Luke me ajuda a sentar na cadeira da mesa onde nossos amigos estavam sentados. Agradeço e ele se posiciona ao meu lado.
Eu estava com uma faixa no tornozelo, que depois que Luke ligou para o irmão ele recomendou que colocasse essa faixa e que não era pra mim fazer muito esforço, e Luke levou essa última parte a sério pois desde que ele saiu da chamada com o irmão que ele não me deixa fazer nada sozinha, eu não era uma inválida e podia muito bem fazer minhas coisas sozinhas afinal era somente um tornozelo torcido e iria passar logo. Não sei se o agradeço ou se o mato porque já estava me irritando esse cuidado todo.
—Até que enfim chegaram, pensei que não iriam descer nunca. -comenta Fernando e eu lhe dou um sorriso falso.
Quando eles nos disseram que iriam ao supermercado, antes de irmos para a cachoeira, eu e Luke havia realmente acreditado mas depois daquele constrangimento no banheiro e de Luke me ajudar a voltar pra cama que reparei que minhas coisas estavam ali no quarto e que as coisas dos meninos, Alan e Fernando haviam sumido, não levou muito tempo para percebemos o que havia acontecido ali. Algum tempo mais tarde as meninas e os meninos foram no quarto, agora de Luke e meu, me ver e eu juro que se meu tornozelo não tivesse doendo tanto que eu teria cometido um assassinato ali mesmo.
—Para de nos olhar com essa cara sacana, ainda estamos putos com vocês e...-o corto.
—Calma aí bonitão. -Luke me encara sem entender. —Não estamos putos com eles não, não mais. -apoio minha mão em seu ombro e faço um pequeno carinho em sua nuca.
—Não?. -Luke pergunta confuso e ao olhar para mesa os outros também estavam.
—Não. -digo com um sorriso. —Alias temos que agradecer eles. -aponto para os quarto.
—Agradecer pra que?. -pergunta o rapaz ao meu lado chegando perto de meu ouvido para sussurrar me causando um arrepio que tento disfarçar me arrumando na cadeira, mas pelo pequeno sorriso nos lábios de Luke vejo que ele percebeu.
—Agradecer pelo fato de que agora vamos poder transar a noite toda sem precisar dar uma escapada no meio da madrugada. -abro o cardápio e começo a olhar as opções de comida quando o menu é arrancado de minhas mão.
—Esperai aí, vocês estão namorando?. -olho para Fernando e percebo que foi ele que tirou o menu de minhas mãos.
—O que? Não!. -Luke e eu respondemos a última parte juntos.
—Não?. -perguntam todos espantados.
—Não se fazem de bestas vocês sabiam. -comenta Luke arrancando o cardápio de Fernando e resmunga um "larga isso" quando ele não quer soltar.
—Na verdade. -começa Elinor. —Discutimos a ideia sobre vocês estarem namorando escondido. -diz e todos afirmam. Reviro os olhos.
Ficamos muito tempo discutindo sobre meu relacionamento inexistente com Luke, que ele acabou pedindo o prato da casa para todo mundo, que acabou não gostando muito da ideia mas depois do seu argumento convincente de que estávamos ocupados demais discutindo sobre uma coisa que não existia que acabamos aceitando. Comemos e conversamos sobre as coisas mais relatorias que já pude imaginar, depois de um tempo os quatro decidiu subir e ir dormir, Luke ficou comigo pois eu ainda não havia terminado de comer minha sobremesa.
—Pretende terminar isso ainda hoje?. -pergunta para mim
—Engraçadinho, é que está tão gostoso que não quero que acabe logo. -digo admirando meu doce. Luke assente e se retira da mesa e eu penso que ele simplesmente me abandonou ali com meu doce e meu tornozelo dolorido, porém segundos depois ele volta para mesa onde estávamos.
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Tempestade- Série: Tentações
RomanceLivro 1 Tempestade é reconhecida por seus estados climáticos arrebatadores, como ciclones ou tornados, mas o que aconteceria se duas pessoas que passaram por uma grande tempestade em suas vidas se encontrassem mesmo ainda não terem encontrado o seu...