provavelmente estavam se divertindo muito bem sozinhos.

Me escorei na parede pra descansar um pouco, o frio estava a ponto de me congelar.

"Quer tomar um café?" Perguntou Tom parando na minha frente me analisando ligeiramente ainda com as mãos no bolso.

"Quero" respondi rápido um pouco ofegante.

"Vem, conheço um lugar ótimo!" Disse pegando na minha mão de surpresa, me trazendo uma sensação estranha, enquanto me puxava em direção a uma enorme cafeteria bem iluminada.

Entramos e o lugar estava cheio, mas por sorte, e pela popularidade de Tom com algumas garçonetes, conseguimos uma mesa.

"Vai querer o que?" Perguntei.

"Um café, e você?" Disse

"Um café também" respondi sem tirar meus olhos do cardápio.

Logo a garçonete trouxe nossos pedidos e tive que assistir ela praticamente se jogar em cima de Tom apenas para lhe-entregar uma xícara de café, porém, Tom manteve o tempo todo os olhos nos meus.

Foi tão vergonhoso que senti meu estômago inteiro se revirar.

"Então Hastings" disse assim que a garçonete se afastou "você e o Lestrange fizeram as pazes?"

"Sim, não tenho motivos para ficar brava, nós não temos nada" digo olhando para minha xícara.

"Por que você nunca conversa comigo olhando nos meus olhos?" Perguntou me encarando atentamente.

"Porque sinceramente eu não faço questão de conversar com você" respondi levantando minha cabeça para encarar seus olhos dessa vez.

Percebo ele abrir um sorriso de canto e se encostar na cadeira, me analisando mais atentamente agora.

"Quem precisa de afeição quando se tem tanto ódio não é mesmo?"

"Acredite, tenho meus motivos" mantenho meu olhar firme sobre ele.

"Quais?"

Pensei em falar sobre a aposta, ou até mesmo sobre a Murta, mas agora ainda não é a hora, eu poderia estragar tudo.

"Por que trata Walburga tão mal?" Disfarço, desviando o olhar novamente.

"Sério? Esse é o seu motivo?" Respondeu debochado

"Você ainda não respondeu"

"Ela tem uma enorme dificuldade em perceber quando um sentimento não é recíproco" desvia o olhar para sua xícara, mexendo o líquido com a colher.

Predestinados - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora