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Poucas histórias de amor podem ser contadas com Palavras, a nossa era uma das quais não poderia. Momentos tão Perpétuos que não tiraram nem metade dos nossos dias existentes. A, sim, nada pode ser contado com os seus verdadeiros detalhes, pois, quando vivemos entendemos cada pequena sensação, os dias passam tão rápido e cada momento é um reino mágico diferente. Com ele minhas horas eram raras, mas os meus dias se tornaram insanos o suficiente para nos tornar foragidos do mundo.

Podíamos contar nos dedos nossas noites, mas nunca com meras palavras insignificantes. Cada dia com ele foi Desigual das outras.

quarta-feira, 12 de maio

- Será que vai chover hoje Aika?
- a chuva é um ser místico, eu adoraria que ele viesse. o mundo está tão seco.
- você sempre fala coisas estranhas, deveria arrumar um namorado
- Atá, e vai me dizer também que eu deveria agir igual a você?
- eu sou um ser livre, destinado a ficar com vários Homens e a pisar neles logo após, disse Fumiko debochando da amiga
- sim, Claro. Só que eu te acho uma tremenda cretina.
- você deveria se libertar mais. OOH - virou com empolgação para a amiga e Prosseguiu falando - fala sempre um poema quando deseja, mas nunca vê as coisas belas de verdade!
- o mundo é belo Fumi, somos insignificantes perto de sua venustidade
- os Homens são belos, Aika, vai ver quando encontrar um pelado. A garota colocou a mão na cara, não conseguindo acreditar nas palavras da amiga, e Fumiko deu uma risada alta da situação, fazendo o chefe olhar severamente em direção as duas. - ele sim é alguém nada bonito que o mundo poderia delir. Fumi falou num cochicho Alto.
- você nunca disse coisa tão sábia Fumiko. Aika deu uma risada para a amiga e as garotas voltaram a prestar atenção no trabalho a frente.

Eram 13:00 quando foram terminar seus afazeres, o chefe teria ficado zangado com outros dois comentários de Fumiko e então colocará a culpa nas duas pela demora dos textos. Elas estavam com um meio turno numa pequena empresa de tecnologia 'Mydas Tecnologia' Seus salários também eram uma miséria. Lá não era grande coisa, pelo contrário, o pagamento era uma porcaria e o chefe era tão anojoso, mas Aika permanecia no lugar para se parecer uma ótima filha.

Seu pai era o kang Ye-jun . Um homem que não demonstrava ser o que verdadeiramente era. Poucas pessoas que tinham a grande honra de saber seu caráter vero (dizem que todos aqueles que conhecerem ele de verdade se arrependeram amargamente). Ele nunca demonstrou um sequer de carinho para a pobre garota e isso às vezes a fazia pensar seriamente se fosse desejada, a verdade é que nunca foi. Seu pai queria ter tido um filho Homem (para manter a grande honra da família kang) o filho do meio não teve muita sorte com esse negócio de espermatozoide.
Ela sempre optou a não se lembrar disso já que buscava na cabeça que a culpa disso tudo não tinha sido dela. Sua mãe teve um casamento indesejado, e acabou a frustando muito mais ainda (Casar por dinheiro nunca vai ter bons resultados).

Ele (seu pai) era dono da empresa mais medíocre possível, o lugar era uma porcaria, em um bom tempo ele tentou buscar funcionários, mas nunca teve nem sequer uma barata que quisesse continuar no local. Depois de um tempo ganhou fama e então decolou como empresário. A infância de Aika não foi um conto de fadas do qual ela quisesse voltar, teve tantos transtornos que chegou a pensar que não passaria daquela época, mas passou, isso a motivou viver por miseráveis dias, depois de um tempo caiu como se não tivesse barreira de proteção nas suas costas. Passou a adolescência cercada de pessoas falsas. Estava em uma realeza, podia ter de tudo, mas o que desejava estava tão longe dela. Se pensasse em uma palavra para se referir a suas lembranças, usaria: asfixiante. A, ela terminou, e finalmente chegou em seu estado de paz, uma harmonia que não lhe fazia bem, pois, a cada dia estava consumindo um pequeno pedaço de sua carnê, estar nele tinha um preço.

Começou a trabalhar para seu pai Quando tinha 15 anos, ela tentava fazer de tudo para que ele ou a mãe tivessem orgulho dela, era impossível de acontecer, mas ela nunca conseguiu sair da linha. Fumiko lhe dizia que às vezes Aika era manipulada pelo homem, e que sua mãe a tratava igual um lixo. Ela sabia que isso era verdade, mesmo assim não conseguia ser ruim para eles... Eram seus pais, pessoas que a colocaram no mundo.

Agora estava ali, com seus 20 anos intacto e uma vida da qual nunca chegou a conhecer.

Olhou no relógio impaciente, esperando que os minutos se apressasem. Aika odiava ter que ficar na empresa, ela não gostava e nem apreciava a companhia dos olhos do pai. Ele observava cada movimentação da garota e isso a fazia ficar nervosa.
Logo após o almoço apressado, Fumiko saiu para resolver algumas coisas familiares e ela permaneceu terminando o trabalho dela e da amiga. Estava agora sozinha junto com o homem e isso lhe dava uma agonia, parecia que estava sendo caçada por um Predador enorme. Falar isso parece ser muita frescura, era somente seu pai ali, de aparência meio jovem e meio velho, sentado sobre um escritório com paredes e porta de vidro olhando ao redor de sua empresa e analisando o movimento dos funcionários, mas para Aik era completamente diferente a situação, qualquer erro possível e ela teria que escutar mil críticas sobre seus ouvidos e isso a deixaria novamente paralisada.

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