*Esta obra é uma adaptação autorizada. Todos os créditos são da autora original @LouTommo-Styles.*
***Toda vez que for capítulo contado pelo Max, vai ter insinuação de violência ou violência explicita!!!
Quando meu telefone tocou e eu vi o número do Pavel, já bufei irritado. Eu sabia que meu domingo perfeito com a minha família já era. Depois que chegamos da No Control, Tuly e eu tomamos banho junto. Era a primeira vez que fazíamos de verdade, que eu podia toca-lo e sentir seu corpo a vontade.
Das outras, eu sempre estava no mínimo de cueca e não havia nada sexual, eu estava dando banho nele porque meu ômega estava fragilizado e precisava de mim. O único desejo envolvido era o de proteção e de matar qualquer filha da puta que tentasse fazer qualquer coisa contra ele.
Eu sei que sou protetor e muito territorialista, ninguém se mete com o meu bando e isso não é novidade nenhuma. Por seguir o Código, eu tenho que deixar muito claro quem é que está sob a minha proteção, porque aí se um imbecil qualquer se meter com um dos meus, eu posso fazer o que quiser com ele. Então eu imaginava que quando encontrasse meu soulmate eu seria um pouco pior, não é? Eu só não esperava que eu fosse sentir vontade de matar qualquer um que olhasse para ele.
Bem, até agora o único que realmente tinha se metido com o Tul, foi aquele Thaksin e foram dias divertidos fazendo ele pagar por isso. Cada grito só me motivava a continuar, ele tinha machucado o meu Tul, ele iria violenta-lo e depois o matar, então até que peguei leve. Aquele alfa de araque só aguentou cinco dias e olha que eu só passava algumas horas por dia com ele, o resto do tempo eu estava com minha família.
Ok, teve a vez que cheguei no anexo do galpão e Gulf estava lá e quando perguntei o que estava fazendo, ele deu de ombros e disse:
– Eu estava entediado.
E também acho que Singto estava se divertindo sem mim, mas um alfa que se prestes a ferir e matar ômegas e filhotes (eu não esqueci que ele ameaçou Lin) devia durar mais do que cinco dias, não é mesmo? Pelo menos ele deu vários nomes dos envolvidos no tal leilão e estes estavam recebendo visitas do meu bando.
– Fale – eu disse mal humorado quando atendi o telefone.
– Chefe, desculpe interromper o seu domingo, mas temos um problema – Pavel disse – eu já falei com Singto, mas ele pediu que te avisasse também. Estamos no galpão, Singto e Ohm estão vindo para cá.
Aquilo era estranho, Pavel normalmente resolvia qualquer problema envolvendo o pessoal que trabalhava para nós. Para ele avisar Singto, quer dizer que era algo relacionado a segurança ou um possível perigo. Já para Singto ter me chamado, era algo sério.
– O que houve? – perguntei me afastando ainda mais de Tul e das meninas, que estavam assistindo um filme da Disney na TV. – Uma das ômegas que trabalham para nós foi agredida por um cliente – Pavel falou e meu sangue ferveu.
– Qual ômega e quem era o cliente? – perguntei sério.
– Ching, o cliente foi Nui Chernyim, o empresário.
– Estou indo para aí – respondi.
Avisei Tul que tinha que sair para resolver um pequeno problema, ele fez um biquinho fofo quando eu disse isso, que se não fosse por ser algo sério, eu até ficaria com ele. Na verdade eu preferia ficar com ele do que fazer qualquer outra coisa no mundo, mas eu não podia deixar alguém fazer contra um dos meus e sair impune.
Principalmente contra uma ômega. Quando meu carro saiu do portão, já avistei o beta que ficaria de olho na minha casa. Toda vez que Tuly e Lin estavam em casa, minha casa estava sendo vigiada pelo meu pessoal, eu não brinco quando é a segurança da minha família que está em jogo.
Dirigi rapidamente até o galpão, eu não precisava me identificar, quem estivesse de guarda já reconhecia o meu carro e abria o portão imediatamente.
– Área médica – Kittiphong, o alfa que estava de guarda, me informou sem que eu precisasse perguntar.
