Prólogo

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– ESTUPEFAÇA!

O jato de luz vermelha saiu de minha varinha passando por cima do ombro do Comensal da Morte, atingindo um armário de portas de vidro na parede em frente, o mesmo cheio de ampulhetas de vários formatos caiu no chão e se abriu, vidros voaram para todo lados, caindo e se espatifando no chão.

O Comensal da Morte ao se esquivar rapidamente agarrou sua varinha, caída no chão ao lado do vidro cintilante em forma de sino pronto para nos atacar novamente. Vi Harry se abaixou atrás de outra escrivaninha quando o homem se virou; sua máscara escorregava ficando torta no rosto o impedindo de ver onde eu e os meninos nos escondíamos. Ele a arrancou com a mão livre e gritou:

– ESTUP...

– ESTUPEFAÇA! - Berrei antes que o mesmo o fizesse, meu feitiço o atingiu no meio do peito o arremessando para trás na direção do vidro em forma de sino.

Esperei ouvir a pancada e o vidro se partindo, mas o homem bateu no vidro sólido e escorregou para o chão, mas foi com choque que vimos sua cabeça afundar para dentro do vidro como se este fosse apenas uma bolha de sabão, ele estava esparramado de costas sobre a mesa onde meu feitiço o arremessou, com a cabeça dentro do vidro cheio de vento cintilante.

– Accio varinha! – Ordenei rapidamente vendo a varinha do meu melhor amigo voar de um canto escuro direto para minha mão e rapidamente a atirei em direção de Harry.

– Obrigado. Certo, vamos dar o fora...

– Cuidado! – Gritou Neville, horrorizado. Ele olhava fixamente para a cabeça do Comensal da Morte que ainda estava presa no vidro.

Nós três erguemos nossas varinhas, mas não precisamos usar enquanto olhávamos boquiabertos para o que estava acontecendo com a cabeça do homem. Estava encolhendo rapidamente... Encolhendo não era a palavra certa, era como se estivesse regredindo, se tornando mais jovem de forma que em poucos segundos havia uma cabeça de bebê encaixada grotescamente no pescoço adulto do Comensal da Morte, que se esforçava para se levantar e arrancar a cabeça do quer que fosse aquele vidro, mas enquanto ainda olhávamos chocados vimos o processo se repetir conforme a cabeça rapidamente envelhecia oscilando entre o envelhecer e rejuvenescer!

– É o Tempo – Sussurrei assombrada.

Um grito seguido de um forte estrondo de demolição vindo da sala vizinha quebrou nosso estarrecimento

– RONY? – Gritou Harry assustado, dando as costas à monstruosa transformação que se operava diante de nossos olhos. – GINA? LUNA?

– Harry, não! – Falei quando percebi que ele inconscientemente havia denunciado nossa posição para qualquer outro comensal que estivesse nos caçando pelos corredores do ministério, mas não havia mais tempo para discutir a questão quando ouvimos os passos vindo em nossa direção.

Tinham coberto metade da distância quando vi entrar pela porta aberta mais dois Comensais da Morte correndo em nossa direção.

– Collo... - Comecei mas, antes que pudesse completar o feitiço, os comensais brindaram com um grito de triunfo por reconhecerem meu melhor amigo:

– IMPEDIMENTA!

Harry, Neville e eu fomos derrubados de costas num segundo; Neville foi atirado por cima da escrivaninha e desapareceu de vista, Harry bateu contra a parede de pedra atrás e eu colidiu com uma estante e foi prontamente soterrada por uma avalanche de pesados livros me deixando atordoada demais para reagir.

– PEGAMOS ELE! – Berrou o Comensal da Morte mais próximo de Harry na intenção de atrair os outros. – EM UM ESCRITÓRIO DO LADO...

– Silêncio! – Exclamei cheia de raiva sentindo a magia se depender de mim sem que sequer precisar usar uma varinha ou feitiço emudecendo instantaneamente a voz do bruxo. Ele continuou a falar pelo buraco da máscara, mas não saía som algum e assim seu parceiro logo o tirou da frente pronto para nos atacar.

– Petrificus Totalus! – Bradou Harry, quando o segundo Comensal da Morte ergueu a varinha. Seus braços e pernas se juntaram e ele caiu de borco no tapete ao pé de Harry, duro como uma pedra e incapaz de se mexer.

– Muito bom, Ha... - Comecei a elogiar grata pelo pensamento rápido de meu amigo quando o mesmo Comensal da Morte que eu acabara de silenciar fez um repentino gesto horizontal com a varinha; um risco de chamas roxas veio em minha direção cortando meu peito do ombro direito até a coxa esquerda.

A surpresa me atingiu antes da dor e foi com uma exclamação mínima de surpresa que fui arremessada pela força do feitiço obscuro em direção a um armário com portas de vidro, cheio de Vira-Tempos, às minhas costas. A dor da terrível queimadura me atingiu ao mesmo tempo em que ouvia o vidro se estilhaçar conforme os vira-tempos quebravam à minha volta, me vi envolta pelo vento forte e a areia mágica dos artefatos antes de tudo escurecer. 




E CÁ ESTAMOS NÓS DE VOLTA! Apesar de gostarmos muito da história original, já perceberam que temos uma queda pela mudança de plot, não é? E não seria diferente com Remus! Desculpa, Tonks, mas se Remus for ficar com alguém, que essa pessoa não o deixe sozinho como último maroto vivo.

Snape, Sirius, Tom, Carlinhos, não se preocupem. A vez de vocês ainda vai chegar.

O Uivo Da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora