capítulo 1

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Por séculos, o mundo esteve em constante guerra. Tristeza, ódio, destruição, antipatia, entre outros sentimentos, tomaram conta de universo.
Até que Hunna, uma pequena parte do universo, decidiu descobrir o que fazia daquele planeta tão frio e violento.
Hunna, uma noite então, se desprendeu do universo e foi para a terra. Escondida na escuridão, observava com atenção a forma humana, os trejeitos, as características.
Em plena idade média, era comum ver mulheres de cabelos longos, vestidos a altura dos pés, com a tristeza no olhar.
Passando próximo de um casebre, Hunna ouviu murmúrios de um choro. Em uma cama de palha, jazia uma jovem, claramente moribunda, clamando que a morte não lhe levasse. Uma grande ferida próxima ao pescoço, já escura pela infecção, demonstrava ser a fonte de seu sofrimento.
- Penosa Morte, eu lhe rogo, me de mais uma chance! Serei a melhor garota que por este mundo já correu, que o universo já criou, ora, não me leve. Poupe-me!
Hunna, compadecida, decide tomar o corpo da menina. Enquanto a jovem chora, Hunna projeta-se sobre ela, e com um beijo de vida, entra boca a dentro, junto com o ar que é aspirado com veracidade, buscando a fagulha de piedade.
A ferida seca, a dor cessa, a jovem vive. Com o pedaço do universo em seu corpo,  consegue finalmente dormir, sabendo que acordaria para mais um dia.

O mundo em Hunna.Onde histórias criam vida. Descubra agora