— O que achou? — pergunta ele enquanto caminhamos no estacionamento aberto do restaurante em direção ao Corvette.
— Da vista? — pergunto virando meu rosto para ele, desviando o olhar da estonteante vista de LA iluminada à nossa frente, para olhar para uma outra vista ainda melhor. A luz da lua conferia ao rosto dele um brilho especial, que estava também refletido no meu, porém era difícil dizer se esse brilho era cortesia da lua ou nossa felicidade.
— De tudo.
Paramos por um momento e eu aproveito para entrelaçar nossas mãos. Mesmo depois de já termos tido alguns encontros, cada um deles era como se fosse o primeiro. O local escolhido hoje foi um restaurante que possuía uma localização estratégica mais afastada do centro da cidade para ter uma das melhores vistas de Los Angeles a noite.
— Eu achei... — digo me aproximando, inclinando meu rosto em direção ao dele para continuar a falar mais próximo do seu ouvido. — ...que ela estava dando em cima de você descaradamente!
Lucifer fecha os olhos e tenta conter o riso, enquanto eu rio e aperto a mão dele, como se estivesse o censurando. A postura séria que ele luta para manter quase desmonta quando arqueio minhas sobrancelhas. Minha boca se abre e fecha sem dizer nada e Lucifer ri, se deliciando com a situação. Vivenciar experiências de um relacionamento comum em nosso relacionado nada comum, é sempre maravilhoso.
— Ela não estava, tenho certeza de que estava apenas sendo gentil. — contesta ele, tentando contornar a situação e explicar a garçonete que passara a última hora servindo nossa mesa, mas especialmente ele, com uma dedicação exagerada.
— Ela escreveu o número dela no guardanapo, Lúcifer! — digo rebatendo o argumento dele, quase sem conseguir conter o riso para parecer séria. — Eu vi.
— Qual guardanapo? — Lucifer solta a minha mão e apalpa seus bolsos como se procurasse algo, até que olha para sua mão e a abre, revelando o guardanapo de papel que eu havia mencionado. — Esse?
— Eu sabia! — semicerro os olhos e me estico na tentativa de pegar o guardanapo, mas ele é mais rápido e fecha a mão antes que eu alcance, obviamente.
— Você jogou verde! — exclama ele com um enorme sorriso presunçoso no rosto.
— Eu vi que a conta já estava dentro da carteira quando ela colocou na mesa e havia algo embaixo. — confesso dando de ombros e fingindo costume, o que de fato era um costume: observar tudo. Não que a namorada do diabo não tenha ficado 10 vezes mais atenta quando a linda garçonete começou a "atacá-lo" no jantar, louca para ser a sobremesa dele.
— Você consegue ficar ainda mais linda quando está com ciúme.
— Eu não estou com ciúme. — afirmo em uma meia verdade, soltando um riso contido.
— Claro que não. — concorda ele enquanto mexe o guardanapo entre os dedos.
— Não estou. — afirmo. — Mas você gostou, esse encontro deve estar no seu top 5 de melhores encontros.
— Top 5 de melhores encontros? — repete ele em um tom de voz divertido.
Confirmo com a cabeça.
— Eu diria que eu ja.... — começa ele, mas antes que ele termine de falar eu o interrompo.
— Não, ok eu não deveria ter perguntado... — mas agora ele é que me interrompe e continua o que estava falando antes de ser interrompido por mim.
— ...jamais tive um encontro tão perfeito em toda a minha existência.
Minha expressão passa da dúvida para um sorriso ameaçando se tornar enorme, e eu o contenho mordendo levemente meu lábio inferior.
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Our Best Date
FanfictionUm encontro perfeito. Um toque de ciúme. Chuva. O que mais esses dois poderiam querer?