A aproximação do jeep amarelo das dunas de areia, fazem-me questionar seriamente onde estou. Egito? Pelo calor alto poderia afirmar que sim. Jimin dirige o carro aventureiro e meu pai nos acompanha em um outro automóvel mais convencional atrás. Vejo o seu rosto no reflexo do retrovisor e se resume a um senhor amargurado com a viagem. Talvez seja pelos seus apuros? Aliás, ele é tão ególatra que não me surpreenderia nenhum pouco esse ser o motivo da cara amarrada.
— Essa é a melhor praia daqui. — após uma estacionada despojada na curva do início do mar, Jimin salta o Jeep.
Com calma, reconheço o ambiente paradisíaco. Aves sobrevoam a areia para comer alguns mariscos e pequenos peixes que são jogados pelas ondas.
Respiro demoradamente, abaixando a tensão que estou. Movimento-me pela área assim que desço do carro e encontro com o rapaz na bela paisagem.
— Tem certeza que quer ficar por aqui? Eu preciso ir pro centro. — John incomodado com a perda de tempo que teve trazendo sua filha para passear, já faz questão de anunciar sua retirada. Cada dia menos eu conheço o meu pai. É um homem totalmente diferente daquele que me criou. Se é uma injustiça o Leonardo di Caprio ter demorado tanto para ganhar um Oscar, em relação ao meu pai essa injustiça triplica. É um ator de excelente qualidade, basta dar as costas que ele assume outro personagem. Não é confiável.
— Eu não tenho tantas opções, não é mesmo? Vou ficar bem. — sacudo os ombros bilateralmente enquanto analiso o meu pai nem se dar ao luxo de descer do veículo e ir como veio - com a mesma cara de merda.
— O que há entre vocês? — o Park emite uma pergunta difícil no exato momento que alinhamos uma caminhada pela areia quentinha.
Deve ser no máximo umas sete horas da manhã e o sol queima como nunca!
— Nada. É só a nossa relação que nunca foi muito boa e que não melhorou muito depois que eu descobri que ele é um… Como posso dizer isso sem te magoar também...
— Um criminoso? — Jimin ri divertido. — Não vou vestir a carapuça, apesar de servir.
— Exatamente isso. Pelo menos na visão do Estado. — tento amenizar. Agora eu deveria pisar em ovos pois a realidade ali é bem diferente da minha, e os motivos de alguém entrar nisso mesmo que sejam de extremo questionamento não é da minha conta por enquanto.
— Tirando isso… Não acho que deveria tratar o seu pai de modo tão seco. Nunca se sabe quando pode ser o último dia dele. Então, o que tiver para perdoar, perdoe. Vá por mim. — reflete usando como parâmetro a perda do seu progenitor. O Jimin sabe dessa dor melhor do que eu, mas por mais que eu tenha ciência de que qualquer minuto nesta vida perigosa é um risco que todos nós corremos, não posso perdoar o que os meus ouvidos escutaram ontem.
Meu pai estava disposto a me trocar para livrar o seu pescoço e se o Jungkook quisesse, ele me teria. Claro, se ele me desejasse e está bem nítido que isso não ocorre.
— Não se preocupe com isso, logo logo nós dois vamos nos resolver. — falo cheia de incertezas, porque eu realmente não sei se vou ter coragem de solucionar esse assunto internamente pelo menos. — Agora… Por favor, me diz em que lugar do mundo ou universo estamos. — neste instante, travo os meus passos e fico de frente para o Jimin, quase o encurralando.
— Jura que você não sabe? — eleva uma das sobrancelhas.
— Não me disseram nada. — faço quase uma prece com os olhos para que ele fale de uma vez a informação que eu mais quero no momento.
— Estamos em Belém.
— Belém… Onde Jesus nasceu? — Israel? Estamos cometendo crimes na cidade Santa. Caramba, mas não há mais respeito em lugar algum.
VOCÊ ESTÁ LENDO
SÁDICO - Jeon Jungkook (Narcotráfico) +18
FanficImpermeável. O eterno olhar de jurisdição sobre os meus orbes entrega um brilho contido, Jungkook analisa cada canto do meu rosto todas às vezes que nos encontramos pelos corredores da sua mansão. Ele mantém uma pose de arrogância tão intensa que si...