Capitulo 10 :

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Thiago: Carla antes que esqueça aqui estão as chaves da chácara. — Assim que pego as chaves eu pulo com o barulho de uma freada brusca de carro.

Eu olho em direção ao som e vejo um Arthur não muito contente descer de sua 4x4. Ele vem até nossa mesa que ficava na área externa da padaria.

Seus cabelos estão úmidos, deve ter acordado a pouco tempo, e parece não ter gostado de ter acordado sozinho.

Ele para em nossa mesa e olha para mim em seguida pra Thiago e vejo algo predador em seu olhar.

Ele puxa a cadeira que está entre Thiago e eu uma vez que  sentamos na mesa de frente para o outro, ele a gira fazendo que quando se sente, que seu peito encoste nas costas da cadeira.

Arthur: Bom dia Dona Carla. Bom dia Doutor. — Ele nos cumprimenta sem tirar os olhos do meus, com certeza ele quer me intimidar.

Thiago: Bom dia Arthur, você conhece a Carla? — Arthur não responde então Thiago pergunta diretamente a mim. —  Pensei que tivesse chego a cidade ontem Carla.

Arthur lança sua atenção para Thiago. Ele olha para o cesto com pães de queijo. Ele pega um e joga em sua boca olhando fixamente para Thiago.

Arthur: Então Doutor, por que o interesse na vida da Carla? Se pensa, em mantê-la entretida durante sua estadia aqui na cidade, vou adiantando que cheguei primeiro e não gosto de dividir.

Ele leva a mão até o ombro esquerdo de Thiago e faz pressão no local. Pela careta que Thiago fez não foi nada sutil. Ele o livra do aperto e dá três palmadas nas costas de Thiago.

Arthur: Você sabe como nós homens somos territoriais, sabe com é né coisa de machos. E pra lhe dar com a madame aqui, tem que ser muito macho. Ela é exigente coisa dessas mulheres modernas.

Eu estou completamente perplexa como esse idiota pode ser um ordinário. Ah não tudo tem limite.

Carla: Hunrum! Desculpa Thiago parece que o nosso delegado aqui não conhece a definição de sexo casual. Acho que o bilhete que eu deixei não foi suficientemente claro Arthur. — Tenho a atenção dos dois.

Carla: Eu não preciso de macho para nada a não ser para me dá prazer, e mesmo assim sou eu quem decido se quero continuar ou não. Thiago me desculpe por qualquer inconveniente, e sinta-se livre para me visitar quando quiser, você já tem meu telefone e endereço.

Eu balanço as chaves nas mãos .

Arthur: Carla... — Arthur diz em tom de advertência.

Carla: Bom agora eu vou pra casa. — Me levanto e os dois homens também, ando até Thiago e me despeço com dois beijinhos. — Foi um prazer conhecê-lo. Manteremos contato. Passar bem Delegado.

Os olhos de Arthur faíscam de raiva. Eu deixo o estabelecimento e vou direto para meu carro.

Arthur: Carla! — Eu bato a porta e acelero deixando-o para trás.

Grosseirão, babaca, idiota, machista! Eu ando no limite máximo de velocidade em direção a chácara, olho pelo retrovisor e vejo a pick-up de Arthur, ele buzina tentando chamar a atenção.

Enfim consegue emparelhar seu carro com o meu e baixa os vidros.

Arthur: Para a porra do carro! — Eu baixo os vidros e jogo um beijo acelerando já que estou próxima a chácara.

Eu aperto o controle para que o portão automático abra, desacelero e Arthur também vindo atrás de mim.

Eu entro na propriedade e ele entra em seguida. Filho da puta!

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