Fui direto para lá, quando cheguei a ômega estava sentada em uma das macas, Mew limpava um ferimento no seu rosto. Gulf estava de pé, perto da maca.
Ohm e Singto estavam encostados em uma das paredes e Pavel estava sentado em uma das mesas, digitando algo em seu notebook. Todos sérios, não havia traços de nenhum outro sentimento, a não ser raiva.
– Maxiin – Ohm veio até mim e me entregou uma pasta, eram fotos dos ferimentos que Ching tinha no corpo, fotos do local onde a agressão ocorreu e informações de como tudo teria acontecido.
– Quem cuidou dela e das informações? – perguntei.
– Foi Rawin – Singto respondeu – ela foi até a cozinha buscar algo para Ching comer.
Sempre mantínhamos betas e ômegas de prontidão para que se acontecesse algo do tipo, as vítimas não se sentissem tão intimidadas quanto se sentiriam caso fosse com um alfa.
– Ching – a chamei depois que Mew terminou de atende-la – sei que deve estar sendo difícil para você, mas resolveremos isso.
– Obrigada – ela disse tão baixo que eu mal poderia ouvir se não fosse um lúpus.
– Chernyim te agrediu fisicamente, ele fez mais alguma coisa? – perguntei.
– Se você está me perguntando se ele me estuprou, não ele não fez isso, mas foi por ele não conseguir isso, que me bateu – ela falou com raiva – ele acertou uma coisa comigo, ele já tinha conversado com a Ladda e pagou um bom valor para que eu fosse para o hotel com ele.
– Ladda é a responsável pela casa que você trabalha não é? – a interrompi e ela confirmou com a cabeça – Eu fiz casas para vocês atenderem lá dentro, não é para irem para fora, dentro das casas vocês estão protegidas. Ladda sabe disso, por que ela aceitou esse acordo com Chernyim?
– Eu não sei, as vezes ela manda a gente fazer uns serviços fora da casa, mas isso nunca aconteceu – ela disse apontando para o seu rosto.
– Ladda deve estar recebendo dinheiro por fora para fazer essas coisas – Singto falou sério.
– Mande Olive e Janistar atrás dela – falei – falem que quero essa lista de clientes que tem levado ômegas para fora da casa. Quero os nomes e endereço de todos os envolvidos nesse esquema, também quero o nome de todos que trabalham nessa casa e quantos deles sabiam que isso estava acontecendo. Mais ômegas podem ter sido vítimas de violência e quero saber de tudo isso até quinta feira, mas não quero que causem alarde, apenas deixe que Olive e Janistar se divirtam com Ladda, mas ninguém mais saberá que estamos investigando. Maengmum me mandou mensagem dizendo que chega na sexta, assim que ela chegar, vamos com ela fazer uma visita a essa casa, vocês sabe como ela é "sensível" a esses assuntos – assim que terminei de falar, Singto e Ohm já estavam no telefone, cumprindo minhas ordens.
– Vocês não vão descontar em nós, não é? – Ching perguntou com medo – Nós não sabíamos que era errado, Ladda apenas dizia que estava tudo certo.
– Não se preocupe, vamos resolver tudo isso – falei – termine de contar o que aconteceu entre Chernyim e você.
– Certo – ela disse respirando fundo – estávamos no hotel, tudo estava indo como um programa normal, mas aí ele começou a querer umas coisas pesadas, umas coisas que eu não queria fazer. Nós discutimos, ele disse que estava pagando caro por mim e que eu ia fazer o que ele quisesse, mas como eu não deixei, ele começou a me bater e... – ela não conseguiu terminar de falar porque começou a chorar.
– Já terminaram? – Rawin entrou segurando uma bandeja – ela precisa comer e descansar.
– Sim, já temos o suficiente – respondi – vocês já tem a localização do Chernyim?
– Restaurante DeBlois – Pavel respondeu fechando seu notebook – ele chegou há apenas dez minutos e ainda não fez o pedido.
– Vamos – falei.
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Look After You
Fiksi PenggemarTul foi obrigado a se casar com Pleng, uma Alfa que só queria uma vida fácil e ter muito dinheiro para gastar, a única coisa boa desse casamento, foi a vinda de Phailin, sua pequena filha. Por mas que Tul implorasse para Pleng se afastar do crime...